Da demissão de Costa à dissolução do Parlamento, o filme da queda do Governo

  • ECO
  • 11 Novembro 2023

O filme dos principais factos que levaram à queda do Executivo de António Costa e à convocação de eleições legislativas.

O país foi surpreendido na manhã de terça-feira com uma investigação a membros do Governo e pessoas do círculo próximo do primeiro-ministro, que o levaria a apresentar a demissão. Abriu-se uma crise política que para o Presidente da República só pode ser sanada com a dissolução da Assembleia da República e novas eleições. Veja o filme com os principais factos dos últimos dias.

http://videos.sapo.pt/zfACp0nGcuhDQ6eAiRBi

 

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Terminou interrogatório de Afonso Salema, alegações no domingo

O interrogatório ao administrador da sociedade Start Campus Afonso Salema, detido no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio, terminou. Seguem-se as de Vítor Escária.

O interrogatório ao administrador da sociedade Start Campus Afonso Salema, detido no âmbito da investigação aos negócios do lítio e hidrogénio, terminou este sábado e o advogado espera apresentar as alegações no domingo de manhã. O arguido Vítor Escária, ex-Chefe de gabinete de Costa, será ouvido pelo juiz de instrução ainda este sábado. O juiz de instrução planeia terminar os interrogatórios judiciais ainda este sábado e guardar domingo apenas para as alegações do Ministério Público e das defesas. Segunda-feira deverão ser conhecidas as medidas de coação.

À saída das instalações do Campus de Justiça, em Lisboa, depois da conclusão do interrogatório a Afonso Salema, um dos cinco detidos no âmbito daquela investigação do Ministério Público, o advogado Pedro Duro disse aos jornalistas contar apresentar as alegações no domingo, às 11:00.

“As medidas de coação serão quando o juiz tiver condições, se eu tive uns dias duros, o juiz teve uns dias muito duros, porque esteve a ouvir toda a gente, portanto ele terá obviamente de digerir isto tudo. Se consegue fazer domingo, ou segunda, não sei”, afirmou Pedro Duro.

Pedro Duro, advogado

Segundo informação avançada pelo advogado, na sexta-feira, Afonso Salema renunciou às funções na Start Campus, após ser sujeito a interrogatório judicial.

À saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, o advogado de Afonso Salema justificou a renúncia com “a proteção do nome bom nome da empresa, na proteção dos trabalhadores e do projeto”.

Pedro Duro afirmou também que, independentemente de Afonso Salema ficar ou não em prisão preventiva, “há um conjunto de consequências até reputacionais que é preciso acautelar para assegurar o futuro da empresa e daqueles que nela trabalham”.

Além dos dois administradores da Start Campus, que está no centro das investigações, estão também detidos Vítor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro exonerado, Diogo Lacerda Machado, advogado, consultor e amigo de António Costa e Nuno Mascarenhas, presidente da Câmara de Sines.

Nuno Mascarenhas, foi primeiro a prestar declarações, na quinta-feira, seguindo-se Rui Oliveira Neves, Afonso Salema, Vítor Escária, e, por último, Diogo Lacerda Machado.

A operação de terça-feira do Ministério Público levou à detenção de cinco pessoas para interrogatório e a constituição de quatro arguidos, designadamente o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS, João Tiago Silveira, e a empresa Start Campus.

Na investigação aos negócios do lítio, hidrogénio verde e do ‘data center’ de Sines podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

O primeiro-ministro, António Costa, que apresentou a demissão na terça-feira, é alvo de uma investigação autónoma do MP num inquérito instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos nos negócios investigados.

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António Costa fala hoje ao país às 20.00

O ainda Primeiro-ministro fala hoje ao país, dias depois da sua demissão e de Marcelo Rebelo de Sousa ter dissolvido o Parlamento. António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público.

O ainda Primeiro-ministro fala hoje ao país, dias depois da sua demissão e de Marcelo Rebelo de Sousa ter dissolvido o Parlamento.

