Espanha na rua contra amnistia a ‘independentistas’

  • Lusa
  • 12 Novembro 2023

O PP espanhol estimou em dois milhões os participantes nas manifestações contra a amnistia de independentistas catalães e o Governo socialista, enquanto as autoridades aponta para 450 mil.

O Partido Popular de Espanha (PP, direita) estimou em dois milhões os participantes nas manifestações que convocou para 52 cidades contra a amnistia de independentistas catalães e o Governo socialista, enquanto as autoridades falam em 450 mil. A maior manifestação ocorreu em Madrid, onde esteve o líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, e contou com um milhão de pessoas, segundo o partido, um número superior aos 80 mil avançado pela Delegação do Governo (uma entidade similar aos antigos governos civis em Portugal).

Como em Madrid, os números das delegações do governo e das forças de segurança são inferiores aos avançados pelo PP nas diversas manifestações. As autoridades estimam que houve, por exemplo, 40 mil pessoas na manifestação de Sevilha (60 mil segundo o PP), 24 mil em Valência (50 mil segundo o PP), 20 mil em Alicante, 15 mil em Santander, 7.000 em Badajoz, 6.500 em Barcelona (20 mil segundo a associação que fez a convocatória) ou 5.000 nas ilhas Canárias.

As manifestações foram convocadas para as 52 capitais de província de Espanha pelo PP, mas houve também concentrações em cidades no estrangeiro, como Bruxelas ou Lisboa. Os populares prometeram contestação à amnistia de independentistas catalães e ao Governo socialista até haver novas eleições. “Não nos vamos calar. Não nos calaremos até haver novas eleições e podamos outra vez votar porque o que se está a fazer é o contrário daquilo que votámos. Porque têm medo das eleições?“, disse Alberto Núñez Feijóo, numa intervenção na manifestação de Madrid.

O socialista Pedro Sánchez está a poucos dias de ser reconduzido primeiro-ministro de Espanha, no parlamento, com o apoio de partidos nacionalistas e independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco. Entre os acordos do partido socialista (PSOE) com as formações catalãs há uma amnistia para os envolvidos na tentativa de autodeterminação da Catalunha que culminou com uma declaração unilateral de independência em 2017 e que é o principal foco de contestação por parte da direita e tem levado às ruas milhares de pessoas diariamente em diversas cidades.

A possibilidade da amnistia tinha sido rejeitada até às eleições de julho por Pedro Sánchez, que agora a justificou com o resultado das legislativas, “a convivência” entre todos os espanhóis e a forma de evitar um Governo em Espanha da direita e da extrema-direita.

Alberto Núñez Feijóo lembrou que o PP foi o partido mais votado nas eleições de 23 de julho e considerou que os socialistas vão manter-se no poder porque Sánchez “comprou a investidura” com “a impunidade” de pessoas que violaram a lei e querem desmantelar Espanha, num ataque e humilhação, por outro lado, do poder judicial e da separação de poderes. “Defendemos um estado de Direito, a democracia, e por isso dizemos não à amnistia, não à impunidade”, disse o líder do PP.

O partido de extrema-direita Vox, a terceira maior força no parlamento espanhol, juntou-se ao protesto deste domingo e, ao contrário do PP, tem também manifestado apoio às concentrações diárias em várias cidades espanholas convocadas nas redes sociais para o início da noite em frente de sedes do PSOE.

No caso de Madrid, estas concentrações já terminaram por diversas vezes com distúrbios e cargas policiais, além de marcarem presença grupos de pessoas com usam bandeiras, saudações e cânticos fascistas e da ditadura espanhola de Francisco Franco. Feijó pediu e insistiu por diversas vezes em que a resistência deve ser “firme e pacífica”. No final da manifestação do PP em Madrid, um grupo de centenas de pessoas dirigiram-se para sede nacional do PSOE na cidade, lideradas pelo presidente do Vox, Santiago Abascal, onde continuaram o protesto.

Pedro Sanchez pediu no sábado à direita para aceitar os resultados das eleições de 23 de julho e a legitimidade do próximo Governo.

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Stand da Fidelidade na Websummit apresentará 14 startups

  • ECO Seguros
  • 12 Novembro 2023

O programa Protechting visa fomentar a inovação ao facilitar o acesso a recursos para a evolução e concretização de ideias de negócio das startups selecionadas.

