Executivos portugueses aprendem “ferramentas de coaching” para liderarem melhor

Arranca no fim do mês nova formação de executivos da Porto Business School que quer "desenvolver líderes que desenvolvam líderes". Diretoras adiantam que importância do feedback será um dos focos.

Quase 20 executivos portugueses vão voltar à escola no final deste mês. O objetivo? Aprender a usar ferramentas de coaching, da escuta ativa ao desenvolvimento de equipas, para fortalecerem as lideranças. Ao ECO, as diretoras desse novo programa de formação da Porto Business School explicam que essas competências podem mesmo ter um impacto positivo nos resultados financeiros das empresas, uma vez que podem ajudar os líderes a desenvolver as suas habilidades de gestão, o que, à boleia, “pode levar a equipas mais produtivas“.

“O objetivo é desenvolver líderes que desenvolvam líderes. Um gestor que utilize ferramentas de coaching potencia o desenvolvimento e o crescimento das equipas, com um forte impacto no negócio“, salientam Catarina Quintela e Margarida Pedrosa.

Convém explicar que por ferramentas de coaching se entendem competências como o autoconhecimento, a escuta ativa, a delegação e desenvolvimento de equipas, o feedback e o feedforward, enumeram as diretoras.

A propósito, segundo um estudo da Gallup, apenas 26% dos trabalhadores consideram que o feedback recebido teve um contributo positivo, daí que essa seja uma das competências em que o novo programa se irá focar.

“O feedback, que já faz parte da rotina da maioria das organizações e empresas, é fundamental em qualquer processo de aprendizagem e desenvolvimento e, como tal, é importante que seja comunicado de forma simples e clara“, recomendam as diretoras.

No programa, será também trabalhado o tal conceito de feedforward, que procura “apontar os colaboradores no caminho do desenvolvimento, com foco nas ações que devem ser tomadas para superar metas, adquirir competências e alcançar objetivos profissionais”.

“Para uma gestão eficiente de pessoas, é importante combinar as duas técnicas e escolher os momentos e as formas mais adequadas para transmitir cada uma delas“, sublinham Catarina Quintela e Margarida Pedrosa.

Ora, munidos destas novas competências, os executivos portugueses deverão, então, ser capazes de ter uma nova abordagem à liderança.

“Assistimos a um contexto em mudança permanentemente, com o qual os líderes devem ser capazes de lidar, definindo o foco, criando valor, desenvolvendo as pessoas e humanizando a gestão – assumindo a gestão de pessoas como um pilar de sustentabilidade dos negócios”, assinalam as coordenadores do programa.

E estas novas práticas não são positivas apenas para o bem-estar cultivado nas empresas. São potencialmente também vantajosas para os próprios negócios, melhorando a produtividade, elevando a qualidade dos resultados das equipas e, em consequência, reduzindo custos, antecipam Catarina Quintela e Margarida Pedrosa.

Líderes que utilizam técnicas de coaching são mais propensos a envolver e motivar os seus colaboradores. E colaboradores mais comprometidos tendem a ser mais produtivos, permanecer na empresa por mais tempo e contribuir de forma mais significativa para os objetivos financeiros da empresa.

Catarina Quintela e Margarida Pedrosa

“Líderes que utilizam técnicas de coaching são mais propensos a envolver e motivar os seus colaboradores. E colaboradores mais comprometidos tendem a ser mais produtivos, permanecer na empresa por mais tempo e contribuir de forma mais significativa para os objetivos financeiros da empresa”, realçam as diretoras.

Outra vantagem potencial é o aumento da habilidade de resolução de problemas complexos e de tomar decisões. “Tal pode levar a uma redução de erros e retrabalho, poupando tempo e recursos financeiros”, defendem as mesmas.

O programa “Leader coach” vai decorrer de 27 de fevereiro e 12 de março em português e formato presencial, no Porto. Terá uma duração de 16 horas e tem um investimento associado de 1.200 euros.

É um “treino intenso“, daí que não tenham sido disponibilizadas muitas vagas. Em concreto, para esta primeira foram pensados 18 lugares e, neste momento, “a turma está quase cheia“, revelam as diretoras ao ECO.

Os participantes serão principalmente executivos nos níveis funcionais de managers ou diretores. “Falamos de profissionais não só da região do Porto e da zona Norte, mas também de outros pontos do país”, avançam as diretoras, que acrescentam que estes líderes desempenham funções em diversos setores, da indústria aos serviços.

A Porto Business School é considerada uma das melhores escolas de negócios a nível europeu. No ranking do Financial Timed chegou recentemente ao lugar 53.º, de um total de 90, subindo seis lugares face ao ano anterior.

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