Segundo o que apurou o Observador, a declaração vai servir para dar explicações sobre a política de investimentos associada ao processo judicial em investigação.

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

O Ministério Público (MP) considera que houve intervenção do primeiro-ministro na aprovação de um diploma favorável aos interesses da empresa Start Campus, responsável pelo centro de dados, de acordo com a indiciação, que contém várias outras referências a António Costa.

No dia da demissão, Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável”.

De acordo com o MP, no processo dos negócios do lítio, hidrogénio verde e do centro de dados em Sines podem estar em causa os crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de titular de cargo político e tráfico de influência.

A operação de terça-feira do Ministério Público – no âmbito do processo “Operação Influencer”- levou à detenção de cinco pessoas para interrogatório e a constituição de quatro arguidos, designadamente o ministro das Infraestruturas, João Galamba, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, o advogado e antigo porta-voz do PS, João Tiago Silveira, e a empresa Start Campus.

Depois desta demissão e do Conselho de Estado se ter reunido na quinta-feira. Marcelo Rebelo de Sousa dissolveu o Parlamento e convocou eleições antecipadas para 10 de março. Costa será exonerado em dezembro e fica em funções até tomada de posse do próximo Governo. Para dia 15 de janeiro está marcada a dissolução do Parlamento.

 

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PM espanhol envia abraço a António Costa e manifesta apoio ao PS

  • Lusa
  • 11 Novembro 2023

O líder do Governo e do partido socialista de Espanha (PSOE), Pedro Sánchez, enviou hoje um abraço ao homólogo português, António Costa, que disse ser "um grande socialista", e manifestou apoio ao PS.

O líder do Governo e do partido socialista de Espanha (PSOE), Pedro Sánchez, enviou um abraço ao homólogo português, António Costa, que disse ser “um grande socialista”, e manifestou apoio ao PS nas eleições de março em Portugal.

“Permitam-me que nas minhas primeiras palavras nesta intervenção envie um abraço em nome da família socialista europeia a um grande socialista, a um grande companheiro, António Costa”, disse Pedro Sánchez ao plenário do congresso do Partido Socialista Europeu (PSE), que decorre em Málaga, Espanha.

Sánchez acrescentou que “os companheiros socialistas portugueses sabem que podem contar com o PSOE e com todos os socialistas europeus para ganhar as próximas eleições em Portugal em 10 de março”.

Na sexta-feira, na abertura do congresso de Málaga, o presidente do Partido Socialista Europeu referiu-se também à demissão de António Costa e aos “acontecimentos ainda em desenvolvimento em Portugal”, a investigação judicial que envolve membros do Governo.

Pedro SanchezLusa

“Temos de esperar e conhecer a história toda. Mas deixem-me dizer que a nossa família política está sempre do lado do Estado de Direito e sempre contra a corrupção. Estamos por isso chocados e tristes com estas notícias”, afirmou Stefan Löfven, antes de acrescentar que é preciso também “respeitar a presunção de inocência”.

“E deixem-me aproveitar esta oportunidade para agradecer a António Costa pelo trabalho e pelas conquistas incríveis como primeiro-ministro. Quero elogiar a sua liderança e a coragem em demitir-se para preservar a dignidade do cargo, mesmo sem ter sido acusado”, acrescentou Stefan Löfven, num momento que a assembleia aplaudiu.

Também hoje o congresso aplaudiu Sánchez quando referiu o nome de António Costa e manifestou apoio ao Partido Socialista (PS).

Portugal vai ter eleições legislativas antecipadas em 10 de março de 2024, marcadas pelo Presidente da República, na sequência da demissão do primeiro-ministro, na terça-feira.

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público (MP) no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e um centro de dados em Sines terem invocado o nome do primeiro-ministro como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

No dia da demissão, Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável”.

O Partido Socialista europeu está reunido em Málaga, com o socialista espanhol Pedro Sánchez como anfitrião.