No evento Protechting Connect, que teve lugar no estúdio do Timeout, Lisboa, na passada sexta-feira, foram anunciadas as 14 startups escolhidas para serem apresentadas no stand da Fidelidade na Websummit, que terá início esta segunda-feira.

As startups, das quais 9 são portuguesas e 5 são internacionais, foram selecionadas entre as 259 candidaturas que a 6.ª edição do Protecting recebeu. O Proteching é um programa de open innovation organizado pela Fidelidade, Luz Saúde e Fosun que visa fomentar a inovação ao facilitar o acesso a recursos para a evolução e concretização de ideias de negócio das startups.

As soluções inovadoras das empresas vão desde a criação de uma almofada que evita lesões para pessoas em cadeira de rodas, a um equipamento tecnológico que permite às mulheres fazerem autoexames aos seios, permitindo “ter um diagnóstico mais precoce de cancro da mama”.

As empresas que estarão no stand da Fidelidade na Websummit são as portuguesas Agit, Balvia, Binedge, eBreathie, Glooma, GripWise, Infinite Foundry, Musiquence Technologies e Sensomatt, a francesa i-Virtual, a canadiense Momentum Health, a espanhola Cober.io e as israelitas Selfit Medical e DeepKeep.

Miguel Abecasis, membro da Comissão Executiva da Fidelidade; Francisca Leite, Hospital da Luz Learning Health e Lingjiang Xu, Fosun Chief Representative in Portugal, abriram o evento Protechting Connect.

De acordo com Miguel Abecasis, membro da Comissão Executiva da Fidelidade, o Protechting enquadra-se no primeiro eixo da estratégia de inovação da seguradora ao trazer “inovação que se faz fora para dentro e colocando-a ao serviço do nosso negócio”. A estratégia da seguradora já está em curso com as startups de edições anteriores a trabalhar com o grupo “tanto no negócio core de seguros como nas adjacências beyond insurance”, afirma o dirigente.

O presidente da Fundação Fosun, Li Halfeng afirma que a Fonsun “continua a apoiar a integração de recursos de alta qualidade, tanto a nível nacional como internacional”. Além disso, indica que a empresa pretende ajudar as startups “a explorar o mercado chinês, a captar as tendências da nova era e a promover o desenvolvimento de alta qualidade da indústria”.

Francisca Leite do Hospital da Luz Learning Health reconhece que “a saúde é um sistema complexo, cada vez mais desafiado por novas e complexas doenças, com diagnósticos e tratamentos avançados” e por isso, afirma que a Luz Saúde aposta “numa abordagem colaborativa e em rede para a inovação, envolvendo parceiros em diferentes áreas”. Para a nova abordagem, Francisca Leite, acredita que “o Protechting é fundamental nesta transformação, pondo-nos em contacto com startups de excelência, que trazem soluções inovadoras, conduzindo-nos para um futuro em que a saúde responde eficazmente às necessidades das pessoas”.

A 6.ª edição do Protecting foi desenvolvido com o apoio da Fábrica de Startups, e em colaboração com os parceiros de Venture Capital, Shilling e Start Ventures.

O evento Protecting Connect serviu não só para apresentar as startups selecionadas, mas serviu, principalmente, como um espaço para networking entre investidores, startups e empresas.

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McKinsey revela tendências do setor segurador na Ásia

  • ECO Seguros
  • 12 Novembro 2023

A crescente classe média da região, os avanços tecnológicos e a evolução dos setores da saúde e das pensões são espaços onde as seguradoras podem relançar o seu crescimento, acredita a McKinsey.

A empresa de consultoria de gestão McKinsey & Company lançou o “Relatório de seguros global 2023: Navegando o mercado em evolução na Ásia”, que concluiu que a combinação entre inovação, melhorar a eficiências das principais operações das empresas e enfrentar os desafios iminentes é a chave para as empresas navegarem no mercado asiático.

O setor segurador está numa encruzilhada na Ásia. Por um lado, a indústria sente uma rentabilidade imprevisível (devido ao aumento de sinistros por catástrofes naturais e pelo surgimento de novos riscos, como o risco cibernético), uma fragmentação de mercado e uma desaceleração do crescimento. Por outro, assiste-se a uma intensificação na inovação, especialmente em resposta a riscos como as alterações climáticas e ameaças cibernéticas, escreve a empresa.

