Ministro da Economia sem “qualquer indicação” de que investimento chinês da CALB em Sines esteja em risco

Ministro da Economia revelou que estão "a discutir a questão dos incentivos" com a CALB e garantiu que não recebeu "qualquer indicação de que o investimento estivesse em risco".

O ministro da Economia desdramatizou os riscos de Portugal poder perder o investimento da CALB, a empresa chinesa que quer instalar uma fábrica de baterias em Sines. “Não recebemos qualquer indicação da CALB de que o investimento estivesse em risco”, garantiu o ministro da Economia, esta quarta-feira na comissão parlamentar de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação.

O Jornal Económico avançou que o projeto de construção de uma mega fábrica de baterias de lítio pelo grupo chinês China Aviation Lithium Battery Technology (CALB) em Sines está a ser reequacionado. A decisão de afastar a Huawei das redes 5G nacionais estaria subjacente a esta reavaliação, que se poderá estender a outros investimentos chineses em Portugal, por retaliação ou por perda de confiança no país, justifica o jornal com base em fontes diplomáticas.

Costa Silva garantiu aos deputados que esta notícia “é uma especulação sobre a posição do país relativamente à Huawei”, até porque “na notícia não aparece ninguém da empresa” e que tem “contactos muito assíduos com o management” da empresa, “incluindo a sua CEO e a sua representante em Portugal” e que não recebeu qualquer indicação de que o investimento estivesse em risco. “Vamos continuar a trabalhar com eles”, garantiu o responsável.

O ministro da Economia recordou que a empresa já reservou o terreno em Sines. A CALB, o sexto maior produtor de baterias para carros elétricos do mundo, avançou com um contrato de reserva de 90 hectares em Sines para a instalação de uma fábrica de baterias em Portugal, como avançou o Público, citando o presidente da Aicep, Filipe Santos Costa. Mas aguardam ainda a “disponibilidade do país em termos de energia, vão necessitar que isto seja resolvido e estamos a resolver”, garantiu Costa Silva.

Além desta “preocupação”, o ministro da Economia revelou que estão “a discutir a questão dos incentivos”, e reiterou que não recebeu “qualquer indicação em contrário”.

O responsável citou o relatório da Agência Internacional de Energia e Geologia da necessidade de produção de baterias de 10 mil gigawatts hora, 50 vezes o que existe hoje no mundo e as 780 gigafactories são sobretudo na China e esse é “um player que se quer deslocalizar para a Europa”.

“Vamos continuar a lutar por este investimento, garantiu o ministro da Economia, acrescentando que além do investimento da CALB, Portugal tem “outras manifestações de interesse para construir baterias elétricas em Portugal, mas este investimento é importante e vamos cuidar de que isto não passe de uma tempestade num copo de água”, concluiu.

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