“Precisamos de mais sustentabilidade e de a alcançar num prazo mais curto”

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 18 Junho 2024

John Elkington, Chairman Executivo na Volans, explicou, em entrevista ao ECO, de que forma a sustentabilidade está a mudar os negócios e as novas tendências que se aproximam.

No próximo dia 3 de julho vai decorrer, na Cordoaria Nacional, em Lisboa, a Conferência BCSD Portugal 2024, um evento organizado pelo BCSD Portugal que tem como tema “Empresas com futuro: Como navegar para uma economia sustentável e justa?”.

Na conferência irão marcar presença vários líderes empresariais e especialistas de diversos setores para discutirem a relação entre os drivers de sustentabilidade internos e externos e a economia regenerativa, perceber como podem as empresas que apostam na diversidade contribuir para uma economia competitiva, quais os desafios iminentes para as empresas e para o planeta e como desbloquear o financiamento e o poder das alianças para alcançar os objetivos.

Em entrevista ao ECO, John Elkington, Chairman Executivo na Volans, e um dos oradores que também irá marcar presença na Conferência BCSD 2024, partilha o seu ponto de vista sobre a forma como a sustentabilidade está a mudar os negócios e revela algumas novas tendências.

Como é que a sustentabilidade está a mudar a forma de fazer negócios?

De forma geral, a sustentabilidade começou fora das empresas e dos mercados. O que aconteceu nos últimos 40 a 50 anos foi que a sustentabilidade começou a vir de fora, mas agora está devidamente alojada nas salas de reuniões e nas c-suites, nas empresas, principalmente nas regiões mais desenvolvidas do mundo. Mas isso não significa que as empresas estejam a fazer tudo o que deveriam estar a fazer. Elas sabem como falar sobre a agenda, conhecem alguns dos conceitos e termos, mas ainda não os estão a integrar devidamente nas suas estratégias, nos seus modelos de negócio, etc. E esta é a próxima fase do desafio.

Existe já uma convicção/consciência das empresas relativamente aos temas da sustentabilidade ou é algo que está a entrar na gestão como uma obrigação?

Muitas empresas em todo o mundo adotaram publicamente a agenda da sustentabilidade através dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. No entanto, ainda são relativamente poucas as que deram o passo lógico seguinte, que consiste em integrar a sustentabilidade nos incentivos, nos pacotes salariais e nos pacotes de bónus dos seus principais executivos. Mas isso está a começar a acontecer. E penso que, cada vez mais, veremos não só as empresas a incorporar esta questão nas entranhas do seu modelo de negócio, mas também a fazer passar estes novos requisitos pela sua cadeia de abastecimento.

Nesse sentido, penso que estamos a viver tempos muito emocionantes. Ao mesmo tempo, porém, estamos a assistir a alguns líderes a descobrirem que prometeram demais. A Mercedes, por exemplo, prometeu que atingiria 100% de veículos elétricos até 2030, mas já flexibilizou esse prazo. E houve outras empresas, como a Shell e a Unilever, em que os diretores executivos também tiveram de recuar um pouco. Ainda assim, penso que a trajetória subjacente é claramente a sustentabilidade, incluindo questões como as alterações climáticas, a inclusão, etc, que estão a subir muito na lista de prioridades das empresas de todo o mundo. E penso que esta tendência irá manter-se e intensificar-se.

No seu livro, Tickling sharks, faz uma visita à história de como é que as ideias de práticas mais sustentáveis surgiram e apresenta ideias sobre para onde é que as novas tendências se direcionam. Olhando para o cenário global, e para o português, como perspetiva a evolução desta jornada para a sustentabilidade?

É notável, em muitos aspetos, que a inovação e a liderança num espaço de sustentabilidade, particularmente no que se refere às empresas e aos mercados, tenha sido tendencialmente pioneira no mundo anglófono. Mas o que estamos a ver agora é, por exemplo, a China, seja através de minerais de terras raras ou de tecnologias de energias renováveis, ou de baterias, ou de veículos elétricos, ou de robótica, a conquistar algumas das tecnologias críticas e algumas das indústrias e mercados críticos do futuro. Por isso, é de esperar que grande parte da agenda da sustentabilidade seja apresentada em chinês.

As partes do mundo que falam português e espanhol têm estado um pouco atrasadas, mas acabo de regressar de Madrid, onde estive na Cimeira do Sul, e também do Brasil, onde também estive no início deste ano, e é fascinante a liderança que estamos a começar a ver em algumas destas partes do mundo. Algumas semanas depois de termos saído de Porto Alegre, ocorreram as grandes inundações. As pessoas começam a sentir estes desafios na sua vida quotidiana. Por isso, mesmo que as eleições na UE e noutras partes do mundo nos estejam a prejudicar de momento, penso que a trajetória subjacente é clara: precisamos de mais sustentabilidade e de a alcançar num prazo mais curto e de forma mais eficiente e eficaz. Esse é um desafio para a liderança.