Stefan Löfven considerou na sexta-feira que um dos momentos mais importantes para os socialistas europeus dos últimos meses ocorreu precisamente em Espanha, com o resultado das eleições de 23 de julho e “a prova” de que é possível derrotar o populismo e os partidos reacionários.

O PSOE, o segundo mais votado nas eleições, fechou na sexta-feira os últimos acordos com uma ‘geringonça’ parlamentar que integra oito partidos e que deverá reconduzir Pedro Sánchez como primeiro-ministro na próxima semana.

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Bastonária aproveita crise polítca e pede veto dos estatutos a Marcelo

Fernanda de Almeida Pinheiro aproveita o contexto de crise política para voltar a pedir a Marcelo que vete a Lei dos Atos Próprios e as alterações aos estatutos dos advogados.

A bastonária da Ordem dos Advogados, Fernanda de Almeida Pinheiro, voltou a pedir o veto a Marcelo Rebelo de Sousa o veto da Lei das Associações Públicas Profissionais (LAPP), aproveitando o contexto de crise política que atravessamos.

“A Ordem dos Advogados tem acompanhado com atenção a evolução da situação política nacional e não pode deixar de extrair consequências da mesma”, diz a líder dos cerca de 35 mil advogados, em comunicado.

“Como sempre expusemos, as alterações ao Estatuto da Ordem dos Advogados e à Lei dos Actos Próprios dos Advogados e Solicitadores foram levadas a cabo pelo Governo de modo apressado, precipitado, pouco transparente e sem a reflexão necessária que a importância e sensibilidade das matérias exigiam, colocando em perigo o Estado de Direito democrático e os direitos, liberdades e garantias dos/as cidadãos/ãs”. acrescenta o mesmo comunicado.

Colocando em causa a legitimidade deste Governo, à conta da mais recente dissolução da Assembleia da República a Ordem dos Advogados pede assim que o veto “daqueles diplomas (solução que sempre defendemos) torna-se, agora, por força destas circunstâncias, ainda mais premente e imperioso, como forma de defesa daqueles direitos”.

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Comissão de ética do Banco de Portugal reúne para avaliar conduta de Centeno

Comissão presidida por Rui Vilar vai avaliar conduta do governador e eventual conflito de interesse depois de Centeno ter sido proposto por António Costa para lhe suceder como primeiro-ministro.

A comissão de ética do Banco de Portugal deverá reunir já na próxima segunda-feira para avaliar a conduta do governador Mário Centeno, depois de ter sido proposto pelo ainda primeiro-ministro junto do Presidente da República para liderar o Governo socialista, de acordo com as informações recolhidas pelo ECO.

A comissão de ética do supervisor bancário é liderada por Rui Vilar, e, oficialmente, não foi possível obter uma resposta às perguntas do ECO sobre o eventual conflito de interesses ou incompatibilidades neste caso. Mas outra fonte garantiu que esta comissão já está a recolher informação pública para avaliação do caso e a reunião foi agendada de propósito para o início da semana com o objetivo de avaliar a condição de Centeno depois de ser público e oficial que o ainda primeiro-ministro indicou o nome do governador para a liderança do governo socialista. O ECO também contactou o Banco de Portugal sobre esta reunião e aguarda uma resposta.

Mário Centeno foi o nome sugerido por António Costa para lhe suceder num governo que manteria o apoio parlamentar do PS, uma cenário alternativo evitaria à marcação de eleições antecipadas. O jornal Público noticiou esta sexta-feira que a proposta do nome de Mário Centeno recolheu a validação do próprio Presidente da República, mas o facto é que Marcelo Rebelo de Sousa, optou por outra solução e agendou novas legislativas para o início de março.

Questionado pelo ECO, o Banco Central Europeu (BCE), cujo conselho de governadores inclui Mário Centeno, escusou-se a comentar o caso, mas chamou a atenção para o “código de conduta que os membros do conselho de governadores do BCE têm de seguir”. O que diz o código? “Espera-se que atuem de forma honesta, independente, imparcial, com discrição e sem levar em conta o interesse próprio”.

