PCP foi informado da compra de ações dos CTT pela Parpública, mas não considerou “relevante”

A líder parlamentar do PCP afirmou no Parlamento que o partido foi informado em 2021 da compra de ações dos CTT. Operação foi considerada irrelevante por não visar controlo público.

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, afirmou esta quarta-feira no Parlamento que o partido foi informado pelo Governo da compra de ações dos CTT pela Parpública, em 2021.

“Foi-nos dada essa informação, mas nunca considerámos relevante. Aquilo porque o PCP sempre lutou é o controlo público dos CTT”, disse Paula Santos em declarações transmitidas pela CNN Portugal.

A deputada comunista sublinhou que o PCP “apresentou uma proposta de reversão da privatização e do controlo público dos CTT”, que “foi rejeitada com os votos contra do PS, PSD, Iniciativa Liberal e Chega”.

“O controlo público da empresa nunca esteve verdadeiramente na intenção do PS”, acusou Paula Santos, reiterando que “a aquisição das ações não é o que corresponde à necessidade e àquilo que o PCP sempre defendeu”.

A Parpública adquiriu 0,24% do capital dos CTT em 2021, embora a intenção do Governo fosse chegar aos 13%, conforme consta do parecer da Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial (UTAM), divulgado esta quarta-feira pela Parpública.

A instrução para a compra das ações foi dada pelo então ministro das Finanças, João Leão, através de um despacho datado de julho de 2021. O pedido de parecer à UTAM foi feito em fevereiro.

Em novembro de 2020, o líder parlamentar do PS, João Paulo Correia, afirmou ao ECO que o PS estava a negociar com o PCP o controlo público dos Correios. Acrescentava, porém, que “o controlo público dos CTT não significa nacionalizar 100% do capital”, mas sim “adquirir ações” para ser o maior acionista.

(notícia atualizada Às 20h52)

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