Banco Empresas Montepio vendido à fintech Rauva por 35 milhões de euros
O Banco Montepio acordou a venda da licença bancária do banco de empresas à fintech Rauva. Negócio de 35 milhões deverá ficar concluído nos próximos meses, após luz verde dos reguladores.
O Banco Montepio fechou a venda da licença bancária do Banco Empresas Montepio, o antigo Montepio Investimento, à fintech Rauva, num negócio avaliado em 35 milhões de euros.
A operação encontra-se ainda dependente da aprovação dos reguladores, um processo que deverá demorar alguns meses, de acordo com o CEO do banco, Pedro Leitão, em conferência a partir da sede, em Lisboa.
Antes da conclusão da transação, os ativos, passivos, operações e trabalhadores do BEM serão transferidos para o Banco Montepio. O banco da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) já tinha anunciado anteriormente que estava a avaliar a venda da licença do banco de empresas, e agora está prestes a colocar um ponto final à aposta estratégica do anterior presidente Carlos Tavares.
“O valor da venda terá como referência um múltiplo de entre 1,15x a 1,18x capitais próprios do BEM à data da conclusão da operação, estimados em 30 milhões”, refere o Montepio em comunicado. Contas feitas, a transação deverá fazer-se por cerca de 35 milhões de euros. “À presente data não é possível estimar com exatidão o valor do impacto positivo nos resultados do Banco Montepio”, acrescenta o comunicado.
Queremos preservar e potenciar a nossa proposta de valor de banca comercial e de empresas que estamos a entregar ao mercado. Seria um contrassenso desperdiçar este valor.
Pedro Leitão explicou aos jornalistas que a venda do BEM representa mais um passo no ajustamento que tem vindo a executar no banco que lidera desde 2020. Ainda assim, destacou que o Banco Montepio vai continuar a desenvolver o negócio do BEM. “Queremos preservar e potenciar a nossa proposta de valor de banca comercial e de investimento que estamos a entregar ao mercado”, assumiu. “Seria um contrassenso desperdiçar este valor”, sublinhou.
Nos últimos anos, o banco avançou com um plano de saídas de centenas de trabalhadores, fecho de agências e ainda a alienação de operações, como Angola e agora o BEM. A venda do Finibanco Angola levou a instituição financeira a prejuízos de 48,3 milhões no primeiro semestre do ano.
“Portugal em primeiro”
A Rauva assume-se como a primeira super app para os negócios em Portugal. Também presente na conferência de imprensa, o cofundador e CEO da Rauva, Jon Fath, adiantou que pretende “fazer com que a Rauva seja um banco europeu, ajudar os negócios de pequena e média dimensão, ajudar os empreendedores a gerir os negócios”.
“A ideia é expandir a licença do BEM para o resto da Europa. Queremos criar uma proposição de valor em primeiro lugar em Portugal, temos cá a nossa equipa. A ideia é depois expandir para o resto do negócio europeu”, explicou o responsável.
(Notícia atualizada às 12h01)
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