Comissão de ética liderada por Rui Vilar

No Banco de Portugal, cabe à comissão de ética avaliar e emitir parecer sobre “a conformidade de determinada conduta dos membros do Conselho de Administração com o previsto no código de conduta que lhes é aplicável”. Este órgão reúne uma vez por trimestre e “extraordinariamente sempre que for convocada por iniciativa de qualquer dos seus membros ou a solicitação do conselho de administração ou do conselho de auditoria”.

A comissão de ética é composta por um presidente (Rui Vilar, antigo chairman da Caixa Geral de Depósitos) e por dois vogais, que são “nomeados pelo conselho de administração, por proposta do governador e do presidente do conselho de auditoria, de entre pessoas sem vínculo contratual ao Banco de Portugal e com reconhecido mérito e independência”.

Esta sexta-feira, o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) defendeu que Mário Centeno é “sério e competente” e não viu problemas de incompatibilidades ou de conflito de interesses na proposição do seu nome para primeiro-ministro. Paulo Macedo considerou que tentar afastar o governador por causa deste episódio “não ajudaria à estabilidade” que o país precisa neste momento.

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Confiança dos agentes económicos será “seriamente afetada”, diz bastonário dos Economistas

  • Lusa
  • 11 Novembro 2023

O bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça, alertou que a atual crise política irá ter um grande impacto na confiança dos agentes económicos.

O bastonário da Ordem dos Economistas, António Mendonça, alertou este sábado que a atual crise política irá ter um grande impacto na confiança dos agentes económicos e poderá ter consequências dramáticas sobre a imagem externa do país.

Em declarações à Lusa, António Mendonça considera que as consequências da atual crise política “não poderão deixar de ser enormes e a todo os níveis”.

“Como costumamos dizer em economia, as externalidades negativas são enormes e terão efeitos diretos, indiretos e outros”, disse.

O bastonário dos economistas considera que as consequências económicas do atual contexto serão “importantes, particularmente num contexto de desaceleração económica e de ameaça de recessão, tal como sinalizam os últimos dados conhecidos”.

A confiança dos agentes económicos “será seriamente afetada com consequências sobre as decisões de investir ou de gastar. A tendência para procrastinar decisões que tem caracterizado o país nos últimos anos ou mesmo décadas, encontrará um novo pretexto para continuar”, refere.

Para António Mendonça, “o curto prazo continuará a ser o horizonte de referência e os resultados eleitorais poderão contribuir ainda mais para a afirmação desta cultura, com a abertura de um período – que poderá ser longo – de instabilidade política, de fragmentação e de sucessão de ciclos curtos de governação, uma situação para a qual o próprio Presidente da República já havia alertado, na sua intervenção no recente Congresso da Ordem dos Economistas”.

O bastonário adverte ainda que “as consequências sobre a imagem externa do país poderão ser dramáticas”, quer “no plano das instituições europeias e da credibilidade com que encaram as relações com Portugal”, quer no “plano da confiança dos investidores estrangeiros que terão tendência a rever ou a adiar as suas decisões”.

“Nestas situações é fundamental haver responsabilidade por parte de todos os agentes, políticos e económicos, em particular, e, sobretudo, bom senso”, defende.

António Mendonça considera que “o modo como a crise política se desencadeou é de uma gravidade extrema” e que é “absolutamente essencial que a justiça atue, com isenção, rapidez e eficácia” e “que todos os factos e as respetivas responsabilidades sejam apurados, com objetividade e em toda a sua extensão e profundidade”.

Para o economista “é importante que se comece a pensar em termos de limitação dos danos”, desde logo, “no plano político, com a possibilidade real de alteração radical do quadro político do país, seja a nível de governo, seja a nível das relações de força entre os partidos, seja dentro de cada partido, com particular relevância, como é óbvio, para o partido da maioria parlamentar”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou na quinta-feira que vai dissolver a Assembleia da República e convocar eleições antecipadas para 10 de março de 2024.

