Atividade na Zona Euro perto de estabilizar em março

  • Joana Abrantes Gomes
  • 21 Março 2024

Índice de Gestores de Compras (PMI) composto preliminar do Hamburg Commercial Bank (HCOB), compilado pela S&P Global, subiu para 49,9 este mês em relação aos 49,2 de fevereiro.

A atividade empresarial da Zona Euro está perto de regressar ao crescimento, com o Índice de Gestores de Compras (PMI) preliminar relativo ao mês de março, e compilado pela S&P Global, a subir para 49,9 este mês, um aumento de 0,7 em relação a fevereiro e tangente à fasquia do equilíbrio.

Embora tenha sido o décimo mês consecutivo em que o índice ficou abaixo dos 50, a marca que separa o crescimento da contração, o PMI composto ficou acima da previsão de 49,7 dos analistas consultados pela Reuters.

No comunicado divulgado esta quinta-feira, a S&P Global sinaliza que “o declínio de março foi apenas marginal e o mais baixo desde junho do ano passado, indicando uma quase estabilização da atividade”.

Apesar do abrandamento das pressões inflacionistas, a recuperação foi desigual: enquanto o PMI dos serviços subiu de 50,2 para 51,1, o valor mais alto dos últimos nove meses, enquanto o PMI da indústria transformadora caiu para um mínimo de três meses, registando um índice de 45,7, menos 0,8 face a fevereiro.

Se esperávamos uma recuperação no setor da indústria transformadora no primeiro trimestre, está na altura de atirar a toalha ao chão“, afirmou Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, apontando que o PMI de março “confirmou a clara fraqueza deste setor”.

Já o índice relativo ao emprego aumentou pelo terceiro mês consecutivo em março, ainda que o ritmo do crescimento tenha abrandado. A S&P Global assinala que a quebra do emprego na indústria transformadora foi “a maior desde agosto de 2020”.

Entre as duas maiores economias da Zona Euro também se verificou uma diferença. Na Alemanha, a desaceleração económica abrandou ligeiramente em março, com a atividade empresarial nos serviços perto de estabilizar. Ao mesmo tempo, a recessão aprofundou-se em França, devido à deterioração da procura de bens e serviços franceses, a par com a queda no emprego.

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