Conselho consultivo do Banco de Fomento vai ajudar a definir estratégia

A estreia das 15 personalidades independentes foi esta quarta-feira. Celeste Hagatong e Ana Carvalho explicaram os constrangimentos passados do BPF e os planos para o futuro.

O recém-criado conselho consultivo do Banco Português de Fomento teve a sua primeira reunião esta quarta-feira na qual foi feito um balanço da atividade da instituição e apresentadas as orientações estratégicas para o próximo triénio.

“O encontro também serviu para estabelecer as datas das próximas reuniões que serão cruciais para a análise e emissão de pareceres sobre o Plano de Atividades e Orçamento para 2024 a 2026 e as contas consolidadas do Grupo Banco Português de Fomento referentes a 2023”, avança o Banco de Fomento em comunicado. Mas também para apresentar as próximas prioridades como a consolidação das garantias mútuas, a integração da Sofid, qual a estratégia a seguir em termos de seguros de crédito à exportação, que estavam anteriormente na Cosec, apurou o ECO.

O conselho consultivo, nomeado por despacho conjunto dos ministros da Finanças e da Economia na terça-feira, é composto por “15 personalidades independentes com reconhecido mérito profissional e científico” de várias áreas de especialidade como banca, economia, ambiente, transportes, energia, etc. “Áreas especializadas de grande importância para o desenvolvimento do BPF, tais como a economia do mar, as alterações climáticas, a energia, as políticas públicas, a internacionalização, a logística, entre outros”, frisa o comunicado.

A reunião, que decorreu no Ministério da Economia, teve diversos momentos. Desde logo uma espécie de resenha histórica do banco, os constrangimentos sofridos desde a sua criação, e a refundação que a nova equipa liderada por Celeste Hagatong e Ana Carvalho estão a tentar implementar. É à luz deste contexto que as várias personalidades deverão apreciar o plano de atividades que lhes será apresentado ainda este trimestre, ao que apurou o ECO.

A “frontalidade” com que a situação foi apresentada, permitiu intuir, a quem ouviu, que a instituição vive “uma fase crucial” e que “já foram percorridas todas as etapas e que é desta que o banco tem de arrancar ou deixará de fazer sentido”.

Entre as 15 personalidades independentes – que se apresentaram uma a uma num tour de table – o espírito foi de apoio e de disponibilidade para ajudar em cada área, ao que o ECO apurou.

Este Conselho deve “colaborar na definição das orientações estratégicas do BPF, emitindo pareceres não vinculativos sobre diversas matérias relativas ao objeto social e atividades do banco, incluindo a definição de orientações estratégicas e soluções de financiamento”, explica o comunicado da instituição. Recordando que devem também emitir pareceres anuais sobre o Relatório e Contas do BPF, assim como sobre o seu Plano e Orçamento.

Este órgão estava previsto no decreto-lei de 2020 que regula a atividade e o funcionamento do BPF, mas só agora foi nomeado. Tem como presidente Guilherme D’Oliveira Martins e mais 14 personalidades: Álvaro Cordeiro Dâmaso, em representação do Governo Regional dos Açores; Catarina Castro, em representação do Governo Regional da Madeira; o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Vítor Bento; o presidente do Instituto Português de Corporate Governance, João Moreira Rato; Fausto Brito e Abreu; Filipe Duarte Santos; Isabel Braga da Cruz; Jorge Vasconcellos; José Luís Alvim; Manuel Caldeira Cabral; Maria José Sousa; Pedro Oliveira; Pedro Reis e ainda Rosário Macário.

De acordo com as regras, os membros do conselho são designados pelo ministro da Economia, por sua iniciativa ou sob proposta do conselho de administração, têm um mandato de três anos, podendo ser reeleitos apenas uma vez, e não são remunerados.

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