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“A sustentabilidade é um driver de competitividade no mercado global”

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 18 Junho 2024

João Fonseca Santos, Head of European Investement Bank Group Office, explicou, em entrevista ao ECO, qual o papel do Banco Europeu de Investimento para o crescimento das empresas em Portugal.

O BCSD Portugal está a organizar a Conferência BCSD Portugal 2024, que se vai realizar já no próximo dia 3 de julho, na Cordoaria Nacional, em Lisboa. O evento, que terá como mote “Empresas com futuro: Como navegar para uma economia sustentável e justa?”, vai receber vários líderes empresariais e especialistas de diversos setores para o aprofundarem.

O tema de discussão abrangerá, ainda, a relação entre os drivers de sustentabilidade internos e externos e a economia regenerativa, a forma como as empresas que apostam na diversidade pode contribuir para uma economia competitiva, quais os desafios iminentes para as empresas e para o planeta e como desbloquear o financiamento e o poder das alianças para alcançar os objetivos.

Em entrevista ao ECO, João Fonseca Santos, Head of European Investement Bank Group Office in Portugal, partilha quais são as prioridades de financiamento para ajudar as empresas na sua jornada para a sustentabilidade e qual o papel do Banco Europeu de Investimento para contribuir para o crescimento empresarial em Portugal.

Qual o papel do EIB no crescimento das empresas em Portugal?

O Banco Europeu de Investimento é conhecido por apoiar projetos de investimento das empresas nas áreas da transição verde e da inovação. Desenvolvemos, ao longo dos anos, um conjunto de soluções e instrumentos financeiros, que apoiam os diferentes ciclos de desenvolvimento das empresas. Começa no estágio inicial – com o apoio do Fundo Europeu de Investimento às startups-, passando pelas linhas que temos – intermediadas através dos bancos nacionais, para chegar às PME-, até ao financiamento direto – através do financiamento corporativo tradicional ou para apoiar as empresas ou projetos de maior dimensão. Todos estes segmentos são importantes para conseguirmos apoiar os objetivos ambiciosos da neutralidade carbónica e da transição para uma economia mais verde e mais sustentável.

Quais são as prioridades de financiamento para ajudar as empresas na jornada para a sustentabilidade?

O Banco Europeu de Investimento tem objetivos estratégicos bem definidos para apoiar o crescimento sustentável, entre eles estão a ação climática e a sustentabilidade ambiental, em que nos comprometemos, através das nossas diversas políticas, a alinhar todas as nossas atividades com o Acordo de Paris e pôr a nossa atividade anual a apoiar projetos que contribuam para a ação climática e sustentabilidade ambiental, objetivo este que conseguimos alcançar já em 2022 e em 2023. Alguns exemplos são os projetos de energia renovável e de gestão sustentável dos recursos naturais, desde logo promovendo a autonomia energética da União Europeia.

Estão as empresas disponíveis para assumir o risco de investir em modelos de negócio mais sustentáveis?

As empresas estão cada vez mais dispostas a investir em modelos de negócio mais sustentáveis por várias razões, desde logo porque a sustentabilidade é, e será cada vez mais, um driver de competitividade no mercado global e de acesso a financiamento no futuro. Por outro lado, quase 50% das reduções de emissões necessárias em 2050 dependem de tecnologias que se encontram na fase de protótipo ou de desenvolvimento, ou seja, que ainda não estão disponíveis no mercado. Nesse sentido, o Banco Europeu de Investimento tem um conjunto de instrumentos, seja financiamento a longo prazo, soluções de capital, de equity, ou garantias e assistência técnica, que permitem, em conjunto, contribuir para o chamado de-risking das operações, e apoiar os projetos mais inovadores, mesmo que sejam mais arriscados. Esta combinação de fatores cria um ambiente favorável para que as empresas invistam em prioridades ligadas à sustentabilidade.

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“Faz sentido as empresas terem uma área de sustentabilidade”

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 18 Junho 2024

Filipa Pantaleão, Secretária-Geral do BCSD Portugal, explicou, em entrevista ao ECO, o que se pode esperar da Conferência BCSD Portugal 2024, que acontece no dia 3 de julho, na Cordoaria Nacional.