De acordo com a empresa de consultoria, os seguros de propriedades e acidentes na Ásia representam 20% da parcela global de prémios e a sua penetração (P&C) permanece estagnada entre 1 e 2% no continente. A consultora escreve que as seguradoras de P&C devem compreender e aproveitar as oportunidades e os riscos iminentes, assim como otimizar as principais operações para alcançar eficiência e rentabilidade.

A crescente classe média da região, os avanços tecnológicos e a evolução dos setores da saúde e das pensões são espaços que ainda não foram explorados pelas seguradoras e podem servir de catapulta para relançar o seu crescimento, acredita McKinsey.

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IL escolhe Cotrim Figueiredo como cabeça de lista às europeias

  • Lusa
  • 12 Novembro 2023

O ex-líder da IL João Cotrim Figueiredo foi escolhido como cabeça de lista do partido às eleições europeias do próximo ano.

O ex-líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, foi escolhido como cabeça de lista do partido às eleições europeias do próximo ano, adiantou à Lusa fonte partidária. A decisão foi tomada pelo Conselho Nacional da Iniciativa Liberal, que esteve reunido em Lisboa neste fim de semana.

Por outro lado, a Convenção Nacional não eletiva da IL que estava prevista para o início de dezembro foi adiada para que o partido esteja focado nas eleições legislativas antecipadas, para “retirar o PS da governação”, decidiu o Conselho Nacional liberal. “O Conselho Nacional da IL acabou corajosamente de tomar a decisão de adiar a sua VIII Convenção Nacional de 01, 02 e 03 de dezembro para data a agendar oportunamente”, anunciou aos jornalistas Pedro Ferreira, vice-presidente da mesa daquele órgão.

Na avaliação do dirigente liberal, “é preciso coragem na decisão política de pôr a IL focada no que é essencial, que é retirar o PS da governação” e “encontrar soluções novas, frescas, inovadoras”. Pedro Ferreira explicou que esta convenção, que tinha na agenda a alteração aos estatutos e o programa político, “seria muito para falar para dentro” e aquilo que é preciso “neste momento é falar para os portugueses”.

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🎥 Seis dicas para prolongar a vida do seu computador

  • ECO
  • 12 Novembro 2023

Limpe o portátil regularmente com um pano macio e seco e use uma lata de ar comprimido para eliminar a sujidade no teclado. Evite usar o computador em superfícies quentes como almofadas ou cobertores.

Os computadores portáteis estão sujeitos a desgaste e podem ter uma vida útil reduzida se não tiver alguns cuidados. Veja seis dicas que podem ajudar a prolongar a vida do seu computador.

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Ministério Público pede preventiva para Lacerda e Escária. E pagamento de caução para Salema e Rui Neves

Ministério Público já pediu as medidas de coação para os cinco arguidos detidos. Para Rui Oliveira Neves e Afonso Salema, o MP pediu o pagamento de caução para aguardarem julgamento em liberdade.

O Ministério Público já promoveu medidas de coação aos cinco detidos da ‘Operação influencer’ e pediu prisão preventiva para Lacerda Machado e Vítor Escária. Para Rui Neves e Afonso Salema, o Ministério Público pediu o pagamento de caução, 100 mil e 200 mil euros, respetivamente, sabe o ECO/Advocatus.

As alegações das defesas e do Ministério Público terminaram este domingo por volta das 13.30. Espera-se agora a decisão do juiz de instrução relativa à promoção do MP que serão conhecidas amanhã por volta das 15h, quando retomarem os trabalhos no Tribunal de Instrução Criminal. A informação foi confirmada por fonte do tribunal ao Observador, que avança que durante esta tarde, a defesa dos detidos ainda vai contestar as medidas promovidas pelo Ministério Público, em particular a prisão preventiva pedida para Diogo Lacerda Machado e Vitor Escária.

As defesas saíram do Campus de Justiça por volta das 13h15 numa pausa para almoço e espera-se que os trabalhos retomem por volta das 14h para que os advogados procedam à contestação, antes de o juiz Nuno Dias Costa elaborar o despacho com as medidas definitivas a aplicar a Afonso Salema, Rui Oliveira Neves, Vitor Escária, Diogo Lacerda Machado e Nuno Mascarenhas.

A operação de terça-feira do Ministério Público assentou em pelo menos 42 buscas e levou à detenção de cinco pessoas para interrogatório: o chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas, dois administradores da sociedade Start Campus, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o advogado Diogo Lacerda Machado, amigo de António Costa.

