Exclusivo Governo muda de casa a partir de 1 de julho. Seis ministérios e duas secretarias de Estado passam já para o Campus XXI

Seis ministérios e duas secretarias de Estado vão mudar-se já para o novo Campus XXI, e outros se seguirão até 2026, logo que terminem as obras. Reunião de Conselho de Ministros também.

Seis ministérios e duas secretarias de Estado vão mudar no próximo dia 1 de julho para o edifício da Caixa Geral de Depósitos, apurou o ECO junto de fonte governamental. É uma transferência de instalações que demorou por causa do atraso das obras, e tem também um alcance político, já que permitirá outra coordenação da agenda do Governo, e por isso as reuniões de Conselho de Ministros vão passar a realizar-se imediatamente no denominado Campus XXI.

Nos planos iniciais de transferências, a ideia do Governo de Montenegro já era avançar primeiro com as pastas com responsabilidade direta na execução do Plano de Recuperação e Resiliência, porque isso ajudaria a criar sinergias. Globalmente, o objetivo era poupar recursos, já que ao concentrar várias entidades públicas, isso reduziria dezenas de cargos e serviços intermédios, mas também tempos de resposta.

Oficialmente, o Governo não faz comentários, mas o ECO sabe que no início de julho os ministérios da Presidência, da Coesão Territorial, da Economia, das Infraestruturas e Habitação, da Juventude e Agricultura, além das duas secretarias de Estado dos Assuntos Parlamentares, vão mudar-se de armas e bagagens para o novo Campus XXI, ainda a sede do banco público, que vai partilhar o espaço com o Executivo até, pelo menos, 2026, data em que a Caixa se mudará os seus cerca de 2500 colaboradores para a nova sede no Parque das Nações.

Neste contexto, a transferência dos ministérios vai ser completada, logo que terminem as obras em curso, com os outros ministérios, e só permanecerão onde estão hoje os ministérios dos Negócios Estrangeiros, Defesa Nacional e Administração Interna, além, claro, do primeiro-ministro, que se mantém em São Bento.

Os planos do anterior Executivo passavam por iniciar já este ano, também de forma faseada, a passagem dos ministérios para aquele edifício que foi entregue ao Estado por conta de dividendos da CGD e foi avaliado em 360 milhões de euros, antes das obras. Mas nunca antes das eleições legislativas realizadas a 10 de março. “Não tenho a expectativa que algum dos nossos próximos briefings se realize no novo edifício que o Governo ocupará. Mas tenho a expectativa que um próximo Governo já possa comunicar a partir de lá com frequência”, disse Mariana Vieira da Silva no final do Conselho de Ministros a 18 de janeiro deste ano.

No entanto, quando entrou em funções, o novo Executivo criticou o anterior por não ter preparado a transferência de ministérios. “A mudança não estava preparada e, portanto, este Governo tem aí um dossiê para analisar em detalhe e realizar muito que não estava feito”, disse o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que está a coordenar a operação, depois da primeira reunião do Conselho de Ministros do novo Executivo. Agora, está confirmado, o Governo vai mesmo passar a reunir de imediato o Conselho de Ministros.

Em março do ano passado, o Governo de António Costa estimou em 40 milhões de euros o investimento a realizar até ao final da sua então legislatura no processo de concentração de serviços do Estado no edifício sede da CGD. “Nem todos os pisos do edifício da CGD terão a mesma necessidade de obras. Ao longo da legislatura, o investimento global estimado será de 40 milhões de euros”, adiantou nessa altura o então secretário de Estado da Presidência, André Moz Caldas.

De acordo com as contas do Governo de António Costa, a concentração permitiria poupar seis milhões de euros por ano, sendo cinco milhões relativos aos “encargos com a gestão de serviços como segurança, manutenção, limpeza, jardinagem, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de água” e 800 mil euros com rendas pagas pelo Estado a privados na utilização de alguns edifícios onde estão situados os ministérios.

A ministra da Presidência do Executivo anterior, antecipava que, ao longo do processo, o Estado libertaria um conjunto significativo de edifícios, com ganhos de 600 milhões de euros. Nesta avaliação de poupanças estavam incluídos os edifícios da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros, o Ministério da Economia, os do Ministério da Educação nas avenidas Infante Santo e 24 de Julho, mas também edifícios arrendados a privados, caso do Ministério da Saúde.

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