Mais de metade das empresas de trabalho temporário constituídas nos últimos cinco anos

O setor tem mostrado um crescimento sólido no que toca ao volume de negócios, registando agora valores muito próximos aos registados pré-pandemia.

Mais de metade das empresas de trabalho temporário (55%) foram constituídas nos últimos cinco anos, enquanto 27% têm entre seis a 15 anos e 12% entre 16 e 25 anos. Apenas 6% têm mais de 25 anos. Depois do forte impacto da pandemia da Covid-19, o setor em mostrado um crescimento sólido em volume de negócios, registando agora valores muito próximos dos que se registaram em 2019, revelam os dados do Insight View, da Iberinform.

“Este setor tem mostrado um crescimento bastante sólido nos últimos anos, no entanto foi altamente afetado pela pandemia no ano de 2020. Contudo, apresentou um aumento de 21% na faturação, tendo feito uma recuperação para valores muito próximos dos que se registaram em 2019 (-2,4%), sendo 45% do total relativo a exportações”, lê-se em comunicado.

As empresas com mais de 25 anos, embora as com menor representação atualmente, são as que lideram no que toca a volume de negócios, com um total de 43% do setor. Seguem-se as organizações com entre 16 e 25 anos (25%), as de seis a 10 anos (17%), 11 a 15 anos e dois a cinco (ambos com 8%). As empresas com menos de um ano, por sua vez, apresentam uma representatividade muito baixa, com um valor próximo de 0%.

No que toca ao risco de incumprimento, quase 90% das empresas situa-se no patamar de risco baixo e médio. E mesmo entre as empresas com um máximo de cinco anos de antiguidade, apenas 15% apresenta um risco máximo ou elevado de incumprimento.

Dos cinco distritos líderes do setor, Porto é o que apresenta a maior deterioração do risco de crédito: 23% das empresas do setor encontram-se num nível máximo ou elevado de incumprimento. Seguem-se Santarém (20%), Setúbal (17%), Braga (13%) e Lisboa (10%).

Na evolução da tesouraria, os prazos médios de pagamentos a fornecedores mantiveram-se nos 84 dias no último exercício financeiro, no entanto os prazos médios de recebimentos de clientes diminuíram de 88 para 78 dias. “Estes números demonstram que as empresas de trabalho temporário neste momento conseguem financiar-se com o dinheiro dos seus clientes, já que recebem antes de pagar aos seus fornecedores.”

Apenas 2% são empresas de grande dimensão. Mas lideram faturação

O setor é composto quase na sua totalidade por micro e pequenas empresas, que totalizam aproximadamente 90% das empresas. As restantes dividem-se por empresas médias (8%) e de grande dimensão (2%).

Contudo, em termos de volume de negócios, as microempresas apenas representam 1% do total de volume de negócios. As pequenas empresas faturam 24% do total das empresas de trabalho temporário e as de média dimensão 33%. Apesar de existirem apenas 2% de empresas com grande dimensão, estas lideram no total de faturação, com 42%.

Já no que toca à localização geográfica, existe uma enorme dispersão das empresas de trabalho temporário. Contudo, é na capital lisboeta que se concentra a maior fatia de empresas de trabalho temporário (35%). Porto (15%), Braga (10%), Setúbal (8%) e Santarém (5%) seguem-se na lista, confirmando a tendência de maior concentração entre os grandes centros urbanos.

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