Contudo, irá adiar a publicação do decreto de dissolução, permitindo a votação final global do Orçamento do Estado para 2024 (OE2024), marcada para 29 de novembro, que tem aprovação garantida devido à maioria absoluta do PS.

epa10756241 Portuguese President Marcelo Rebelo de Sousa (R) and Portuguese Prime Minister Antonio Costa (L) attend the Gulbenkian Prize for Humanity awards ceremony in Lisbon, Portugal, 19 July 2023. EPA/TIAGO PETINGAEPA/TIAGO PETINGA

O primeiro-ministro, António Costa, pediu na terça-feira a demissão ao Presidente da República.

António Costa é alvo de uma investigação do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, após suspeitos num processo relacionado com negócios sobre o lítio, o hidrogénio verde e o ‘data center’ de Sines terem invocado o seu nome como tendo intervindo para desbloquear procedimentos.

No dia da demissão, António Costa recusou a prática “de qualquer ato ilícito ou censurável” e manifestou total disponibilidade para colaborar com a justiça.

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Principais bancos já renegociaram mais de 100 mil créditos à habitação

  • Lusa
  • 11 Novembro 2023

Os cinco principais bancos já renegociaram mais de 100 mil créditos à habitação devido à dificuldade das famílias em pagarem as prestações mensais.

Os cinco principais bancos já renegociaram mais de 100 mil créditos à habitação devido à dificuldade das famílias em pagarem as prestações mensais.

A Caixa Geral de Depósitos, o último dos grandes bancos a apresentar contas, disse que reestruturou mais de 40 mil créditos até outubro.

Quanto a outros bancos, que já tinham apresentado os resultados, o Santander Totta renegociou mais de 36 mil créditos à habitação desde o início do ano até setembro. Já o Novo Banco fez 17.700 renegociações e o BCP fez mais de 16.000 renegociações.

O BPI não divulgou o total de renegociações, referindo apenas que os créditos renegociados até setembro têm o valor total de 950 milhões de euros. Apenas ao abrigo do decreto-lei do Governo (80-A/2022) foram renegociados créditos no valor de 414 milhões de euros, abrangendo 3.400 clientes, disse.

Milhares de renegociações de empréstimos são feitas ao abrigo de legislação do Governo, mas a maioria é por acordo comercial entre cliente e banco (renegociação comercial).

As renegociações de crédito podem ser feitas de várias formas, por baixa do ‘spread’ (margem de lucro comercial do banco), aumento do prazo de pagamento do crédito ou um período de carência no pagamento de capital (por exemplo, durante um ano o cliente só paga juros, o que baixa a prestação mensal mas capitalizando de futuro o valor em falta).

A subida das taxas de juro tem criado problemas a muitas famílias que pagam crédito à habitação, uma vez que têm efeito nos contratos a taxa variável com subida significativa das prestações mensais.

Para mitigar o impacto imediato, os bancos têm renegociado créditos e o Governo tem tomado medidas, caso da bonificação de créditos à habitação de famílias em dificuldades (tendo em conta algumas condições).

No dia 2 entrou ainda em vigor o mecanismo pelo qual os clientes podem pedir ao banco para, durante dois anos, pagarem uma prestação mensal fixa e por um valor inferior ao atual.

A CGD disse que tem recebido, em média, cerca de 50 pedidos por dia para fixar a prestação de crédito à habitação.

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Maiores bancos já lucram 3,3 mil milhões em 2023 e apagam perdas do setor na última década

Bancos perderam mais de 13 mil milhões entre 2011 e 2017. Mas bom desempenho de 2023 vai permitir ao setor deixar para trás a trágica década de 2010, marcada pelas falências e resgates à banca.