No total, há nove arguidos no processo, entre eles o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS João Tiago Silveira e a empresa Start Campus.

O primeiro-ministro demitiu-se, na terça-feira, depois de saber que o seu nome tinha sido citado por envolvidos na investigação do Ministério Público a negócios do lítio, hidrogénio e centro de dados de Sines, levando o Presidente da República a dissolver a Assembleia da República e convocar eleições legislativas para 10 de março.

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Presidente da AEP refere “desconforto” de investidores internacionais

Em entrevista ao Negócios e à Antena 1, antes da conferência do primeiro-ministro este sábado, Luís Miguel Riobeiro afirmou que "estas situações trazem sempre desconforto para os investidores".

O presidente do Conselho de Administração da AEP (Associação Empresarial de Portugal) lamenta a instabilidade que “a situação política atual está e vai provocar no país e considera que a solução encontrada não vai alterar o problema da incapacidade de execução do PRR”. Em entrevista à Antena1 e Jornal de Negócios, Luís Miguel Ribeiro fala de um país a parar ou a reduzir a sua atividade numa altura em que a economia precisa da injeção de recursos do Plano de Recuperação e Resiliência e do Portugal 2030. Considera que é melhor ter Orçamento do Estado do que não ter, mas mostra preocupação com o período de transição e espera que, de todo o processo, haja uma solução política que traga estabilidade ao país.

Segundo o presidente da AEP é a esta transição que o presidente da República tem de estar atento até porque os investidores internacionais podem sentir algum “desconforto” nesta relação dos investidores com os decisores políticos.

Em concreto relativamente ao PRR, Luís Miguel Ribeiro revela que feitas as contas ao dia de hoje os pagamentos estão a 1/3 do que deviam de estar. Ou seja, já deviam ter sido pagos 9 mil milhões e só foram efetuados pagamentos de 2,8 mil milhões.

O presidente da AEP lembra que esta crise política vem juntar-se a um cenário internacional muito adverso e que Portugal corre o risco de chegar ao final do ano em recessão técnica. Adianta que o impacto da quebra das exportações pode manter-se e levar a um crescimento negativo, com setores como o têxtil, o calçado e a cerâmica a terem dificuldade na renovação das encomendas. Segundo adiantou algumas empresas poderão mesmo ter de encerrar e há já empresas a preparar a atividade e a ponderar recorrer ao Lay off.

Luis Miguel Ribeiro, presidente da AEP, em entrevista ao ECO - 13SET22
Luis Miguel Ribeiro, presidente da AEP.Ricardo Castelo/ECO

Neste contexto, sugere cautela nos aumentos salariais porque à retração das exportações vai juntar-se um arrefecimento do consumo, um aumento dos custos e a falta de investimento numa situação de instabilidade política.

Relativamente à venda da Efacec, considera que no final pode não ter sido um bom negócio. Para este facto terá contribuído o tempo que todo o processo demorou e que, no seu entender, foi desnecessário e que, para além disso, levou a que o know How que se queria preservar fosse perdido.

Já em relação aos investimentos no hidrogénio em Sines, considera que naturalmente a situação de desconfiança traz “cenários de desconforto para os investidores e para aquilo que se esperava que fosse o impacto do investimento.

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IL diz que objetivo de PM foi “atirar para baixo do comboio” Lacerda e Escária

  • Lusa
  • 12 Novembro 2023

O líder da IL defendeu que o país não pode estar entregue a António Costa mais cinco meses, acusando-o de ter tentado “distrair as atenções”.

O líder da IL defende que o país não pode estar entregue a António Costa mais cinco meses, acusando o primeiro-ministro de ter tentado “distrair as atenções” e “atirar para baixo do comboio” Lacerda Machado e Vítor Escária.

Na intervenção de abertura do Conselho Nacional da IL que decorre em Lisboa, Rui Rocha dedicou boa parte da sua intervenção à atual crise política com duras críticas ao primeiro-ministro, António Costa, e à sua declaração ao país no sábado à noite.

O presidente liberal acusou António Costa de “usar a sua posição” de primeiro-ministro para fazer aquela declaração, o que demonstra que país não pode estar entregue “mais cinco meses” ao atual chefe do executivo.

