Portugal Ventures investe 700 mil euros em sete novas startups. Saiba quais são e o que fazem

A Portugal Ventures investiu mais 700 mil euros em sete startups através da CallINNOVID, uma iniciativa lançada em parceria com a Agência Nacional de Inovação (ANI). Com este reforço, a sociedade de capital de risco do Grupo Banco Português de Fomento eleva para 55 o número de investimentos já realizados e 5,5 milhões de euros o montante investido através desta iniciativa.

Estão ainda em pipeline mais 10 operações através desta iniciativa. A 13 de outubro, decorre o Call INNOV-ID: Investir no Futuro”, fazendo o balanço de três edições desta iniciativa.

“A Portugal Ventures orgulha-se dos resultados obtidos, até ao momento da Call INNOV-ID, sobretudo pelo impacto significativo que a mesma terá no futuro das 55 startups investidas. A realização do evento ‘Call INNOV-ID: Investir no Futuro’ vai assinalar um marco importante na história desta iniciativa, onde o ecossistema ficará a conhecer o trabalho conjunto que tem sido realizado entre a nossa equipa, a ANI e os parceiros de ignição que tiveram um papel crucial de geração de dealflow qualificado para investimento, totalizando mais de 300 candidaturas nas três edições”, diz Rui Ferreira, presidente da Portugal Ventures, citado em comunicado.

Azulfy, Generosa, INEYE Pharma, Stonify, TimeUp, Twevo e Unlockit são as sete novas startups a reforçar o portefólio de investimentos da capital de risco estatal, através Call INNOV ID, tendo cada uma recebido um investimento de 100 mil euros.

Novas apostas juntam-se à Glooma, Hephaesnus, Plugglabe.ai, Risimet e Stokedge que, em março, receberam financiamento através desta call.

Desde 2020, através desta iniciativa lançada com a ANI, já são 55 os investimentos e 5,5 milhões de euros o montante investido. Mais 10 operações através desta iniciativa estão ainda em pipeline.

“Os excelentes resultados obtidos com estas três edições da Call INNOV-ID, e que serão dados a conhecer neste evento conjunto que irá reunir as 56 startups investidas, confirmam a nossa convicção de que em Portugal se produz conhecimento e inovação de base científica e tecnológica de excelência, competitivos a nível internacional e com capacidade de chegar ao mercado”, diz António Grilo, presidente da ANI, citado em comunicado.

“É missão da ANI continuar a apostar em iniciativas e instrumentos que apoiem a transferência de conhecimento e inovação de base científica e tecnológica de excelência, através de parcerias colaborativas de sucesso, que acelerem e disseminem a inovação em Portugal, como é o caso desta, entre a ANI e a Portugal Ventures”, sublinha.

Com o objetivo de apresentar o resultado das três edições desta call e “o seu impacto na preservação e valorização dos projetos inovadores do sistema científico nacional, os promotores organizam a 13 de outubro o ‘Call INNOV-ID: Investir no Futuro’”, no Fórum Tecnológico da Lispolis.

Quais as startups investidas?

• Azulfy – Fornece às autarquias uma plataforma de gestão de eventos de poluição — monitorizando diariamente a poluição na água, terra e ar — no território, recorrendo a imagens obtidas através de satélites em órbita, de drones e de câmaras de vídeo locais.
• Generosa – Pretende revolucionar a forma como cuidamos das plantas em casas, através da sua linha de produto baseados em “princípios da economia circular, recorrendo a coprodutos de bioindústrias e ao aproveitamento de materiais reutilizáveis.”
• INEYE Pharma – Focada no tratamento de doenças oculares, esta startup fundada em 2017 por dois investigadores da Universidade de Coimbra com tecnologia já patenteada nos EUA e noutros países, “permite administrar fármacos no olho por vários meses de forma controlada, evitando o uso de gotas, o que melhora a adesão à terapêutica por parte do doente e a eficácia dos fármacos.”
• Stonify – Destinada aos profissionais do setor industrial da pedra natural, esta plataforma digital agrega toda a informação de processos produtivos e comerciais “através da captura dos produtos acabados num objeto digital”, permitindo aos utilizadores a “otimização de processos e a exploração de novos mercados de forma eficiente, garantindo a rastreabilidade e medindo a sustentabilidade dos seus produtos.”
• TimeUp – Spin-off desenvolvida no seio Universidade de Coimbra, desenvolve um dispositivo de diagnóstico, que monitoriza a urina de doentes por várias semanas. Tem já um “protótipo funcional testado em laboratório para detetar a bactéria responsável por mais de 80% das infeções urinárias, que em 2024 será otimizado para monitorizar mais agentes patogénicos.”
• Twevo – Tecnológica que fornece soluções de vídeo com IA para a monitorização do chão de fábrica, visando ajudar a indústria a aumentar produtividade e sustentabilidade, “evitando desperdício de matérias-primas e perdas de energia causadas por quebras desnecessárias, e melhorar as condições de trabalho industrial 5D (Dull, Dirty, Dangerous, Difficult and Dear).”
• Unlockit – Empresa Web3 PropTech & GovTech quer tornar o processo de uma transação imobiliária “mais credível, seguro e transparente”, ao garantir a “conformidade com as mais recentes legislações da Comunidade Europeia – Regulamento das assinaturas eletrónicas, Lei de Branqueamento de Capitais de 2018 e com o Regime Geral de Proteção de Dados.”