Sindicatos bancários exigem que CGD aplique aumento salarial adicional de 1%

  • Lusa
  • 25 Maio 2023

"A CGD fez tábua rasa das normas transmitidas pela tutela, negando-se a atualizar o AE [Acordo Empresa] em mais 1%", afirmam em comunicado os sindicatos.

Os sindicatos bancários Mais, SBC e SBN anunciaram esta quinta-feira que recusaram o acordo com a Caixa Geral de Depósitos (CGD) exigindo que o banco aplique o aumento salarial adicional de 1% anunciado pelo Governo para este ano.

A CGD fez tábua rasa das normas transmitidas pela tutela, negando-se a atualizar o AE [Acordo Empresa] em mais 1%”, afirmam em comunicado os sindicatos do setor financeiro (Mais), o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e o Sindicato dos Trabalhadores do Setor Financeiro de Portugal (SBN).

Perante a posição do banco público, os sindicatos “não deram a sua anuência ao acordo, considerando que a CGD tem condições para aplicar este adicional – que claramente não terá impacto nas suas contas, mas é justo para os trabalhadores”, pode ler-se na nota à imprensa.

“Convictos de que a CGD vai reconhecer que os seus trabalhadores merecem e que os sindicatos têm razão em pugnar pela melhoria das suas condições de vida, estes aguardam que o banco público repondere a sua posição e cumpra as suas responsabilidades”, frisam as estruturas sindicais.

Os sindicatos referem que, em março, na anterior reunião de negociação do AE da CGD, foi proposto um aumento de 76 euros na tabela salarial e um acréscimo de 5% para para a generalidade das rubricas pecuniárias, com exceção do subsídio de refeição (12,50 euros), subsídio de nascimento (900 euros), subsídio de trabalhador estudante (24,74 euros) e crédito à habitação (250.000 euros).

A proposta não foi aceite pelos sindicatos por defenderam que a CGD estava em posição de ir mais longe, nomeadamente face aos lucros anunciados. Há cerca de duas semanas, também o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) denunciou a “recusa” da CGD em aplicar o aumento extraordinário de 1% anunciado pelo Governo, apelando à intervenção do executivo.

O Governo anunciou em março um aumento salarial intercalar de 1% para a administração pública este ano, bem como um aumento de 5,20 euros para seis euros no subsídio de alimentação, face ao aumento da inflação acima do previsto. Em 17 de maio, o Ministério das Finanças anunciou ter dado indicações às empresas do Setor Empresarial do Estado para processarem o aumento salarial adicional às empresas públicas, onde se inclui a CGD, segundo os sindicatos.

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