Para Rui Rocha, “além de distrair atenções”, o primeiro-ministro tinha outros objetivos, entre os quais “atirar para baixo do comboio” Lacerda Machado e Vitor Escária, numa tentativa de se desligar destes dois atores desta investigação.

“Havia um primeiro objetivo do primeiro-ministro e não era falar de investimento estrangeiro. Era – desculpem-se a expressão mas eu não encontro outra que descreva melhor – atirar para baixo do comboio Lacerda Machado e Escária”, disse.

Na opinião do líder da IL, todos percebem que António Costa tinha que se demitir independentemente do parágrafo do comunicado do Ministério Público.

Segundo Rui Rocha, António Costa no sábado à noite “estava a falar para os investigadores, não era para os investidores”, naquilo que considerou ser um “ato gravíssimo de interferência da investigação que está em curso e um desrespeito pela separação de poderes”.

O primeiro-ministro afirmou no sábado à noite que o dinheiro encontrado em envelopes no escritório do seu ex-chefe de gabinete Vítor Escária lhe suscitou mágoa pela confiança traída, envergonhou-o e pediu desculpa aos portugueses.

Na mesma declaração, afirmou que um primeiro-ministro não tem amigos e frisou que o advogado Lacerda Machado nunca atuou com o seu mandato no projeto para a construção do Data Center de Sines.

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Quem é o juiz Nuno Dias Costa, que vai aplicar as medidas de coação aos arguidos da Operação Influencer?

O juiz de instrução foi quem emitiu o mandado de captura contra João Rendeiro e condenou o diretor de comunicação do FC Porto a uma pena de prisão suspensa. Está no Ticão desde setembro.

O juiz de instrução que interroga os cinco detidos na chamada ‘Operação Influencer’ chama-se Nuno Dias Costa. O magistrado deverá decidir quais as medidas de coação aplicadas a Diogo Lacerda de Machado, amigo de Costa, Vítor Escária, ex-chefe de gabinete de Costa, Nuno Mascarenhas, autarca de Sines, Afonso Salema e Rui de Oliveira Neves, administradores da Start Campus entre domingo e segunda-feira.

Este domingo – da parte da manhã – acabam as alegações do Ministério Público e das defesas. Espera-se que o magistrado decida nas próximas 24 horas que medidas a aplicar, depois da proposta do Ministério Público.

Mas quem é Nuno Dias Costa?

Tem boa fama no meio judicial, conhecido por competência técnica e largos anos de experiência de instrução. Começou a ser falado no caso Rendeiro, em 2021, quando assinou o primeiro mandado de detenção internacional do antigo banqueiro. No ano seguinte, condenava João Carreira, o estudante de 19 anos, acusado de planear um atentado numa faculdade de Lisboa, a dois anos e nove meses por posse de arma proibida, mas não viu indícios quanto ao crime de terrorismo. Em junho deste ano, o juiz condenava o diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, a uma pena de prisão suspensa de um ano e dez meses, no caso da divulgação de emails do Benfica. Alegou que o arguido “fez aquilo a que se chama a manipulação da informação”.

É filho de um histórico da Polícia Judiciária e ocupa o lugar de J3 no Tribunal Central de Instrução Criminal, onde foi este ano colocado, segundo a revista Visão que acrescenta que é descrito pelos seus pares como um “magistrado sereno, educado, mas com mão firme no momento da decisão”

Nuno Miguel Silva Dias da Costa estava, até ao passado mês de setembro, colocado no J 22 do Juízo Central Criminal de Lisboa, tendo concorrido ao Tribunal Central de Instrução Criminal.

Vitor Escária e Diogo Lacerda Machado

Além dos dois administradores da Start Campus – Afonso Salema e Rui de Oliveira Neves – que estão no centro das investigações, estão também detidos Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro exonerado, Diogo Lacerda Machado, advogado, consultor e amigo de António Costa e Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines.

Nuno Mascarenhas, foi primeiro a prestar declarações, na quinta-feira, seguindo-se Rui Oliveira Neves, Afonso Salema, Vítor Escária, e, por último, Diogo Lacerda Machado.

A operação de terça-feira do Ministério Público levou à detenção de cinco pessoas para interrogatório e a constituição de quatro arguidos, designadamente o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS, João Tiago Silveira, e a empresa Start Campus.

