Lucros da EDP Renováveis sobem 7% até setembro, para 445 milhões de euros

Nos primeiros nove meses do ano, as receitas obtidas pela empresa de energia caíram 5% face a igual período de 2022. Dívida líquida aumentou 23%, para mais de 6 mil milhões de euros.

A EDP Renováveis aumentou os lucros em 7% nos primeiros nove meses do ano, face a igual período do ano passado. Segundo reportou à CMVM esta terça-feira, o resultado líquido da empresa com sede em Madrid e cotada na Bolsa de Lisboa ascendeu a 445 milhões de euros até setembro.

as receitas caíram 5%, para 1.654 milhões de euros, “devido à queda de 7% no preço médio de venda, parcialmente compensada pelo aumento de 3% na geração”, justifica. Outras receitas operacionais incluíram 393 milhões de ganhos com rotação de ativos de dois negócios fechados em Espanha (encaixe da venda recebido no terceiro trimestre) e na Polónia (recebido apenas em outubro).

Por outro lado, os custos operacionais aumentaram 5% até setembro, incluindo impostos de clawback na Europa (71 milhões relacionados com Roménia e Polónia), com a empresa a salientar ainda os 55 milhões de custos incorridos com atrasos na entrada em operação de nova capacidade nos EUA e na Colômbia.

Num período em que o EBITDA recorrente baixou 3%, para 1.437 milhões — com crescimento na Europa, América do Sul e APAC, e declínio na América do Norte e no contributo da Ocean Winds, os resultados financeiros ficaram em 257 milhões, 13% abaixo no comparativo homólogo, “impactados por custos mais baixos com variações cambiais e derivativos, devido à queda no peso do dólar americano no mix da dívida por moeda”.

A dívida líquida totalizou 6,1 mil milhões, um aumento de 1,1 mil milhões (23%) em relação a dezembro de 2022, com uma relação de 2,9x Dívida Líquida/EBITDA dos últimos doze meses, “refletindo o aumento dos investimentos no período compensado pelo aumento de capital”, justifica a empresa detida a 74,98% pelo Grupo EDP.

Entre janeiro e setembro, o investimento bruto ascendeu a 3,4 mil milhões, com 80% do Capex investido na Europa e América do Norte. Segundo a empresa de energias renováveis, este valor deve-se ao “crescimento com um aumento de capacidade de +1,7 GW vs 9M22 e os 5,2 GW de capacidade renovável em construção a setembro, diversificada por geografias e tecnologias”.

 

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