Dona do Meo afasta novo programa de saídas voluntárias

Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, assegura que não será repetido o programa de saídas voluntárias. Operadora renovou o bónus a dobrar para os trabalhadores que optem pela reforma antecipada.

“Não temos em cima da mesa nenhum programa Pessoas”, garante Ana Figueiredo, CEO da Altice Portugal, durante a apresentação da estratégia da empresa até 2030, esta quinta-feira no Altice Arena. Num encontro com jornalistas afastou um novo programa de saídas voluntárias. A empresa renovou o bónus a dobrar para os trabalhadores que optem pela reforma antecipada. “Não temos uma quota, um número para preencher”, salientou.

Apesar do clima volátil que tem afetado o setor tecnológico, com o lay-off de milhares de trabalhadores, a CEO da dona do Meo afasta um novo programa de saídas voluntárias (o programa Pessoa) ou um despedimento coletivo na operadora. No novo plano estratégico da empresa, o pilar “pessoas” passa mais pelo rejuvenescimento do talento.

“Queremos atrair para Portugal talento internacional”, refere a CEO, mas também reforçar a diversidade e paridade na companhia. “Queremos que 40% dos cargos de liderança sejam ocupados por mulheres. Atualmente, estamos com cerca de 30%”, contabilizou.

Mais parcerias com as academias e uma aposta no upskill e reskill são outros vetores em que a empresa está apostada em investir, de modo a obter as pessoas e as competências de que necessita para o seu negócio. “Precisamos de rejuvenescer e apostar em novas competências”, reforça.

Os dados explicam o foco no rejuvenescimento. Com cerca de 9 mil colaboradores diretos em Portugal, 75% têm mais de 40 anos e, assinala, “é natural que tenhamos de rejuvenescer”. Nesse âmbito, a companhia tem previsto “triplicar” este ano o número de jovens talentos do programa de trainnes, o Darwin, para cerca de 150.

ACT renova bónus a dobrar para reforma antecipada

No novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), recentemente fechado com os sindicatos, a operadora volta a dar, até final de 2024, um bónus a dobrar para os trabalhadores que optem por reformas antecipadas, sabe o ECO Pessoas. O bónus oscila entre os 230 euros (base) – trabalhadores com entre 15 a 19 anos de antiguidade – e os 3.000 euros para os trabalhadores com mais de 40 anos de empresa. Valor que será pago a dobrar até ao final do próximo ano.

O nosso grande objetivo é a renovação das competências. No acordo, que é feito em diálogo com os sindicatos, procuramos uma solução equilibrada. Relativamente às reformas antecipadas não temos uma quota, um número para preencher. Contamos com todos os que estão, mas também damos liberdade para aqueles que queiram antecipar a sua reforma possam-no fazer se sentirem que têm de o fazer”, diz, à margem da apresentação ao ECO Pessoas.

“Somos uma empresa muito multidisciplinar, temos cinco gerações dentro do nosso âmbito de colaboradores e há algumas funções que, do ponto de vista físico, são muito mais exigentes do que outras, se olharmos para a componente de infraestruturas, os nossos técnicos, que têm de subir a postes, etc. É nessa lógica que fazemos também esse tipo de iniciativas”, justifica a responsável.

 

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