Os cinco maiores bancos portugueses registaram lucros de quase 3,3 mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma subida de 75% em comparação com o mesmo período de 2022, de acordo com as contas do ECO.

Este resultado permite anular as avultadas perdas que o setor registou na trágica década de 2010, marcada pelo resgate financeiro a Portugal e pelos problemas da banca, que culminou na falência do BES (2014) e do Banif (2015) e na intervenção do Estado noutras instituições, como o BCP e o BPI (com os chamados Cocos) e a Caixa Geral de Depósitos (com a recapitalização de 2016).

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Entre 2011 e 2017, o período mais problemático para a banca nacional, o setor acumulou prejuízos de 13,1 mil milhões de euros, de acordo com os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal.

O ano de 2018 marcou o virar de página nos resultados, pese embora as avultadas perdas do Novobanco (por conta da limpeza do fardo do BES) continuassem a condicionar o desempenho do setor.

Os lucros aceleraram nos últimos três anos com o fim da reestruturação do Novobanco e, principalmente, com a subida das taxas de juro do Banco Central Europeu (BCE) para controlar a escalada da inflação.

Entre 2018 e 2022, o setor acumulou lucros de 8,6 mil milhões de euros. A que se juntam agora os lucros de 3,3 mil milhões dos cinco maiores bancos até setembro.

BCP e Novobanco ainda no vermelho

O breakeven do setor não significa que todos os bancos estão na mesma posição. Que diga o Novobanco, cujas perdas desde a sua criação em agosto de 2014 atingem os 6,97 mil milhões – parte das quais foram compensadas com as sucessivas injeções do Fundo de Resolução.

Também o BCP apresenta contas no vermelho desde 2010: -781,5 milhões de euros. O período mais grave para o banco situou-se entre 2011 e 2014. Para a instituição liderada por Miguel Maya, 2023 é o ano da “normalização”.

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Quanto à Caixa, o resultado deste ano “apaga” os prejuízos da última década. Entre 2011 e 2016 o banco público teve prejuízos de 3,9 mil milhões de euros, devido às perdas registadas com empréstimos problemáticos – perdas que foram alvo de uma auditoria e uma comissão parlamentar de inquérito.

Entretanto, desde 2017, o banco do Estado vem somando lucros de 4,2 mil milhões (do quais mil milhões só este ano), tendo já devolvido uma boa parte da ajuda que recebeu dos contribuintes (através dos dividendos) e a totalidade dos 1.000 milhões da parte privada da recapitalização.

Os dois bancos “espanhóis” Santander e BPI escapam um pouco a esta narrativa. O primeiro registou sempre lucros e acumula um resultado de 4,7 mil milhões desde 2010. O segundo teve dois anos de prejuízos (2011 e 2014), mas foram facilmente absorvidos em face dos resultados estáveis que o banco do CaixaBank tem obtido: 2,6 mil milhões é o resultado acumulado pelo banco de João Pedro Oliveira e Costa desde 2010.

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Morais Leitão cria comissão interna para averiguar conduta dos dois sócios com “a máxima urgência”

O escritório está a fazer já uma averiguação interna "rigorosa" relativamente aos factos constantes na indiciação do Ministério Público, pedida também por João Tiago Silveira.

A Morais Leitão acaba de suspender os sócios da Morais Leitão, com efeitos imediatos, Rui de Oliveira Neves e João Tiago Silveira, a pedido destes. A informação foi avançada ao ECO/Advocatus por fonte oficial do escritório.

Os advogados são arguidos no processo chamado de “Operação Influencer”, que levou à demissão do primeiro-ministro António Costa, na terça-feira. Silveira é apenas arguido e Rui de Oliveira Neves é arguido e está detido, tendo sido ouvido esta sexta-feira pelo juiz de instrução criminal.

O ECO/Advocatus sabe que João Tiago Silveira pediu essa suspensão para se dedicar inteiramente ao processo e à sua defesa. E Rui de Oliveira Neves terá enviado uma carta para o escritório liderado por Nuno Galvão Teles, a pedir a sua suspensão de funções no escritório.

