Linha Rubi do Metro do Porto adjudicada a consórcio espanhol por 379,5 milhões de euros
Metro do Porto estima que o maior investimento do PRR deve “entrar em execução" até dezembro, após assinatura do contrato e aval do Tribunal de Contas. Obra tem de estar concluída até final de 2026.
O Conselho de Administração da Metro do Porto aprovou esta sexta-feira a adjudicação da empreitada relativa à construção da Linha Rubi à “melhor proposta”, que foi apresentada pelo consórcio formado pela FCC Construcción, pela Contratas y Ventas e pela Alberto Couto Alves (ACA), no valor de 379,5 milhões de euros. As obras deverão estar concluídas até ao final de 2026.
“Tudo está em condições para que, após a assinatura do correspondente contrato e da sua validação por parte do Tribunal de Contas, aquele que é, em termos de investimento – valor global de 435 milhões de euros -, o maior projeto no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência / NextGenerationEU, possa, como é objetivo assumido pela Metro do Porto, entrar em execução até ao final deste ano”, indica a transportadora.
Com 6,4 quilómetros e oito estações, a Linha Rubi inclui uma nova travessia sobre o Rio Douro — a “Ponte D. Antónia Ferreira, a Ferreirinha” — que será exclusivamente reservada à circulação do Metro e à circulação pedonal e de bicicletas. Em comunicado, a empresa frisa que “será uma das poucas vias de comunicação deste tipo, em Portugal, que não se destina a uma finalidade rodoviária”.
O grupo que inclui os espanhóis FCC e Contratas y Ventas levou a melhor sobre o consórcio integralmente português formado pela Casais, Conduril, Teixeira Duarte, Alves Ribeiro e Somafel. Segundo escreveu o Jornal de Negócios, essa segunda oferta analisada pelo júri do concurso público internacional tinha um valor total de 435 milhões de euros, 55 milhões acima da concorrente.
De um valor inicial de 299 milhões de euros perspetivado há três anos, a dotação para esta linha acabou por ser reforçada para 435 milhões, com o Governo a justificar em maio, quando aprovou a reprogramação dos encargos, que a revisão do montante ficou a dever-se ao “expressivo aumento dos custos de mão-de-obra, das matérias-primas, dos materiais de construção e, não menos significativo, um aumento de custo dos combustíveis e da energia, que impactam diretamente no valor global da estimativa da obra”.
Além destes fatores, a mesma resolução do Conselho de Ministros apontou ainda o “cumprimento das medidas impostas pela avaliação de impacte ambiental, a evolução dos estudos em resposta às condicionantes locais e às solicitações das autarquias, a evolução do projeto da nova ponte sobre o rio Douro e a verificação da necessidade de expropriações não previstas”.
Ligação à alta velocidade ferroviária
A Linha Rubi vai assegurar “importantes ligações entre fortes centros de procura”, como a estação da Casa da Música, com seis linhas de metro, o polo universitário do Campo Alegre, o Arrábida Shopping, a zona histórica e turística de Gaia, a estação ferroviária das Devesas e o interface modal de Santo Ovídio – onde, além da Linha Amarela do metro, vai ser construída uma estação para o futuro comboio de alta velocidade.
O conselho de administração da Metro do Porto, presidida por Tiago Braga e que esta sexta-feira recebeu o relatório do júri do concurso público internacional, quantifica em 1,7 mil milhões de euros os “benefícios sociais, económicos e ambientais” da Linha Rubi.
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