BCP já fixou a prestação da casa a mais de 300 famílias
BCP está a fixar a prestação da casa a um ritmo de 100 contratos ao dia desde que a medida entrou em vigor na passada quinta-feira. Santander já recebeu 3.800 pedidos.
O BCP já fixou a prestação da casa de mais de 300 contratos de empréstimo à habitação ao abrigo da medida do Governo que visa proteger as famílias da escalada das taxas de juro através de um alívio na Euribor, segundo avançou a instituição financeira ao ECO.
A medida – que consiste na aplicação de 70% da Euribor a seis meses e permite baixar a prestação durante dois anos – entrou em vigor apenas na quinta-feira da semana passada e o banco liderado por Miguel Maya está a fixar a prestação da casa a um ritmo de 100 contratos ao dia (útil) desde então.
“A maioria dos pedidos de fixação da prestação foram realizados através da app de telemóvel e do homebanking”, revelou fonte oficial do BCP, frisando que está a “dar máxima prioridade às solicitações de adesão” à moratória.
A lei estipula um prazo de 15 dias para os bancos apresentarem uma simulação da aplicação da medida e o plano de reembolso do montante diferido, a que acrescem 30 dias para o cliente decidir se aceita ou não a aplicação da medida.
O CEO do BCP tem sido um dos principais entusiastas da medida que considerou ser “bem desenhada e oportuna”, pois permite dar “previsibilidade às famílias”. “Eu recomendo vivamente. É uma medida que beneficia e apoia as pessoas”, afirmou Miguel Maya na semana passada durante a conferência de apresentação de resultados do banco.
Já o Santander adiantou ao ECO que recebeu 3.800 pedidos de clientes para estabilizar a mensalidade do crédito da casa, mas não detalhou quantos já estão a beneficiar da medida.
Os outros bancos não quiseram adiantar números (casos do BPI e da Caixa, sendo que o banco público está em blackout até à apresentação dos resultados na próxima quinta-feira) ou não responderam até à publicação deste artigo (casos Novobanco, Banco Montepio e Crédito Agrícola).
Com esta medida, que abrange todos contratos de empréstimo da casa realizados antes de 15 de março, as famílias poderão beneficiar um alívio na prestação, enquanto os valores diferidos são pagos no final do contrato – o que vai implicar uma fatura maior com o crédito da casa no final face ao que pagaria caso não tivesse acedido à medida.
Bancos prestam informação e há simuladores
Entretanto, os bancos já estão a fornecer toda a informação sobre a medida da fixação temporária da prestação. As grandes instituições financeiras optaram por um modelo de pergunta e resposta para explicar aos seus clientes o que está em causa, nomeadamente as condições de elegibilidade, como é calculada a nova prestação e como será feito o pagamento dos valores diferidos.
No caso do Santander o Q&A é acompanhado de um simulador que permite perceber qual o alívio que o cliente poderá ter na sua prestação caso adira à medida.
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