Mais: o escritório está a fazer já uma averiguação interna “rigorosa” relativamente aos factos constantes na indiciação do Ministério Público. Também pedida por João Tiago Silveira.

A comissão independente irá fazer uma “averiguação rigorosa dos factos”, será composta por três sócios e vai “levantar toda a informação para esclarecimento dos factos” e foi constituída de forma imediata após as buscas ao escritório.

Caso a comissão apure na sua investigação interna alguma falha profissional dos dois advogados, a Morais Leitão promete “agir em conformidade”, adiantou a mesma fonte, acrescentando que os resultados da averiguação serão apresentados ao conselho de administração e à mesa da assembleia geral da sociedade.

Por agora, não foi definido um prazo para a conclusão da averiguação, mas os procedimentos internos sobre este caso estão a ser encarados com “a máxima urgência”.

Silveira, que também foi ex-secretário de Estado e porta-voz do PS no tempo de José Sócrates, estaria a preparar um decreto-lei para simplificar o licenciamento no âmbito do urbanismo, ordenamento do território e indústria, para o próprio Governo, de acordo com os interesses da empresa Start Campus. Esse diploma acabaria por ser aprovado em Conselho de Ministros do dia 19 de outubro.

João Tiago Silveira é sócio da Morais Leitão desde 2017, para onde regressou em 2011. Coordena o departamento de direito público, urbanismo e ambiente. Foi nomeado porta-voz do PS por José Sócrates, em 2009, e trazido por Sérgio Sousa Pinto para o PS em 1994. Foi adjunto de António Vitorino e António Costa nos governos de Guterres e secretário de Estado de Alberto Costa, ministro da Justiça de Costa.

Diz o Ministério Público, no despacho de indiciação que o ECO consultou no capítulo “Simplex” industrial”, que “antes de ser submetido a Conselho de Ministros, tal diploma foi preparado, do ponto de vista jurídico, pelo arguido João Tiago Silveira”.

Mas os procuradores do DCIAP acreditam que a iniciativa nasceu da cabeça de João Galamba – arguido no processo e atual ministro das Infraestruturas –, que terá “tomado conhecimento do regime legal que estava em vias de ser aprovado e com o propósito de beneficiar indevidamente os interesses da Start Campus”.

Alegadamente, os suspeitos Afonso Salema, Rui Oliveira Neves e Diogo Lacerda de Machado “mantiveram contactos com grande frequência” com João Galamba, secretário de Estado da Energia até janeiro de 2022 e atual ministro das Infraestruturas, com Nuno Lacasta, presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, e ainda Duarte Cordeiro, atual ministro do Ambiente, “tendo logrado obter o favor destes em matérias relacionadas com a Start Campus, das quais se destaca a dispensa de aprovação da APA, quanto à primeira fase do projeto (NEST) e a emissão da declaração de Impacte Ambiental favorável com condições na segunda fase do projeto (REST)”.

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) denuncia ainda encontros marcados no escritório da Start Campus, em Lisboa, ou ainda almoços e jantares privados com um valor elevado. Ou com um “valor não despiciendo”, como refere o MP no mandado. Refeições essas pagas pelos gestores da Start Campus – Afonso Salema e Rui Oliveira Neves – ao ministro das Infraestruturas, João Galamba, e ao presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta.

Rui de Oliveira Neves regressou à Morais Leitão como sócio em 2021, com “responsabilidade pela transformação do negócio para disponibilizar, de forma transversal, uma oferta renovada de serviços jurídicos com uma abordagem estratégica e de gestão de risco focada na assessoria de transações, projetos e matérias regulatórias”, segundo o site do escritório.

Entre 2013 e 2021, foi diretor de assuntos jurídicos e governance, secretário-geral e desempenhou funções de gestão na Galp. Anteriormente, tinha desenvolvido a sua carreira na Morais Leitão durante 14 anos.

