José Manuel Rodrigues candidata-se à liderança do CDS-PP/Madeira

  • Lusa
  • 19 Março 2024

O centrista foi líder do CDS-PP/Madeira entre 1997 e 2015 e diz que o seu regresso aconteceu num momento em que a autonomia está "ferida na sua dignidade".

José Manuel Rodrigues afirmou esta terça-feira que é candidato à liderança do CDS-PP/Madeira para devolver a esperança e a confiança aos madeirenses, numa altura em que a autonomia está “ferida na sua dignidade”.

“Num momento em que a autonomia está ferida na sua dignidade e a Madeira está ferida no seu orgulho, eu não poderia faltar à chamada de dar o meu contributo para devolver a esperança e a confiança aos madeirenses. Não poderia faltar-lhes”, declarou José Manuel Rodrigues, atual presidente da Assembleia Legislativa Regional.

O centrista, que já foi líder do CDS-PP/Madeira entre 1997 e 2015, falava na apresentação da candidatura à liderança do partido na região, que decorreu numa unidade hoteleira, no Funchal. “O meu regresso à liderança não é a repetição da história, é pela reafirmação de um partido histórico, é pela abertura de um novo capítulo de sucessos para o CDS”, realçou, defendendo “que os novos tempos exigem novos protagonistas e novas ideias para o CDS e para a Madeira”.

“É preciso rasgar novos horizontes para a autonomia e encontrar novas respostas para os problemas dos madeirenses e dos porto-santenses. Vivemos a mais grave crise política desde a implantação da democracia e da autonomia, há 50 anos”, reforçou José Manuel Rodrigues.

José Manuel RodriguesLusa

O candidato à liderança regional dos centristas rejeitou responsabilidades do CDS-PP na crise política na região, na sequência de uma investigação judicial sobre suspeitas de corrupção, que levou à demissão do presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP), o social-democrata Miguel Albuquerque.

“É verdade que a responsabilidade desta crise tem origem em desentendimentos entre o PSD e o PAN e foi provocada por uma investigação judicial”, disse, considerando que o seu partido é “uma vítima colateral desta situação, mas, apesar disso, tudo fez para encontrar uma solução para esta crise política”.

José Manuel Rodrigues referiu ainda que, “no meio desta tempestade sem fim à vista, o PSD, inexplicavelmente, sem justa causa, rompeu o acordo de coligação com o CDS, ainda antes da realização das últimas eleições nacionais [em 10 de março], onde os partidos tinham lista conjunta, e ainda antes das eleições europeias, marcadas para junho”.

“Cada um assumirá as suas responsabilidades. As do CDS foram assumidas no tempo e nos locais próprios, salvaguardando sempre e em primeiro lugar os interesses da madeira e dos madeirenses”, reforçou. Salientando que o CDS-PP “é o único partido na Madeira que já foi oposição e já foi Governo”, o que considerou uma “mais-valia”, José Manuel Rodrigues enumerou um conjunto de medidas que o Governo Regional de coligação PSD/CDS-PP tomou, como a redução dos passes sociais, a construção do novo hospital do Funchal ou a construção de habitações a custos controlados.

Ampliar a autonomia, reformar o sistema político regional, baixar impostos, dar condições aos jovens e proteger os mais velhos, garantir cuidados de saúde e habitação digna a todos os madeirenses foram alguns dos objetivos destacados por José Manuel Rodrigues para a liderança do CDS-PP.

No final da apresentação pública da candidatura, questionado pelos jornalistas, o centrista disse que “o tempo não é de discutir cenários políticos”, uma vez que o Presidente da República ainda não anunciou se vai dissolver o parlamento madeirense depois de 24 de março, seis meses depois das últimas eleições regionais. “O tempo é de cada partido se afirmar perante a sociedade e logo se vê depois, se houver eleições, quando o povo votar é que vai escolher que maioria quer para governar a Madeira”, sublinhou, admitindo, ainda assim, “todos os acordos com partidos democráticos”.

Além de José Manuel Rodrigues, também Lídia Albornoz já manifestou intenção de concorrer à liderança do CDS-PP/Madeira. Os candidatos têm de entregar as moções globais, subscritas por pelo menos 150 assinaturas, até 31 de março. O Congresso do CDS-PP/Madeira, presidido atualmente por Rui Barreto, está marcado para os dias 13 e 14 de abril.

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