Exclusivo EDP atingiu metas do mandato apesar do “contexto imprevisível”, diz CEO

Miguel Stilwell de Andrade diz ao ECO que o mandato foi marcado pela pandemia e pela crise energética, mas explica que a empresa aplicou um plano estratégico robusto para atingir os objetivos.

Miguel Stilwell d'Andrade, CEO da EDP, em entrevista ao ECO/TVI24 - 02MAR21

A EDP EDP 0,00% conseguiu atingir metas financeiras e de transição energética durante o mandato de três anos que termina esta quarta-feira com uma Assembleia Geral, apesar de ter sido um período que foi marcado por um contexto imprevisível a nível global, afirma ao ECO o CEO da empresa, Miguel Stilwell de Andrade.

“Nos últimos três anos, a EDP reforçou claramente a ambição de liderar a transição energética globalmente, com um plano estratégico robusto, um portfólio diversificado e resiliente e ações tangíveis rumo a um futuro mais sustentável”, refere o CEO, que deverá ser nomeado pelos acionistas por mais um mandato na reunião magna.

“Intensificámos o investimento em renováveis e tecnologias emergentes, apostámos no desenvolvimento e modernização das nossas redes e tornámo-nos um parceiro valioso dos nossos clientes na descarbonização – sempre impulsionados pela inovação e pelo talento das nossas pessoas”, sublinha.

Alcançámos estas metas norteados por um sentido de missão que promove uma transição energética justa e inclusiva e segue as melhores práticas. E fizemo-lo num contexto imprevisível: enfrentámos uma pandemia, uma crise energética global, um cenário macroeconómico desafiante e um contexto geopolítico instável.

Miguel Stilwell d'Andrade

CEO da EDP

O triénio 2021-2024 é o primeiro mandato completo de Stilwell de Andrade à frente da EDP, depois de em julho de 2020 ter sido nomeado CEO interino após a suspensão de funções de António Mexia no âmbito do processo dos CMEC (Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual). Antes disso, o gestor, que está na empresa há quase 24 anos, tinha sido gestor financeiro (CFO) entre 2018 e 2021.

Segundo Stilwell de Andrade, os resultados do mandato são visíveis. “Em 2023 completámos dois aumentos de capital muito bem-sucedidos e encerrámos o ano com uma posição financeira sólida”, refere, sublinhando ainda que o grupo consolidou a posição global através dos hubs na Europa, América do Norte, América do Sul e Ásia-Pacífico.

Atingimos 26,6 gigawatts (GW) de capacidade instalada, dos quais 86% renováveis, demos importantes passos para alcançar a meta de sermos neutros em carvão até 2025, temos já quase 390 mil quilómetros de redes de distribuição e transmissão e nas quais planeamos investir mais mil milhões de euros este ano”, vinca.

Outros marcos incluíram o reforço da posição em segmentos como a geração distribuída, tendo atingido já uma capacidade instalada de 1,6 GW. “A EDP foi uma vez mais reconhecida como a elétrica mais sustentável do mundo pelo índice S&P Dow Jones Sustainability Index, “o que nos deixa muito orgulhosos do caminho que estamos a percorrer”, diz.

“Alcançámos estas metas norteados por um sentido de missão que promove uma transição energética justa e inclusiva e segue as melhores práticas”, acrescenta o CEO.

“E fizemo-lo num contexto imprevisível: enfrentámos uma pandemia, uma crise energética global, um cenário macroeconómico desafiante e um contexto geopolítico instável”, conclui.

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