BRANDS' ECO Galp cria “laboratório vivo” em Caxias para testar tecnologias e soluções de energia inovadoras

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  • 15 Março 2024

Caxias Living Lab consiste numa comunidade energética de 20 edifícios e mais de 200 painéis solares.

É em Caxias, no Município de Oeiras, que está a ser criado um “laboratório vivo” para testar conceitos, tecnologias e soluções de energia inovadoras. O Caxias Living Lab é uma comunidade energética de 20 edifícios, entre os quais o Centro Comunitário, a Escola Nossa Senhora do Vale e o Mercado Municipal de Caxias, que conta com 10 produtores de energia renovável produzida através de painéis fotovoltaicos. Em primeiro lugar, a energia é utilizada para os consumos de quem a produz, como, por exemplo, através da alimentação de termoacumuladores elétricos e bombas de calor, permitindo substituir esquentadores e caldeiras, desta forma evitando emissões de CO2. Além disso, o sistema alimenta também carregadores de veículos elétricos que, sempre que necessário, podem também devolver energia às casas.

Para Carla Tavares, Head of Renewables and Commercial Innovation Center da Galp, “o desafio era juntar membros com padrões de consumo muito diferentes. No Centro Paroquial, por exemplo, o telhado não permitia instalar painéis e, por isso, a Galp fez algo inédito e instalou painéis na vertical”.

E os desafios não ficam por aqui num projeto considerado um dos mais inovadores da Europa no seu género. Pedro Miguel Ferreira, Commercial Innovation Manager na Galp, revela que o “objetivo é englobar mais 15 casas da comunidade”. Para Ana Casaca, Diretora de Inovação da Galp, “o Caxias Living Lab é mais um exemplo de como é possível o caminho da transição energética, num projeto da comunidade para a comunidade”.

Sérgio Santos é um dos membros dessa comunidade. Em declarações ao ECO, revelou o seu entusiasmo por fazer parte do projeto: “é muito giro ter de repensar a forma como nós consumimos energia em casa. Os horários, o que ligamos e quando, etc, para mim isso é fascinante. A poupança é tanto maior quanto nós estamos disponíveis para alterar os nossos comportamentos. Trabalho a partir de casa, e, por isso, posso concentrar os consumos de energia durante as horas do dia, que é quando há sol. Cada um tem de fazer as escolhas mais otimizadas possíveis.” Quando questionado sobre se a população portuguesa está ou não, no geral, mais atenta às questões da transição energética, Sérgio Santos diz que “cada um tem de ter soluções otimizadas para si. Nem toda a gente tem condições para ter painéis fotovoltaicos mas, se calhar, podem ter soluções para ter um consumo mais eficiente. Uma das grandes dificuldades é conseguir adquirir os equipamentos mais eficientes porque, naturalmente, são mais caros, e isso pode ser um entrave, portanto, há que olhar para os sistemas tanto do setor público como do setor privado para conseguir ultrapassar isso. Nós fazemos as contas de uma forma diferente, vamos conseguir poupar e até ganhar a prazo”.

A previsão é que, no final do primeiro ano, os participantes residenciais assistam a uma redução de 30% dos seus consumos de rede e que haja uma redução de 20 toneladas no que diz respeito às emissões de CO2.

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