TAP voltou aos prejuízos no quarto trimestre. 2023 fechou com lucro de 177 milhões

A companhia aérea conseguiu um resultado líquido de 177 milhões de euros em 2023, abaixo dos 203 milhões averbados até setembro. Prejuízo de 26,2 milhões no último trimestre penalizou o exercício.

A TAP teve lucros de 177,3 milhões de euros em 2023. O resultado ficou, no entanto, abaixo dos 203 milhões averbados até setembro, com a companhia aérea a voltar aos prejuízos no último trimestre.

A transportadora portuguesa conseguiu os melhores resultados líquidos anuais de sempre, graças a um crescimento de 170,2% face aos 65,6 milhões conseguidos no ano anterior.

Não foram mais elevados porque o saldo dos últimos três meses de 2023 foi negativo. A TAP teve prejuízos de 26,2 milhões, o que compara com um lucro de 156,4 milhões no trimestre homólogo. Isto apesar de ter conseguido receitas de 1.050 milhões, em linha com os últimos três meses de 2022.

O aumento de 121% na rubrica de custos com pessoal, para 270,4 milhões, em resultado dos novos acordos de empresa assinados com os sindicatos — cujo impacto ainda não se materializa integralmente nestas contas –, e o acréscimo de 25% nos custos operacionais de tráfego, contribuíram para um aumento de 16,8% dos custos operacionais, para 1.077,2 milhões. O resultado operacional (EBIT) foi, assim, negativo em 27,2 milhões.

No conjunto de 2023, as receitas cifraram-se em 4.214,8 milhões, mais 20,9% do que no ano anterior e também um valor inédito. Os rendimentos operacionais cresceram na venda de passagens (25,4%) e nos serviços de manutenção (24%), baixando na carga e correio (-33%).

Os gastos operacionais aumentaram 20,2% para 3,868 milhões, mais uma vez com a rubrica dos custos com pessoal a registar o crescimento mais pronunciado: 73,4% para 722,6 milhões.

O resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou 7% para os 832,5 milhões de euros, mas a margem de rentabilidade encolheu de 22,3% para 19,8%.

Os bons resultados de 2023 confirmam o caminho de recuperação efetuado nos últimos anos pela TAP. Recorde de receitas, ultrapassando a marca dos 4 mil milhões de euros, margens operacionais robustas e resilientes, e uma clara trajetória de desalavancagem, confirmam a solidez financeira do grupo.

Luís Rodrigues

CEO da TAP

A TAP manteve o rumo de redução do endividamento, com a dívida financeira líquida a encolher 7,3% para 651,1 milhões, o equivalente a 2,6 vezes o EBITDA, o que compara com 3,5 vezes no final de 2022. A companhia aérea tinha 789,4 milhões de euros em caixa em dezembro de 2023, o que compara com 916 milhões um ano antes.

Os bons resultados de 2023 confirmam o caminho de recuperação efetuado nos últimos anos pela TAP. Recorde de receitas, ultrapassando a marca dos 4 mil milhões de euros, margens operacionais robustas e resilientes, e uma clara trajetória de desalavancagem, confirmam a solidez financeira do grupo”, afirma o CEO Luís Rodrigues, citado no comunicado divulgado esta quarta-feira.

“A assinatura dos novos acordos de empresa confirma o reconhecimento e o compromisso perante os nossos trabalhadores”, salienta também o gestor, acrescentando que “2024 será um ano desafiante que testará o foco da organização, para o qual necessitamos do compromisso de todos para estabelecermos a TAP como uma das empresas mais atrativas do sector”.

(notícia atualizada às 8h10)

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