Famílias rejeitam Certificados de Aforro há quatro meses seguidos

As subscrições líquidas dos Certificados de Aforro voltaram a apresentar um saldo negativo em fevereiro, com as famílias a retirarem mais de 26 milhões de euros destes títulos de dívida.

Os portugueses voltaram a chumbar os Certificados de Aforro pelo quarto mês consecutivo. De acordo com dados do Banco de Portugal divulgados esta sexta-feira, as emissões líquidas de Certificados de Aforro em fevereiro superaram os 26 milhões de euros.

Além de ser o valor negativo mais elevado desde outubro de 2017, trata-se do período mais longo de emissões líquidas negativas destes títulos de dívida do Estado orientadas para o retalho desde outubro de 2018, quando na altura registou 24 meses consecutivos de saldos líquidos negativos.

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Como resultado os resgates superarem consecutivamente as subscrições desde novembro do ano passado, o valor acumulado em Certificados de Aforro ficou ligeiramente acima dos 34 mil milhões de euros em fevereiro, situando-se assim no valor mais baixo desde agosto de 2023.

Mas o “chumbo” das famílias não se resume apenas aos Certificados de Aforro. Há 27 meses consecutivos que também os resgates de Certificados do Tesouro superam as subscrições. E fevereiro não foi exceção, com as emissões líquidas a atingirem quase 144 milhões de euros, gerando uma queda de 1,3% do saldo acumulado de Certificados do Tesouro que se fixou em 10,69 mil milhões de euros em fevereiro, o valor mais baixo desde setembro de 2016.

Estes comportamentos levam a que, atualmente, estejam alocados em Certificados de Aforro e do Tesouro, os dois títulos de dívida do Estado orientados exclusivamente para os particulares, cerca de 44,7 mil milhões de euros, o valor mais baixo desde abril de 2023.

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