PS admite recurso a reformados para dar médico de família a todos

O programa eleitoral dos socialistas quer reforçar "as respostas imediatas a pessoas sem médico e enfermeiro de família" e criar a carreira de médico dentista no SNS.

Na área da saúde, o PS admite recorrer a clínicos reformados para garantir médico de família a todos os portugueses. “Reforçar as respostas imediatas a pessoas sem médico e enfermeiro de família, mobilizando equipas multiprofissionais, envolvendo médicos e enfermeiros e outros profissionais ao serviço ou que estejam aposentados”, lê-se no programa eleitoral com que o partido concorre às legislativas de 10 de março.

Na apresentação do programa, que decorreu este domingo, no Teatro Thalia, em Lisboa, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, preferiu, contudo, destacar outras medidas, criticando sempre a tentativa de privatização por parte da direita.

Pedro Nuno Santos prometeu “rastreios auditivos e visuais para todas as crianças antes de iniciar a vida escolar”, ou seja, antes da entrada na escola primária. Para além disso, defendeu a “atribuição gratuita de óculos a crianças de famílias com menores rendimentos”.

Face aos péssimos indicadores da saúde oral, em Portugal, o secretário-geral do PS quer, “de uma vez por todas, medicina oral SNS, com a criação de uma de medicina dentária no SNS”, para que estes dentistas se “sintam dignificados e valorizados na carreira”.

O programa do PS quer ainda que “os médicos que trabalhem em lares de idosos possam prescrever medicamentos para que os idosos não tenham de se deslocar a hospitais”, adiantou.

Salvaguardando que o PS “não é contra os sistemas privados de saúde ou seguros de saúde”, o sucessor de António Costa na liderança do partido salienta, contudo, que “não vai deixar que destruam o SNS”, defendendo, antes, “o investimento no SNS e a internalização dos meios complementares de diagnóstico”.

O líder do PS defende ainda que é necessário “generalizar as unidades de cuidados de saúde primários de tipo B para que mais pessoas tenham acesso a cuidados de saúde”.

“Se a AD diz que, entre diminuição de receita de impostos e aumento de despesa, vai dar um rombo de 7,2 mil milhões de euros e diz que quer recorrer ao privado” para dar médicos de família a todos os portugueses, “não sei como vai conseguir”, questionou Pedro Nuno Santos. “Vai tirar recursos ao SNS?”, atirou.

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