Portugueses não pousam os livros. Vendas sobem 13% até março, para 39,3 milhões
Depois de uma subida de 16% nas receitas de vendas de livros, para 175 milhões de euros, o arranque do ano traz boas notícias para o setor livreiro. Hoje é o Dia Mundial do Livro.
Os portugueses parecem não querer pousar os livros. Até março, venderam-se 2,8 milhões de obras, gerando 39,3 milhões de euros em receitas, uma subida de 13% face aos primeiros três meses do ano passado, indicam os dados da GFK que o ECO teve acesso. Hoje é o Dia Mundial do Livro.
Depois de no ano passado, as vendas de livros terem subido 16% para 175 milhões de euros em receitas, o arranque de 2023 traz boas notícias para o setor livreiro. Um total de 2,8 milhões de livros saiu das livrarias e hiper/supermercados para casa dos leitores, uma subida de 8%, gerando receitas globais de 39.3 milhões euros (+13%).
E na hora de comprar, os consumidores optaram pelas livrarias. Este canal gerou o grosso das vendas em unidades, tendo sido responsável por 2 milhões das unidades vendidas e por 31,5 milhões de euros das receitas. Já o canal dos hiper e dos supermercados vendeu 800 mil obras no primeiro trimestre, gerando 7,8 milhões de euros em receitas.
Tendência que já se observava no ano passado, com as livrarias a deterem a fatia de leão das 12,7 milhões de unidades vendidas e dos 175 milhões de euros em receita. Este canal vendeu 8,8 milhões em obras, gerando 137 milhões de receita.
Quanto aos hiper, esse canal viu sair 3,9 milhões de unidades das prateleiras, gerando um encaixe de 37,4 milhões, no ano em que “A Mulher do Dragão Vermelho”, de José Rodrigues dos Santos, “A Mais Breve História da Rússia”, de José Milhazes, e “Isto Acaba Aqui”, de Colleen Hoover, lideraram as vendas.
Literatura (24%), Ficção Infantil/Juvenil (22%) e Não Ficção Infantil/Juvenil (12%) foram as categorias mais vendidas no ano passado.
Consumidores optam (também) por venda online
E na hora de vender online, é também a ficção que domina, com os leitores a ‘reciclarem’ as obras que têm lá em casa. De acordo com um estudo da GFK, para a plataforma online de revenda de livros Wallapop, “92% das pessoas que assumiram vender online revelaram que o fizeram em plataformas de produtos reutilizáveis com os livros de literatura e narração a serem os mais vendidos (57%)“, pode ler-se em comunicado. Seguem-se os livros antigos (43%), livros de crianças e jovens (40%) e livros práticos e de referência (35%).
Quem vendeu livros no último ano, uma larga maioria (77%) conta vender o mesmo número de livros ou ainda mais do que fizeram em 2022.
E quem compra neste tipo de plataformas conta continuar a fazê-lo: “86% dos inquiridos que fizeram compras de livros reutilizado no último ano a pretenderem comprar o mesmo número de livros reutilizados ou ainda mais em 2023.”
Na compra é também a ficção que domina. Com as obras de literatura e narração (54%), seguida de livros antigos (29%) e livros práticos e de referência (29%) a serem os mais procurados pelos portugueses nas plataformas de produtos reutilizáveis.
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