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Águas de Coimbra propõe aumento de tarifário de 5,36% para 2024

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

Segundo o município, este aumento, num consumo mensal de referência de dez metros cúbicos de água leva a um incremento de 1,64 euros no valor final da fatura.

A empresa municipal Águas de Coimbra (AC) propõe um aumento do tarifário de 5,36% para 2024, em linha com a evolução dos preços em alta, afirmou o município, que analisa e vota a proposta na reunião de segunda-feira.

“Atendendo à recomendação da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) para que as tarifas praticadas pela AC acompanhem a evolução dos preços estabelecidos em alta, a proposta de atualização do tarifário para 2024 é de um aumento de 5,36%”, afirmou esta sexta-feira a Câmara de Coimbra, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.

Segundo o município, este aumento, num consumo mensal de referência de dez metros cúbicos de água leva a um incremento de 1,64 euros no valor final da fatura. De acordo com a Câmara de Coimbra, a tarifa social “não irá sofrer qualquer alteração”. O aumento proposto pela AC é exatamente o mesmo verificado no preço da água e do serviço de tratamento de efluentes, “já anunciado pela Águas do Centro Litoral, empresa fornecedora da Águas de Coimbra”.

Esse aumento em alta “é um fator determinante nesta proposta de atualização do tarifário”, salienta a autarquia. “Esta proposta reflete uma estratégia tarifária que equilibra a sustentabilidade financeira com a qualidade e a acessibilidade dos serviços prestados aos clientes, num ano que sabemos ser de inflação generalizada e de dificuldades económicas para as famílias”, vincou a Câmara de Coimbra.

Face ao contexto socioeconómico adverso, a empresa municipal optou por não ir “além do aumento que lhe foi aplicado pela entidade fornecedora, não obstante vir a enfrentar, em 2024, um acréscimo significativo dos encargos com pessoal, pelo aumento previsional do salário mínimo nacional e do subsídio de refeição, assim como o aumento generalizado dos preços dos bens e serviços que a AC tem que adquirir”.

Também na próxima reunião do executivo, será votada uma proposta de aumento de 6,43% no preço do bilhete ocasional praticado pelos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC). A Câmara de Coimbra salienta que esta proposta segue a recomendação da Autoridade da Mobilidade e dos Transportes.

O aumento não se aplica aos passes mensais, aos títulos sociais 3.ª Idade, Sénior+, Apoio Social+ e Consigo+. “Com esta atualização, os SMTUC pretendem fidelizar os seus utilizadores e aumentar o potencial da procura do transporte coletivos”, realçou o município, considerando que o aumento “não deixa de ser um estímulo à compra dos passes em detrimento dos títulos individuais”.

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Reditus volta a adiar publicação de resultados do primeiro semestre de 2023

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

Em outubro, a Reditus estimava publicar as contas do primeiro semestre do ano passado até esta sexta-feira, 10 de novembro. Agora a empresa aponta para 11 de dezembro.

A Reditus voltou a atrasar o seu calendário de publicação de resultados, prevendo agora divulgar as contas do primeiro semestre de 2022 em 11 de dezembro deste ano, indicou, em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Assim, a empresa adiantou que “tendo em consideração as ações desenvolvidas e o progresso dos trabalhos, estima que a publicação dos resultados do primeiro semestre de 2022 seja concretizada até ao dia 11 de dezembro de 2023”.

Além disso, segundo a Reditus, os resultados do ano de 2022 deverão ser publicados “no prazo de até 30 dias após a divulgação dos resultados relativos ao primeiro semestre”.

Já no que diz respeito aos resultados do primeiro semestre deste ano, a empresa “prevê proceder à publicação” dentro “dos 60 dias subsequentes à aprovação dos relatórios e contas, individuais e consolidadas, do exercício de 2022”. Em outubro, a Reditus estimava publicar as contas do primeiro semestre do ano passado até esta sexta-feira, 10 de novembro.

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