Moody’s sobe ratings de seis bancos portugueses

A agência de notação financeira decidiu subir os ratings da CGD, BCP, BPI, Banco Montepio, Novobanco e Santander Totta e reafirmou as notações do Crédito Agrícola.

Depois de subir a notação da dívida portuguesa, a Moody’s decidiu subir ratings a seis bancos portugueses, nomeadamente CGD, BCP, BPI, Banco Montepio, Novobanco e Santander Totta. A agência reafirmou também os ratings da Caixa Central de Crédito Agrícola.

“As ações de hoje [quarta-feira] sobre os bancos portugueses consideraram o progresso contínuo no desempenho e nos fundamentais financeiros de vários bancos, em particular a melhoria das métricas de risco dos ativos, níveis de capital mais elevados e uma forte rentabilidade impulsionada por taxas de juro mais elevadas”, explica a agência de notação financeira.

Para a Caixa Geral de Depósitos, a Moody’s subiu o Baseline Credit Assessment (BCA) de baa2 para baa1 e o rating da dívida sénior de Baa2 para Baa1, bem como o rating dos depósitos de Baa1 para A3. O banco reagiu em comunicado enviado à CMVM, onde destaca que “o rating dos depósitos ultrapassa pela primeira vez a categoria Baa, alcançando a notação A3, a mesma da República portuguesa”.

Já o Banco Montepio viu o rating dos depósitos (Long-Term Bank Deposits) subir para o nível de investimento (investment grade) de Baa3 e da Dívida sénior não garantida (senior unsecured debt) para Ba2. “Esta é a terceira subida consecutiva do rating do Banco Montepio nos últimos treze meses, num total de quatro níveis”, salienta o banco em comunicado.

O Novobanco, por sua vez, obteve uma subida em dois níveis dos ratings de long-term deposit e senior unsecured debt, para Baa2 de Ba1 e para Ba1 de Ba3, respetivamente. “Pela terceira vez consecutiva (jun/22, abr/23 e nov/23), o Novobanco recebeu uma subida multi-notch do rating pela Moody’s, demonstrando a recuperação bem-sucedida e a transformação do banco”, congratula-se o banco, em comunicado enviado à CMVM.

Para o Santander Totta, avançou a subida dos ratings de depósitos de longo prazo de A3 para A2 e a afirmação dos ratings dos programas senior unsecured debt em Baa1. O mesmo foi decidido para o BPI: a Moody’s decidiu rever em alta o rating dos depósitos de A3 para A2 e confirmar os ratings da dívida sénior sem garantia em Baa1.

Já o BCP conseguiu a subida dos ratings de depósitos de longo prazo do BCP para A3 de Baa2 e dos ratings de dívida sénior sem garantia para Baa2 de Baa3.

Finalmente, para o Crédito Agrícola apenas foram reafirmados os ratings de Baa2 para os depósitos e Ba1 para senior unsecured debt. A análise da Moody’s concluiu que se verificou “um aumento de um nível para depósitos e um nível negativo para dívida sénior sem garantia do BCA”, sendo que a agência “atribui uma baixa probabilidade de apoio governamental aos ratings de depósito e dívida sénior sem garantia” do Crédito Agrícola, o que não dá nenhum impulso adicional a estes ratings.

No que diz respeito aos outlooks, CGD, BCP, Santander Totta, BPI, Crédito Agrícola e Banco Montepio estão estáveis. Já o Novobanco é o único com uma perspetiva positiva, com base na “visão de que a melhoria no perfil de crédito do banco será sustentada durante os próximos 12 a 18 meses”, com o sinal de que podem avançar novas revisões em alta.

Na sexta-feira passada, a Moody’s decidiu subir o rating da dívida soberana em dois níveis, de ‘Baa2’ para ‘A3’, mesmo em altura de crise política. Foi a terceira agência a rever em alta a notação da dívida portuguesa este ano, depois da Fitch e da DBRS.

(Notícia atualizada às 10h45)

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