Gelpeixe investe até seis milhões na modernização da fábrica

“Alguns equipamentos têm mais de 20 anos e há já tecnologias mais recentes e que nos permitirão aumentar a competitividade”, explicou Manuel Tarré ao ECO. Investimento ficará concluído este ano.

A Gelpeixe vai investir, este ano, cinco a seis milhões de euros em novos equipamentos para a fábrica para reduzir os consumos de energia, revelou ao ECO, o presidente da empresa.

“Vamos alterar o lay-out de algumas coisas e substituir algum equipamento por outros mais recente e de consumos inferiores o que permitirá reduzir a fatura energética em termos anuais”, explicou o responsável desta empresa familiar que vai já na terceira geração.

“Alguns equipamentos têm mais de 20 anos e há já tecnologias mais recentes e que nos permitirão aumentar a competitividade”, explicou, acrescentando que parte deste investimento poderá vir a ter enquadramento no âmbito do Mar2030, o programa operacional do Portugal 2030 que tem uma dotação de 393 milhões de euros (dos quais 18 milhões são para assistência técnica). Este programa do novo quadro comunitário ainda não tem avisos abertos que permitam a apresentação de candidaturas.

Manuel Tarré garante que os investimentos na fábrica e escritório estarão concluídos até ao final do ano. “Nove meses são suficientes para concretizar este investimento. Vamos cumprir os nossos objetivos”, frisa.

Apesar de ser uma empresa com uma capacidade produtiva superior a 23 toneladas diárias que exporta para mais de 21 países, Manuel Tarré reconhece que “o mercado interno é o core business”. E com a escalada da inflação, o responsável reconhece que já se começa a sentir alguma retração do consumo porque “a bolsa dos portugueses começa a não chegar para tudo”. Além disso, “o peixe está a tornar-se cada vez mais caro” também devido à escassez de algumas espécies. “Mas ainda temos peixe de muita qualidade e a preços competitivos”, garante.

A grande indignação, de há anos, de Manuel Tarré tem sido o facto de bens alimentares como os pastéis de bacalhau ou de nata, as lasanhas congeladas e as pizzas terem um IVA de 23%, quando, consumir uma lasanha ou uma pizza num restaurante é tributado a 13%.

É um insulto. Os produtos alimentares transformados, sejam eles quais forem, não deviam ter um IVA de 23%”, defende. Esta é, aliás uma posição que defende há anos, e para a qual tem tentado sensibilizar o Governo sempre com mais veemência junto às negociações para os Orçamento de Estado. Mas, agora que o Executivo mudou de posição e optou por colocar o IVA a zero para 44 produtos básicos, a oportunidade da discussão volta a surgir.

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