SIBS lança plataforma para facilitar reporte ESG

A solução, criada em parceria com os bancos, vem ajudar na recolha de dados de sustentabilidade e respetiva partilha.

A SIBS vai lançar, em conjunto com 13 bancos fundadores, uma plataforma gratuita para facilitar a recolha e partilha de informação de sustentabilidade por parte das empresas, num contexto de crescentes exigências na divulgação de informação.

A SIBS ESG é uma plataforma gratuita que permitirá às empresas estruturar e preencher a informação ESG (ambiental, social e de governaça) necessária, de acordo com a taxonomia e regulamentação europeias. Com base nesta plataforma, as instituições financeiras, com o consentimento das empresas, poderão aceder a essa informação através de mecanismos automáticos, reutilizando a informação e evitando o esforço adicional por parte dessas empresas.

São 13 as instituições bancárias fundadoras deste projeto (BPI, Banco Montepio, Bankinter, Crédito Agrícola, Caixa Agrícola Bombarral, Caixa de Crédito de Leiria, Caixa Agrícola de Mafra, Caixa Agrícola de Torres Vedras, Caixa Geral de Depósitos, EuroBic, Millennium bcp, Novobanco e Santander).

A plataforma arrancou em outubro do ano passado, com uma fase inicial piloto. Duas empresas testaram o portal, nas suas diferentes vertentes, em ambiente real, e com o apoio e contributo de entidades especializadas em ESG.

Neste momento o projeto encontra-se na segunda fase, com algumas evoluções que foram introduzidas com base no feedback recebido na fase anterior, e alargando o número de empresas e a sua representatividade em termos de dimensão e setores de atividade, mas mantém-se em ambiente piloto.

Atualmente, o portal SIBS ESG conta com mais de 100 empresas, um número “em constante crescimento”. A terceira e última fase deverá ter início em julho, e é a divulgação ativa do portal. Qualquer empresa pode ter acesso, mesmo que não tenha relações de crédito bancário com os aderentes.

"O SIBS ESG não só simplifica o cumprimento regulatório, como também contribui para facilitar a adoção pelas empresas de práticas de reporting de sustentabilidade, permitindo-lhes realizar um autodiagnóstico, identificar áreas de evolução, e desenvolver um plano transição faseado nas várias vertentes ESG.”

Mariana Cascais Tomé

CEO da SIBS

No âmbito deste ecossistema, a SIBS tem também estabelecido parcerias para chegar mais facilmente às empresas, através de associações empresariais, confederações, protocolos de interoperabilidade de dados e alinhamento de questionários com o IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação e Turismo de Portugal, bem como universidades.

Como funciona?

Há quatro questionários aos quais as empresas devem responder: o da Calculadora de CO2, o dos Riscos Físicos, o da Taxonomia Empresarial e da Avaliação ESG. De forma a apoiar no preenchimento, a SIBS disponibiliza sessões de formação e demonstrações do portal e, durante o próprio processo de preenchimento, há uma equipa de suporte que esclarece dúvidas e ajuda até ao momento de submissão dos questionários.

As empresas podem também beneficiar de uma segunda etapa de capacitação sobre os desafios de evolução de maturidade ESG, também gratuitamente. “O SIBS ESG não só simplifica o cumprimento regulatório, como também contribui para facilitar a adoção pelas empresas de práticas de reporting de sustentabilidade, permitindo-lhes realizar um autodiagnóstico, identificar áreas de evolução, e desenvolver um plano transição faseado nas várias vertentes ESG”, indica a CEO do Grupo SIBS, Madalena Cascais Tomé, citada num comunicado enviado à imprensa.

Para além do acesso direto através do portal SIBS, em breve deverá ser possível o acesso via homebanking ou corporate banking das empresas junto das respetivas instituições financeiras aderentes.

A plataforma surge na sequência da publicação de regulamentação europeia que vem impor o cumprimento gradual de requisitos ESG a empresas com exposição ao crédito bancário. Esta solução suporta o cumprimento de normas europeias como a Taxonomy Regulation, CRR (Capital Requirements Regulation) e CSRD (Corporate Sustainability Reporting Directive), e ainda disponibiliza ferramentas essenciais para calcular emissões e avaliar riscos físicos.

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