“Nunca mais trabalhar para uma companhia aérea do Estado”. A lição da ex-CEO da TAP demitida pelo Governo

  • ECO
  • 12 Fevereiro 2024

Christine Ourmières-Widener afirma, em entrevista à CNN Portugal, que uma das lições que aprendeu com o seu despedimento foi não voltar a trabalhar para uma transportada aérea pública.

Christine Ourmières-Widener, ex-CEO da TAP, afirma em entrevista à CNN Portugal que não voltará a trabalhar em transportadoras aéreas do Estado, após o processo de demissão com justa causa, pelo Governo, de que foi alvo no passado.

“Nunca mais trabalhar para uma companhia aérea do Estado”. É a resposta da gestora francesa à pergunta sobre qual a lição que aprendeu com o processo, e que consta de um breve excerto que está a ser passado pelo canal, antes da transmissão integral da entrevista, esta segunda-feira às 22h.

“Estou sozinha, não sou um monstro”, diz também Christine Ourmières-Widener, que acrescenta ter sido vítima de “chantagem”.

A demissão, com justa causa, da ex-CEO foi anunciada a 6 de março de 2023 pelos ministros das Finanças, Fernando Medina, e das Infraestruturas, João Galamba. A decisão foi tomada na sequência da divulgação da auditoria da Inspeção-Geral de Finanças que considerou ilegal o processo de rescisão de Alexandra Reis, por iniciativa de Christine Ourmières-Widener, que resultou na atribuição de uma indemnização bruta de 500 mil euros à antiga administradora. Montante, entretanto, já parcialmente devolvido.

A ex-CEO deu entrada em setembro com um processo contra a TAP, contestando a sua demissão, onde pede uma indemnização de 5,9 milhões de euros. Na sua defesa, noticiada pelo ECO, a gestora, que assumiu a liderança da companhia aérea em junho de 2021, argumenta que a sua demissão aconteceu por “motivos meramente políticos” e diz que a sua carreira ficou “destruída”, tendo sofrido danos profissionais e morais.

A defesa da companhia aérea, também avançada em primeira mão pelo ECO, aponta várias irregularidades ao contrato de Christine Ourmières-Widener e à sua gestão, incluindo a suspeita de três alegados crimes.

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