Governo aprova regras para as empresas irem buscar dinheiro ao fundo de compensação

Governo aprovou esta tarde "a modelação dos momentos" em que as empresas vão poder mobilizar as verbas do fundo de compensação do trabalho para financiar, por exemplo, a formação dos trabalhadores.

Desde maio que as empresas já não fazem descontos para o fundo de compensação do trabalho (FCT), mas faltava o Governo aprovar “a modelação dos momentos” em que as empresas vão poder mobilizar essas verbas para financiar, por exemplo, a formação dos trabalhadores e a construção de creches. Deu “luz verde” a esse diploma no Conselho de Ministros desta quinta-feira.

“Foi aprovado o decreto-lei que altera os regimes jurídicos do fundo de compensação do trabalho e do fundo de garantia de compensação do trabalho, concretizando-se assim umas das principais medidas do acordo de médio prazo de melhoria dos rendimentos, dos salários e da competitividade“, anunciou o Governo, em comunicado.

Firmado em outubro do ano passado, o acordo de rendimentos prevê o fim das contribuições para o FCT e a sua reconversão para permitir às empresas que para ele tenham contribuído, nomeadamente, financiar a formação e qualificação dos trabalhadores e apoiar a autonomização dos jovens trabalhadores, “suportando uma parte dos encargos com habitação”. Prevê também que a suspensão, durante a vigência do acordo, dos descontos mensais para o Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT).

Desde maio, com a entrada em vigor da Agenda do Trabalho Digno, que as empresas já não têm de fazer esses descontos, mas faltava o Governo definir o modelo em que poderão ir buscar os mais de 600 milhões de euros que estão atualmente no FCT.

Ora, o decreto-lei aprovada esta quinta-feira estabelece “a modelação dos momentos de mobilização das verbas do FCT para as finalidades para as quais este fundo foi convertido”, indicou o Governo.

Em comunicado, o Governo não detalha o calendário, mas, com base na proposta apresentada aos parceiros sociais, é possível perceber que as empresas poderão começar a ir buscar essas verbas a partir do último trimestre do ano.

Atualizada às 16h20

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