Planos de investimento das redes de gás por aprovar. Assim “é difícil operar”

“Daqui para a frente, [a falta de aprovação] pode influenciar as opções de investimento", indica o CEO da Floene, Gabriel Sousa.

Os líderes das empresas que operam as redes de gás em Portugal — Floene, Sonorgás e Portgás — apelaram a que se conclua o processo de aprovação do plano de investimentos até 2025. Sem esta aprovação será difícil operar daqui para a frente, consideram.

“Gostávamos do apoio para aprovação dos nossos planos de investimento. Sem eles, é difícil operar”, afirmou o administrador da REN Portgás, Nuno Fitas Mendes, numa audição na Comissão de Ambiente, realizada esta terça-feira na Assembleia da República. À margem da audição, o CEO da Floene, Gabriel Sousa, acrescentou que “daqui para a frente [a falta de aprovação] pode influenciar as opções de investimento”, criando uma “situação condicionada”.

O plano de investimentos em causa, o Plano de Desenvolvimento Investimento da Rede de Distribuição (PDIRD) 2020, debruça-se sobre o período entre 2021 e 2025, e tem um valor de 367 milhões de euros. Já passou pelo crivo da ERSE, falta agora que o Governo dê início ao restante processo de aprovação, junto da Assembleia da República.

Já existe, inclusivamente, o PDIRD 2022, que prevê investimentos de 385 milhões de euros entre 2023 e 2027, mas não é, por agora, a prioridade dos operadores. Estes referem que esperam contribuir para a transição energética, completando a eletrificação com o transporte de gases renováveis como o hidrogénio verde e o biometano e, enquanto não existir alternativa, o gás natural.

“Estamos a trabalhar de forma muito acelerada nas questões da descarbonização”, assinalou Nuno Moreira, CEO da Sonorgás, assinalando que já foram dirigidos aos operadores das redes de gás em Portugal mais de 100 pedidos de ligação à rede, por parte dos produtores de gases renováveis, pelo que a transição está a desenrolar-se. “Estamos preparados”, acrescentou Nuno Fitas Mendes.

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