“É preciso observar com cautela” como vai evoluir o desemprego, alerta Mariana Vieira da Silva

"A economia nacional reagiu melhor do que o previsto em 2022", mas "este é um momento em que é preciso observar com cautela como se vai desenvolver o indicador" do desemprego.

“É preciso observar com cautela como se vai desenvolver o indicador” do desemprego, reconheceu esta sexta-feira a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Com a taxa de desemprego a aumentar pelo terceiro mês consecutivo em janeiro, fixando-se em 7,1%, e a contrariar a tendência de estabilização que se verifica na União Europeia e na Zona Euro, a responsável admitiu a necessidade de acompanhar de perto a evolução deste indicador, que apesar de estar muito longe do pico histórico de 17,1% verificado em 2013, está numa clara inversão de tendência. E, de acordo com os economistas, tem sido a resiliência do mercado de trabalho que tem ajudado a que o desempenho da economia tenha surpreendido sistematicamente pela positiva.

Nos Encontros Fora da Caixa realizados esta sexta-feira na Culturgest, Mariana Vieira da Silva falava do impacto positivo que os fundos europeus têm tido na economia nacional e o desafio que será executar anualmente seis mil milhões de euros em fundos, contra os habituais dois mil milhões. “O uso dos fundos comunitários permitiu ao país dar passos significativos e 2014-2020 [duração do Portugal 2020] foi um período em que alguns défices foram definitivamente melhorados e até ultrapassámos a média europeia me alguns casos como aconteceu com o abandono escolar precoce”, exemplificou.

“A economia nacional reagiu melhor do que o previsto em 2022, ao crescer 6,7%, com uma redução da dívida melhor que o previsto (a certeza de um contributo que o país precisa), ultrapassou a barreira de 50% do peso das exportações no PIB”, elencava Mariana Vieira da Silva, à semelhança do que o ministro das Finanças já tinha feito dois dias antes no Parlamento. E quando se ia referir ao desemprego, fez uma pausa e admitiu que “este é um momento em que é preciso observar com cautela como se vai desenvolver o indicador”.

Face a dezembro do ano passado, a taxa de desemprego registou-se um aumento de 0,3 pontos percentuais e por isso, em janeiro, Portugal somava 374,8 mil desempregados (um aumento de 5,5% face a dezembro).

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