Quase 3 mil vagas de professores ficaram por preencher na transição para novos Quadros de Zona Pedagógica
Das mais de 24 mil vagas abertas para os professores transitarem para os novos Quadros de Zona Pedagógica, ficaram por ocupar 2.939 vagas. Tutela diz que 85% dos docentes foram colocados na 1ª opção.
Ficaram por preencher quase três mil vagas para professores no concurso de transição para os novos Quadros de Zona Pedagógica (QZP), que passaram para 63 na sequência do novo modelo de recrutamento e colocação, devido à não apresentação a concurso de “todos os candidatos considerados para as dotações apuradas”, revelou esta sexta-feira a Direção-Geral da Administração Escolar (DGAE).
“Transitaram para os novos 63 QZP 21.255 docentes e ficaram por ocupar 2.939 vagas“, adianta a DGAE, numa nota publicada no site, no dia em que foram publicadas as listas definitivas e lembrando que tinham sido abertas mais de 24 mil vagas.
Por sua vez, em comunicado, o Ministério da Educação limita-se apenas a referir que 85% dos professores foram colocados “na sua primeira opção”. Além disso, a tutela liderada por João Costa refere que esta é “uma colocação transitória”, dado que “todos estes professores poderão concorrer às 20.853 vagas de Quadro de Escola abertas e divulgadas esta semana, estabilizando a sua colocação numa escola concreta”.
Além das aposentações e dos “descuidos individuais”, a DGAE justifica o ‘buraco’ com “a omissão de candidatura de docentes que se encontram no exercício de outras funções, designadamente ao abrigo de licenças sem vencimento de longa duração, mobilidades noutras áreas da administração pública, acordos de cedência de interesse público, comissões de serviço ou situações similares”.
Este concurso foi lançado no início de janeiro e resulta do decreto-lei que regula o novo modelo de recrutamento e colocação de professores, aprovado em março do ano passado sem a “bênção” dos sindicatos. Entre as medidas previstas neste novo regime consta a reconfiguração nos QZP que passam de 10 para 63, de modo a que os docentes passem a percorrer distâncias máximas de 50 km.
De notar que a partir do momento em que um professor vincula, começa a ficar afeto a um QZP. Deste modo, na prática, estes docentes podem ser colocados em qualquer uma das escolas abrangidas por essa zona, o que anteriormente obrigava a que percorressem distâncias entre 100 a 200 km para lecionar. O objetivo, com esta medida, é, por isso, reduzir estas distâncias.
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