“FMI falha sempre e vai voltar a enganar-se em 2024”, diz Medina
O ministro da Finanças contestou as previsões do FMI para 2024. Em declarações à Antena 1, Medina alertou ainda que o Fundo não segue Portugal com a "atenção que deveria seguir".
O ministro da Finanças contestou as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2024 e admite que o “falha sempre” relativamente a Portugal. Em declarações à Antena 1, Fernando Medina alertou ainda que o FMI não segue Portugal com a “atenção que deveria seguir”.
“O FMI sobre Portugal tem uma regra, é que falha sempre. E por isso, como falha sempre, essa é mais uma projeção falhada sobre Portugal”, sublinhou Medina, numa critica também às previsões de Vítor Gaspar, ex-ministro das Finanças do tempo da troika e responsável no FMI desde 2014 pelo Fiscal Monitor.
O ministro relembrou que a projeção do FMI para 2023 era de um défice de 1,4% do PIB, mas na realidade Portugal teve um saldo positivo de 0,8%. Recordou ainda a projeção da dívida pública que falhou por oito pontos percentuais. “O FMI falha sempre e vai voltar a enganar-se em 2024″, disse.
Esta quarta-feira, o FMI previu que Portugal feche este ano com um défice de 0,2% do PIB e em 2024 de 0,1%, revelando-se mais pessimista do que o Governo. A instituição liderada por Kristalina Georgieva reviu ainda em baixa a previsão do défice orçamental de Portugal face aos 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2023 e aos 0,2% para 2024, previstos em junho.
Perante a primeira reação do líder do PSD à proposta do Orçamento do Estado para 2024 – que classificou o documento de “pipi, bem apresentadinho, betinho” –, Medina ironizou que “se a única apreciação que o líder da oposição faz ao Orçamento de Estado é de natureza estética, então, o PSD só pode abster-se ou votar a favor da proposta do governo”.
Sobre o seu futuro político, Medina recusou especulações e garante que não vai a votos nas eleições europeias. “De certeza absoluta que não serei candidato ao parlamento europeu. Não tenho apetência”, disse. Na entrevista, o ministro afirmou ainda que a recusa em descongelar as carreiras dos professores “não é uma birra”, que questiona ainda: “Devemos ceder à lei do mais forte só porque tem um sindicato com mais força e vocalidade?”.
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