Kiev convoca embaixador polaco por declarações sobre ingratidão ucraniana

  • Lusa
  • 1 Agosto 2023

“A Ucrânia recebeu muita ajuda da Polónia” e “seria oportuno que se começasse a apreciar o papel que a Polónia tem desempenhado para a Ucrânia nos últimos meses e anos”, disse conselheiro polaco.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano convocou esta terça-feira para consultas o embaixador polaco em Kiev, Bartosz Cichocki, por causa de declarações de um conselheiro presidencial polaco apontando a “falta de agradecimento” da Ucrânia à Polónia. A informação foi difundida pela agência de notícias Ukrinform e depois confirmada pelo porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Oleg Nikolenko.

Este afirmou que “a 1 de agosto, o embaixador da Polónia na Ucrânia, Bartosz Cichocki, foi convidado a ir ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia devido às declarações de um conselheiro do Presidente da República da Polónia, o responsável pelo Departamento de Política Internacional, Marcin Przydacz”.

Przydacz declarou, na segunda-feira à noite, na televisão pública polaca, que “a Ucrânia recebeu muita ajuda da Polónia” e que, na sua opinião, “seria oportuno que se começasse a apreciar o papel que a Polónia tem desempenhado para a Ucrânia nos últimos meses e anos”. As suas palavras referiam-se à proibição de importar produtos agroalimentares ucranianos para a Polónia, uma decisão que o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, classificou como “populista e hostil”.

Antes, Andrei Sybiha, porta-voz do gabinete do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comentou as palavras de Przydacz, garantindo rejeitar categoricamente “as tentativas de alguns políticos de impor afirmações infundadas à sociedade polaca, de que a Ucrânia não aprecia a ajuda da Polónia”. Sybiha atribui tais declarações a “um jogo para perseguir interesses próprios”.

A União Europeia (UE) porá fim a 15 de setembro às restrições à importação de produtos agroalimentares da Ucrânia, mas recentemente a Polónia, a Bulgária, a Roménia, a Eslováquia e a Hungria exigiram a Bruxelas uma prorrogação e anunciaram que, se esta não for aprovada, imporão um embargo a essas importações por conta própria.

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