Stress e saúde mental custam 5,3 mil milhões de euros às empresas nacionais

Estima-se que as empresas nacionais tenham perdas de 1,4% no seu volume de negócios com perda de produtividade. Investir na saúde mental pode aumentar 30% a produtividade.

Os problemas relacionados com stress e saúde mental dos trabalhadores, resultando em absentismo, presentismo e quebras de produtividade, estão a custar às empresas portuguesas até 5,3 mil milhões de euros por ano, uma subida face aos 3,2 mil milhões estimados no ano passado, aponta o II Relatório “Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho”, da Ordem dos Psicólogos Portugueses divulgado esta sexta-feira. Os custos “representam já um valor equivalente ao que o Governo gastou em 2021 em medidas para mitigar os impactos da pandemia”. Aposta em saúde mental nas empresas pode reduzir as perdas em, pelo menos, 30%.

O tema do stress e da saúde mental ganhou nova visibilidade com a pandemia, com a crise sanitária a acentuar este tipo de problemas, com forte impacto na capacidade produtiva dos trabalhadores e nos resultados económicos das empresas.

“A perda de produtividade devida ao absentismo e ao presentismo causados por stresse e problemas de Saúde Psicológica pode custar às empresas portuguesas até 5,3 mil milhões euros por ano (o equivalente ao que o governo gastou em 2021 em medidas para mitigar os impactos da pandemia COVID-19), uma vez que se estima que, em Portugal, os/as trabalhadores/as faltem, devido ao stresse e a problemas de Saúde Psicológica até 8 dias por ano e o presentismo possa ir até 15,8 dias“, aponta o estudo da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Só o absentismo custou 1,8 mil milhões de euros em 2022 às empresas em Portugal, aponta a Ordem dos Psicólogos, com o presentismo (isto é, quando os trabalhadores vão trabalhar, mas funcionam abaixo das suas capacidades) teve um impacto negativo de 3,5 mil milhões de euros.

“Este cálculo refere-se apenas a custos indiretos. Os custos diretos do stresse e problemas de Saúde Psicológica no trabalho não estão contabilizados, bem como diversos Riscos Psicossociais (tais como os conflitos laborais)”, aponta a Ordem dos Psicólogos.

No total, a perda de produtividade pode custar às empresas portuguesas até 1,4% do seu volume de negócios. “A prevenção e a promoção da Saúde Psicológica e do bem-estar nas empresas portuguesas podem reduzir as perdas de produtividade pelo menos em 30% e, portanto, resultar numa poupança de cerca de 1,6 mil milhões de euros por ano”, aponta o estudo.

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