Na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do ‘data center’ de Sines podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

O primeiro-ministro, António Costa, que apresentou a demissão na terça-feira, é alvo de uma investigação autónoma do MP num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos negócios investigados.

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Ikea investiu 65 milhões de euros em Portugal e prevê investir mais 60 milhões

  • Lusa
  • 12 Novembro 2023

A Ikea investiu, em Portugal, no ano fiscal terminado em agosto de 2023, 65 milhões de euros, e planeia investir mais 60 milhões de euros, disse à Lusa o diretor geral para o retalho do grupo.

A Ikea investiu, em Portugal, no ano fiscal terminado em agosto de 2023, 65 milhões de euros, e planeia investir mais 60 milhões de euros, disse à Lusa o diretor geral para o retalho do grupo.

Em entrevista à Lusa, Tolga Öncü, Retail Operation Manager (diretor geral para o retalho) do Ingka Group, que detém a Ikea, disse que, no ano fiscal terminado em agosto, o investimento da Ikea em Portugal ascendeu a 65 milhões de euros, com cerca de 60 milhões de euros previstos para este ano, numa altura em que a empresa pretende avançar com a abertura de mais espaços de encomenda e recolha em Portugal.

Este ano foi “fantástico para a Ikea e para Portugal”, destacou, garantindo que a empresa tem um grande “enfoque no segmento da arrumação”.

“Em Portugal, a equipa conseguiu um crescimento de mais 11%, que é quase o dobro da média mundial”, referiu, indicando que “são várias as razões pelas quais Portugal se destaca”.

“Muitos dos melhores exemplos a nível mundial estão a ser desenvolvidos em Portugal e, depois, estamos a copiá-los para todo o mundo”, referiu.

Questionado sobre a evolução do mercado nacional desde a entrada do grupo em Portugal, Tolga Öncü salientou o aumento da quota de mercado do grupo, realçando ainda “que todo o setor de mobiliário doméstico se tornou maior” no mercado nacional.

“Se isso se deve apenas à Ikea, não saberia responder”, disse, acrescentando acreditar que a empresa “tem contribuído em grande medida para aumentar o interesse pelo mobiliário doméstico”.

Segundo o responsável, entre os planos para o mercado nacional conta-se a reestruturação do espaço da loja de Loures.

“Estamos a investir em automação para dar à loja a possibilidade de fazer o negócio de encomendas para todo o Portugal”, referiu, explicando que, atualmente, estão dependentes dos armazéns em Espanha.

“Em vez de construir um novo armazém em Portugal podemos utilizar uma das nossas grandes lojas e transformá-la”, indicou, salientando que este é um “dos projetos mais interessantes em Portugal” para o grupo.

A Ikea Portugal registou, no ano fiscal de 2023 (entre setembro de 2022 e agosto deste ano) vendas de 611 milhões de euros, um aumento de 10,8%, face ao ano anterior.

No mesmo período, o grupo Ingka, que detém a Ikea, a nível global, verificou um crescimento de 5,7% (total de 41,7 mil milhões de euros). Em Portugal, a Ikea conta com 2.800 colaboradores.

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Ministro do ambiente Duarte Cordeiro sobre Operação Influencer: “Não sou arguido”

O processo da Operação Influencer pode não ficar por aqui e mais arguidos podem ser constituídos nos próximos tempos, já que a investigação foi dividida em partes.

O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, esclareceu, em declarações ao Observador que não foi constituído arguido.“Não fui constituído arguido. E não tive qualquer indicação do Ministério Público nesse sentido”, diz o membro do Executivo, referenciado por várias vezes no despacho de indiciação do Ministério Público relativo à Operação Influencer.

Mas este processo pode ficar por aqui e mais arguidos podem ser constituídos nos próximos tempos, já que a investigação foi dividida em partes e, tal como o ECO já tinha avançado, as detenções e constituição de arguidos já feitas só estão relacionadas com o negócio da empresa Start Campus.

Existem três frentes sobre as quais incidem esta investigação: duas concessões de lítio – um das minas do Romano, em Montalegre, e outra da mina do Barroso, em Boticas; um projeto de hidrogénio em Sines, e o centro de dados da Start Campus, também em Sines. No despacho de indicação do DCIAP, que o ECO consultou, os factos que podem vir a ser crime reportam-se apenas à exploração do hidrogénio e da construção do data center da Start Campus.

