Da nova administração ao dividendo. Conheça os temas que vão à mesa da Assembleia Geral da EDP

Novos administradores, as respetivas remunerações, um dividendo maior e um nome mais curto. Conheça as principais propostas que vão ser votadas na Assembleia Geral de Acionistas da EDP.

Os acionistas da EDP são chamados a reunir-se na manhã desta quarta-feira, 10 de abril. Fique aqui a par dos principais tópicos que irão passar pela mesa da Assembleia, e procurar a respetiva aprovação.

Novo Conselho Geral e de Supervisão

Enquanto a gestão executiva da empresa (Conselho de Administração Executivo — CAE) se deverá manter inalterada, sendo apenas alvo de um “voto de de confiança”, o Conselho Geral e de Supervisão (CGS) da empresa deverá ver nomeados novos membros. António Lobo Xavier, tal como o ECO avançou em primeira-mão, encabeça a lista do CGS, no papel de presidente. Além de Lobo Xavier, são novos no conselho de supervisão os nomes de Alicia Reyes Revuelta, que fez currículo essencialmente o setor financeiro, Gonçalo Moura Martins, presidente executivo da Mota-Engil, María José García Beato, que se moveu essencialmente na área da justiça espanhola, Sandra Maria Santos, ex-CEO da nortenha BA Glass, Stephen Vaughan, consultor financeiro na área de energia, e Lisa Frantzis, diretora geral de uma empresa de renováveis com a atividade focada nos Estados Unidos.

EDP deixa cair o “Energias de Portugal”

No âmbito de uma revisão dos estatutos da empresa, é proposta a alteração do nome da empresa, que passará de “EDP – Energias de Portugal” unicamente para “EDP”. Esta mudança tem como objetivo, indica o documento, simplificar a imagem e ajustar a denominação “a uma empresa cada vez mais global”, assim como “ao conhecimento generalizado da marca”.

Menos executivos e com a pasta da sustentabilidade

A EDP pretende passar a ter limite mínimo de três elementos como executivos, em vez dos cinco membros que anteriormente eram exigidos pelos estatutos. No máximo, esta equipa pode contar com nove membros e o presidente executivo terá um voto de qualidade em caso de empate. É este órgão, o CAE, que deverá passar a acompanhar os temas de sustentabilidade, já que se propõe a eliminação do Conselho de Ambiente e Sustentabilidade, um “corpo social com funções meramente consultivas”. Também o CGS, ou uma comissão especializada designada pelo mesmo, deverá “monitorizar e desafiar” estes temas.

Remuneração da administração

Na proposta que vai à Assembleia Geral, é definida, para o triénio que se inicia em 2024, uma remuneração anual bruta de 592.000 euros para o presidente do CGS, enquanto os respetivos vogais terão direito a 80.500 euros por ano, um montante que pode crescer no caso de integrarem comissões específicas dentro do CGS. O presidente da Mesa da Assembleia Geral contará com 30.000 euros anuais para desempenhar esta função. Em paralelo, o conselho de administração executivo da EDP arrecadou 10,25 milhões de euros em 2023, 18,6% acima dos 8,58 milhões do ano anterior, de acordo com o relatório de remunerações que foi publicado no mesmo dia das propostas para a Assembleia Geral, e que vai ser apreciado na mesma sede.

Contas fechadas e dividendo aumentado

Como é habitual nestas reuniões, vão a aprovação as contas do ano transato, neste caso 2023. No ano passado, a EDP lucrou 952 milhões de euros, mais 40% face ao ano anterior, “suportado pela recuperação da produção hídrica em Portugal para níveis em linha com a média histórica (após a seca extrema de 2022), o aumento de resultados provenientes do Brasil, onde a EDP passou a deter 100% da sua subsidiária EDP Brasil, assim como os ganhos em transações de rotação de ativos renováveis em Espanha, Polónia e Brasil”, justificou a elétrica.

Na sequência, depois de vários anos na fasquia dos 19 cêntimos, a EDP propõe a subida do valor do dividendo. Os acionistas da cotada deverão receber 19,5 cêntimos por ação relativamente ao exercício de 2023.

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