Vêm aí quatro dias de greve de comboios. Estes são os serviços mínimos

CP enfrenta mais quatro dias de greve entre segunda e quinta-feira. Fertagus não escapa aos efeitos da paralisação da IP em 28 de fevereiro e 2 de março. Prevê-se circulação de 25% dos comboios.

Aproxima-se mais uma semana complicada para quem precisa de usar o comboio. Entre segunda e quinta-feira haverá quatro dias de greve, que vão afetar, sobretudo, a circulação dos comboios da CP. No entanto, os passageiros da Fertagus também não vão escapar aos efeitos das paralisações.

Entre 27 de fevereiro e 2 de março espera-se apenas a circulação de 25% dos comboios programados. Também poderão ser afetadas as viagens no final do dia 26 de fevereiro e nas primeiras horas de 3 de março.

No caso da CP, os horários dos serviços mínimos abrangem todo o tipo de comboios, dos suburbanos ao Intercidades e Alfa Pendular. A transportadora pública é afetada por todos os dias da greve. No início da semana, já tinham ficado estabelecidos os horários para os dias 27 de fevereiro e 1 de março mas faltava conhecer a programação para os dias 28 de fevereiro e 2 de março, em que há uma greve na Infraestruturas de Portugal (IP).

É por causa da greve na IP que a Fertagus também terá menos comboios a circular na terça e na quinta-feira. Está prevista a realização de 25% das viagens do comboio que atravessa a Ponte 25 de Abril. Os horários dos serviços mínimos também estão disponíveis na página oficial da transportadora.

Quem já tiver comprado bilhetes na CP para os serviços Alfa Pendular, Intercidades, Internacional, InterRegional e Regional pode pedir a devolução ou a revalidação do bilhete sem custos nas bilheteiras da empresa ou através do preenchimento de um formulário.

Salários levam a greve

As greves de 27 de fevereiro a 2 de março foram convocadas por um total de dez sindicatos (SINFA, ASCEF, ASSIFECO, FENTCOP, SINFB, SIOFA, STF, STMEFE, SINAFE e SNTSF), que exigem aumentos salariais compatíveis com a taxa de inflação média registada em 2022, de 7,8%.

As greves na CP e na IP foram convocadas, sobretudo, por causa da proposta de aumentos salariais relativa a este ano. As duas empresas estão sob a ‘batuta’ do Ministério das Infraestruturas mas são consideradas como parte do setor público empresarial; isto é, qualquer questão monetária depende do Ministério das Finanças.

Ora, em 16 de dezembro, o Governo deu orientações às empresas do setor público empresarial para avançarem com aumentos na massa salarial de 5,1% face a 2022, em linha com o que foi definido no Acordo de Rendimentos e Competitividade. No entanto, as subidas nos vencimentos são feitas “salvaguardando a eficiência operacional, a sua sustentabilidade económica e orçamental e respetivos rácios financeiros”.

Além disso, os 5,1% não representam apenas a parte do aumento do salário. Também “tem em conta todos os efeitos e componentes remuneratórias, incluindo as atualizações salariais, progressões, promoções e subsídio de refeição, entre outros, mas exclui eventuais impactos financeiros que decorram da variação líquida do número de trabalhadores”, referiu na altura o Ministério das Finanças.

No caso da CP, a empresa poderia reconquistar poder de negociação através da autonomia financeira. Isto seria possível se fosse cumprida a reestruturação de mais de 80% da sua dívida, prevista no Orçamento do Estado para 2022 e que acabou por ser transferida para o documento deste ano.

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