“Mulheres lutam por igualdade salarial e progressão nos bancos centrais”

  • Lusa
  • 10 Maio 2023

"Os bancos centrais ficam atrás" no tipo de emprego oferecido e pago: "65% do número total de funcionários com contratos a part-time são mulheres".

Menos da metade dos trabalhadores em bancos centrais de economias avançadas são mulheres, mas, em média, apenas um terço das mulheres são economistas ou diretoras, de acordo com um artigo publicado terça-feira no blog do Fundo Monetário Internacional (FMI).

O artigo, intitulado “Mulheres lutam por igualdade salarial e progressão nos bancos centrais”, assinado pelos economistas Mariarosaria Comunale, Petra de Bruxelles, e D. Filiz Unsal, tem por base um levantamento do FMI, que indica que as mulheres ocupam 80% das funções administrativas e de Recursos Humanos dos bancos centrais.

“Esta é o primeiro inquérito deste tipo que conhecemos, com estudos até agora focados na academia e nos setores público e privado. Os bancos centrais podem estabelecer altos padrões de género para outras instituições económicas e este trabalho lança pistas sobre como as autoridades monetárias podem melhorar seu próprio desempenho”, referem.

Com os dados, os autores desenvolveram um novo índice, o Human Resources Gender Index (HRGI), que usa uma pontuação de 0 a 1, sendo 1 a igualdade máxima, considerando que “as políticas para eliminar as diferenças de género foram apenas parcialmente bem-sucedidas”.

“Os intervalos e a ampla variação nas pontuações sugerem que os bancos centrais participantes poderiam fazer mais para reduzir a diferença de género”, indicam.

Os vários indicadores analisados permite-lhes considerar que “os bancos centrais ficam atrás” no tipo de emprego oferecido e pago: “65% do número total de funcionários com contratos a part-time são mulheres”.

“Em alguns bancos centrais, essa percentagem chega a 80%. Embora esses contratos permitam flexibilidade, podem limitar a progressão na carreira das mulheres, contribuindo para o pequeno número de mulheres em cargos de direção”, assinalam.

Indicam ainda que “a diferença de género é ainda mais impressionante quando se trata de remunerações — apenas 27% das mulheres ganham os 20% mais altos dos ganhos anuais”.

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