Confederação do Comércio e Serviços reclama mais apoio público ao setor
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal reclamou a criação de um programa de apoio à modernização do comércio e avisos de candidatura no âmbito do PT2030.
A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considerou hoje “insuficiente” a aposta das políticas públicas no setor, reclamando a criação de um programa de apoio à modernização do comércio e avisos de candidatura no âmbito do PT2030.
Em comunicado, a CCP diz “acompanha[r] as preocupações expressas em recente comunicado por um conjunto de associações empresariais do norte a sul do país, no que respeita à insuficiente aposta das políticas públicas no setor do comércio e de muitos serviços”.
O alerta para a falta de apoios efetivos ao comércio de proximidade foi feito pelas associações empresariais de Viana do Castelo (AEVC) e de Braga (AEB), assim como pelas associações empresariais da região de Coimbra: ACIFF — Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz; AESL – Associação Empresarial da Serra da Lousã; ACIBA – Associação Comercial e Industrial da Bairrada e Aguieira, AEDP – Associação Empresarial de Poiares, CEMC – Clube de Empresários de Miranda do Corvo, APBC — Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, NEP — Núcleo Empresarial de Penela, AEMIRA — Associação Empresarial de Mira e AEPS — Associação Empresarial de Pampilhosa da Serra.
Segundo a CCP, “é inquestionável que estes setores, que pela sua dimensão dão um contributo significativo para a economia e o emprego, têm passado por profundas transformações e estão confrontados com significativos desafios, nomeadamente o desafio da transição digital”.
Contudo, considera, o montante de apoios dirigidos ao setor do comércio e serviços no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “é claramente residual, quer face ao montante total do programa, quer face aos apoios dirigidos especificamente às empresas”, havendo ainda “um risco significativo de estes setores serem novamente marginalizados do âmbito do PT2030 [Portugal 20230]”.
Neste contexto, a CCP entende serem “totalmente fundamentadas as pretensões deste conjunto de associações, que reclamam a criação de um programa de apoio à modernização do comércio, com a maior brevidade possível, assim como a criação de avisos de candidatura no âmbito do PT2030, desenhados especificamente para os desafios, especificidades e reais necessidades do comércio e serviços de proximidade”.
“Estas pretensões vão aliás ao encontro das propostas apresentadas pela CCP ao Governo no contexto da definição de uma Agenda para a Competitividade do Comércio e dos Serviços, prevista no Acordo de Concertação Social de 2022 e reafirmada recentemente no contexto da concertação social”, enfatiza.
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