Crédito ao consumo sobe 1% para recorde de 7,7 mil milhões em 2023

Famílias portuguesas pediram 7,65 mil milhões de euros no ano passado para o consumo, um aumento de quase 1%. Trata-se de um valor recorde, à boleia dos empréstimos para a compra de carro.

Os bancos e as financeiras emprestaram 7,65 mil milhões de euros aos consumidores em 2023, um aumento de quase 1% em relação ao ano anterior. Trata-se do valor mais elevado desde 2013, pelo menos, quando começa a série estatística do Banco de Portugal.

O ano passado ficou marcado pelo impacto da subida das taxas de juro, que encareceu o crédito. Ainda assim, isso não deteve as famílias de pedirem um montante recorde de financiamentos para o consumo, que anteriormente era de 7,59 mil milhões, registado em 2019, antes da pandemia.

Para este desempenho contribuiu, sobretudo, o crédito para a compra de carro, que acelerou 7,4% para 2,87 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo supervisor bancário. No que diz respeito à aquisição de carro usado, os empréstimos subiram 9% para 2,2 mil milhões, incluindo através de operações de locação financeira ou ALD e com reserva de propriedade.

Também o crédito concedido através do cartão de crédito teve um aumento expressivo no ano passado, subindo quase 4% para 1,31 mil milhões de euros.

Em contrapartida, o crédito pessoal, que é a principal componente dos empréstimos para o consumo, registou um tombo de 5,1% para 3,47 mil milhões de euros. Dentro deste segmento, o crédito pessoal sem finalidade específica caiu 5,3% para 3,33 mil milhões de euros, enquanto o crédito pessoal com a finalidade de educação, saúde e energias renováveis aumentou 0,5% para 141 milhões.

Crédito ao consumo bate recorde

Fonte: Banco de Portugal

Em termos mensais, as famílias pediram 590,6 milhões de euros para o consumo no mês de dezembro, o que representa uma descida homóloga de 1%.

O último mês do ano foi um retrato do que se passou em 2023. O crédito pessoal caiu 3% para 249,7 milhões de euros, com os financiamentos para a compra de automóvel a compensarem: subiram 2% para 235,1 milhões.

(Notícia atualizada às 12h07)

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