Citius e telefones dos tribunais em baixo durante 18 minutos

Sindicato dos Funcionários Judiciais fala em "falha anormal do sistema" mas Ministério da Justiça diz que foi "indisponibilidade momentânea", entre as 14.05 e 14.23 horas.

O Sindicato dos Funcionários Judiciais denunciou esta terça-feira a falha do sistema informático Citius e rede telefónica dos tribunais. O alerta surge depois dos funcionários judiciais – que estão à frente das secretarias dos tribunais – terem estado num período alargado de greve. “De vez em quando, a plataforma tem algumas falhas, mas esta parece mesmo anormal”, diz o presidente do SFJ, que afirma que o problema “terá a ver com uma atualização crítica da parte da distribuição”.

Mas, segundo o Ministério da Justiça, ocorreu uma “indisponibilidade momentânea”, por um período inferior a 20 minutos (entre as 14:05, e as 14:23 de terça-feira), “no acesso aos serviços informáticos e telefónicos da Justiça, devido a um problema num equipamento. Ao contrário do que foi veiculado, esta interrupção não está relacionada com os trabalhos de desenvolvimento para disponibilização do novo modelo de distribuição eletrónica de processos”.

A tutela garante que o funcionamento normal de todos os sistemas foi já restabelecido, “após a atualização do referido equipamento, incluída na renovação e reforço de toda a infraestrutura da rede de comunicações da Justiça, atualmente em curso, suportada por fundos do Plano de Recuperação e Resiliência da Justiça (PRR)”, explica o gabinete de Catarina Sarmento e Castro.

“A seguir a um período prolongado de greves, isto impede o normal seguimento dos processos”, refere o presidente do Sindicato, à CNN, garantindo que, na maior parte dos tribunais, os funcionários “não conseguem enviar as peças processuais por e-mail porque a capacidade de armazenamento da caixa está esgotada”.

Os funcionários judiciais estiveram em greve de 26 de abril a 5 de maio. Reivindicam o pagamento do suplemento remuneratório em 14 meses, tal como chegou a constar em dois Orçamentos do Estado, e a questão da regular progressão na carreira, com acesso às categorias superiores, mesmo que de uma forma faseada.

No passado dia 28 de abril, o SFJ decidiu avançar com nova paralisação, que se pode estender até 15 de julho, face à “ausência de respostas do Ministério da Justiça que motivam os protestos que duram há meses e que têm motivado o adiamento de milhares de diligências e julgamentos”. Contudo, disse então António Marçal, o pré-aviso de greve não deverá entrar antes de 15 de maio com o objetivo de “dar tempo ao Governo” para, entre greves, ir ao encontro das reivindicações dos funcionários judiciais.

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