Numa fase posterior, o Ministério Público (MP) vai investigar suspeitas relacionadas com a extração de lítio e do hidrogénio verde que envolvem o ex-ministro do Ambiente Matos Fernandes ou o atual ministro Duarte Cordeiro. Estes podem ser ainda constituídos arguidos, bem como outros governantes, ex-governantes, autarcas e empresários.

O Ministro do Ambiente, Matos Fernandes, em entrevista ao ECO - 19OUT21

Na terça-feira, foram conhecidas buscas à residência oficial do primeiro-ministro e diversas buscas e detenções de ex e atuais membros do Governo levadas a cabo pela PSP. Em causa estariam negócios relacionados com a área de energia. O dia acabou com o pedido de demissão do primeiro-ministro de António Costa.

Diogo Lacerda Machado foi detido, tal como o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, e ainda Nuno Mascarenhas, Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, numa investigação que visaria os casos dos negócios do lítio, do hidrogénio e do centro de dados em Sines, chamada de “Operação Influencer”. Nesse mesmo dia, foram ainda constituídos arguidos o ministro João Galamba e Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Em causa estariam alegadas “irregularidades” em investimentos em projetos de exploração do lítio, hidrogénio e da construção do data center, que podem ter superado os 1.000 milhões de euros.

A Start Campus, da qual fazem parte da administração dois dos visados e detidos no processo, tem sede em Sines e dedica-se a energias renováveis e à construção de ecossistemas verdes, tais como a exploração de hidrogénio. A empresa está a finalizar a construção do primeiro de nove edifícios alimentados a 100% por energias renováveis a instalar até 2028 em Sines. A Start Campus é controlada pelos fundos Davidson Kempner e Pioneer Point Partners, sendo Diogo Lacerda Machado consultor deste último.

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Lacerda chamou a atenção da troca de nomes. MP reconhece que trocou PM com ministro da Economia

Contactado pelo ECO/Advocatus, o gabinete da Procuradoria-Geral da República não reagiu. Lacerda Machado deu sinal ao Ministério Público que havia efetivamente esse lapso e o MP reconheceu.

O advogado de Diogo Lacerda Machado, Magalhães e Silva, confirmou que o Ministério Público reconheceu o lapso na transcrição de uma escuta ao seu cliente, onde é referido o ministro da Economia, António Costa Silva, mas transcrito apenas António Costa, o primeiro-ministro.

Contactado pelo ECO/Advocatus, o gabinete da Procuradoria-Geral da República não reagiu.

“Foi o dr. Lacerda Machado que deu sinal ao Ministério Público que havia efetivamente esse lapso e o Ministério Público reconheceu”, disse o advogado aos jornalistas à entrada para o tribunal, no Campus de Justiça, em Lisboa.

Em causa o facto do Ministério Público (MP) ter trocado o nome do primeiro-ministro, António Costa, com o ministro da economia, António Costa e Silva, numa escuta telefónica entre Lacerda Machado, consultor da Start Campus, e Afonso Salema, ex-CEO da mesma empresa, denunciando que o amigo do PM iria mover influência junto de “António Costa” (primeiro-ministro), quando na verdade Lacerda Machado referia-se a António Costa Silva, ministro da Economia, avança a CNN Portugal.

A escuta faz parte das várias inscritas no despacho de indiciação do Ministério Público em que Afonso Salema – que entretanto se demitiu do cargo de CEO da Start Campus – e Lacerda Machado, em que o primeiro pede ao segundo que fale com o Executivo para que seja suscitado junto da Comissão Europeia uma alteração em matéria de códigos de atividade económica para os data centers, de forma a beneficiar a Start Campus.

A omissão do último apelido de Costa Silva gerou a perceção de que Lacerda Machado disse ao telefone que iria interceder diretamente junto do seu amigo António Costa em prol dos interesses da Start Campus na construção do data center em Sines.

Durante os interrogatórios judiciais dos arguidos detidos, entre eles Lacerda Machado, que decorreu no sábado, o Ministério Público acabou por reconhecer que a referida escuta está mal transcrita no despacho.

Nessa escuta de 31 de agosto de 2021, Lacerda Machado disse: “Tá bem. Eu vou decifrar se é Economia ou Finanças. Se for Finanças em falo logo com o Medina (ministro) ou com o António Mendes, que é o secretário de Estado. Se for Economia, arranjo maneira depois de chegar ao próprio António Costa”.

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