Kremlin rejeita plano chinês e não vê fim da guerra na Ucrânia por agora

  • Lusa
  • 27 Fevereiro 2023

O Kremlin rejeitou o plano proposto na semana passada pela China para resolver o conflito na Ucrânia, salientando que ainda não existem as condições necessárias para uma solução pacífica.

O Kremlin rejeitou esta segunda-feira o plano proposto na semana passada pela China para resolver o conflito na Ucrânia, salientando que ainda não existem as condições necessárias para uma solução pacífica.

“Nós consideramos o plano dos nossos amigos chineses com muita atenção (…). É um longo processo. No momento, não vemos as premissas para que esta questão possa tomar um caminho pacífico”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em declarações à imprensa.

“A operação militar especial (na Ucrânia) vai continuar”, acrescentou Peskov.

Rússia avisa que dar armas a Kiev aumenta risco de catástrofe nuclear

Já o ex-Presidente russo Dmitri Medvedev alertou esta segunda-feira que o fornecimento de armas à Ucrânia por potências ocidentais só aumenta o risco de uma catástrofe nuclear global.

Num artigo publicado no jornal russo Izvestia, Dmitri Medvedev sublinhou que o “fornecimento de armas ao regime neofascista de Kiev” impossibilita o retorno das negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia.

“Os nossos inimigos estão a fazer exatamente isso [fornecer armas à Ucrânia], não querendo entender que, obviamente, os seus objetivos resultarão num fiasco total”, declarou Medvedev, também vice-presidente do Conselho de Segurança russo.

“Perdas para todos. Colapso. Apocalipse. Esquecimento por séculos, até que os blocos fumegantes parem de emitir radiação”, disse o ex-Presidente russo, numa referência a uma catástrofe nuclear.

Medvedev enfatizou que, se a qualquer momento a existência da Rússia estiver ameaçada, isso “não será decidido de forma alguma” na frente ucraniana, mas será uma questão que anda de mãos dadas com a “existência futura de toda a civilização humana”.

“Não precisamos de um mundo sem a Rússia”, enfatizou Medvedev, que também garantiu que Moscovo “não permitirá isso”.

“Não estamos sozinhos neste esforço, os países ocidentais com os seus [países] satélites representam apenas 15 por cento da população mundial. Somos muitos mais e estamos muito mais fortes”, concluiu Medvedev.

(Notícia atualizada às 13h46 com mais informação)

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