Juros dos empréstimos da casa registam maior queda em cinco anos

Taxa de juro média dos novos empréstimos da casa recuou em fevereiro pelo quinto mês seguido, refletindo a queda das taxas Euribor.

A taxa de juro média das novas operações de empréstimos à habitação registou em fevereiro a maior queda em quase cinco anos, refletindo a correção das taxas Euribor naquele mês, mostram os dados do Banco de Portugal.

Os créditos para a compra de casa concedidos em fevereiro tiveram uma taxa de juro média de 3,91%, o que representa uma descida de 0,14 pontos percentuais em relação a janeiro. Trata-se da maior queda desde agosto de 2019.

cinco meses que a taxa de juro dos novos empréstimos da casa está em queda, depois de em setembro ter atingido o valor mais elevado desde 2012. A inversão de tendência acompanhou a trajetória descendente das Euribor, as taxas que são usadas no cálculo da prestação da casa em mais de 90% dos contratos da casa em Portugal.

Juros da casa recuam há cinco meses

Fonte: Banco de Portugal

O Banco de Portugal explica que a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação diminuiu 0,09 pontos percentuais, fixando-se em 3,72% em fevereiro, enquanto a taxa de juro média dos contratos renegociados teve uma redução mais expressiva: reduziu-se 0,20 pontos percentuais para 4,23%.

A perspetiva de o Banco Central Europeu (BCE) começar a baixar as taxas de juro a partir do verão está a aliviar as outras taxas do mercado, incluindo as Euribor. Situação que está a resultar numa baixa do custo do crédito da casa, depois de um disparo dramático nos últimos dois anos.

As novas operações de empréstimos aos particulares totalizaram 2.495 milhões de euros em fevereiro, menos 107 milhões do que em janeiro.

No crédito ao consumo, a taxa de juro média das novas operações observou um aumento ligeiro para 9,53%.

Já no que diz respeito às empresas, registou-se uma descida da taxa dos empréstimos de 0,06 pontos percentuais em fevereiro, recuando para 5,61%. Os bancos emprestaram 1.481 milhões de euros às empresas, uma descida de 441 milhões de euros relativamente ao mês anterior. “Esta redução decorreu principalmente do decréscimo dos montantes renegociados”, justifica o supervisor.

(Notícia em atualização)

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