A Conferência BCSD Portugal 2024, que acontecerá na Cordoaria Nacional, em Lisboa, no próximo dia 3 de julho, é um evento organizado pelo BCSD Portugal que tem como tema “Empresas com futuro: Como navegar para uma economia sustentável e justa?”.

São vários os líderes empresariais e especialistas de diversos setores que vão marcar presença nesta iniciativa, que pretende discutir a relação entre os drivers de sustentabilidade internos e externos e a economia regenerativa, perceber como podem as empresas que apostam na diversidade contribuir para uma economia competitiva, quais os desafios iminentes para as empresas e para o planeta e como desbloquear o financiamento e o poder das alianças para alcançar os objetivos.

Em entrevista ao ECO, Filipa Pantaleão, Secretária-Geral do BCSD Portugal, revela alguns dos detalhes do que irá acontecer na conferência, bem como alguns dos nomes que marcaram presença nos debates.

O que podemos esperar do dia 3 de julho?

Podemos esperar um grande evento, que vai reunir ideias para serem trabalhadas na área da sustentabilidade, no futuro. Nós queremos que este seja o momento alto do ano, muito focado naquilo que são os temas que importam, como o reporting, os ratings, os principais frameworks, a compliance, mas pensando no futuro. Portanto, trazemos sempre um conceito mais disruptivo.

E quem vamos ter nesta conferência?

Tentamos sempre dividir o evento em duas partes uma com oradores internacionais, que nos vêm falar das novas tendências em termos de sustentabilidade, e outra com um lado mais prático, onde convidamos os CEO e uma série de especialistas portugueses que trabalham estes temas com muita profundidade.

Trazemos o John Elkington, conhecido como um dos pais da sustentabilidade, que nos trouxe o conceito do triple bottom line, que junta não só a componente ambiental, mas a social, a económica e a de governança, e que, apesar de ter pensado neste conceito na década de 90, continua muito atual.

Temos também o John Fullerton, que também foi autor de um framework muito conhecido, que é o da economia regenerativa. Já para o tema da diversidade, equidade e inclusão, trazemos a Sara Sanford, fundadora da iniciativa do Gender Equity Now. Ainda dentro deste tema, temos também a Ursula Woodburn, do Cambridge Institute for Sustainability Leadership, e António Baldaque da Silva, do Center for Sustainable Finance e, ainda, para trazer uma perspetiva europeia, João Fonseca Santos, Head do Banco Europeu do Investimento.

Qual a importância dos temas do financiamento, das alianças e da diversidade na jornada para a sustentabilidade?

São muito importantes. O financiamento é importante porque precisamos de dirigir o dinheiro para os investimentos certos, que permitam a transição ou a implementação dos negócios de uma forma mais responsável, e esta é uma preocupação das empresas.

Depois também temos o tema da diversidade, que tem sido um assunto muito trabalhado no BCSD desde o ano passado. Nesse sentido, vamos fazer uma grande iniciativa, no próximo ano, relacionada com a igualdade de género, porque esta temática tem-nos mostrado que a criatividade, o pensamento crítico e a diversidade de opiniões vai-nos trazer um negócio feito de uma forma mais sustentável, mais diversificada e mais responsável.

Por fim, o tema as alianças também é importante porque trabalhamos muito em termos de parcerias estratégicas com os nossos associados, mas também queremos dinamizar mais este relacionamento porque é mais fácil conseguir ter um impacto coletivo do que individual. Por isso, queremos trabalhar com vários atores, chamando não só as nossas empresas, mas também o governo e outras associações, e assim ter a certeza de que conseguimos amplificar a escala da sustentabilidade com as nossas iniciativas.

Neste caminho que tem sido feito, já sente a evolução nas empresas?

Nós temos uma ferramenta, que é a Jornada 2030, que analisa a maturidade das empresas. A última análise que foi feita avaliou 80 empresas, das quais dois terços ainda estão numa fase muito inicial da jornada. Ou seja, estão na fase de conhecer e de começar a construir a sua linha estratégica de sustentabilidade. Mas nestes dois terços estamos a falar de micro e pequenas empresas, que também nos procuraram e têm pedido a ajuda do BCSD precisamente por estarem agora a começar a jornada. Portanto, eu diria que aqui também temos duas realidades, que são as empresas grandes, por um lado, e as empresas de uma dimensão menor, por outro, que estão em fases diferentes de desenvolvimento.

E é aí que entra a necessidade de ter uma pessoa, dentro da própria organização, destacada para o tema?

Sim. Eu acho que a responsabilidade para a sustentabilidade tem de estar associada a cada uma das funções, ou seja, de todas as pessoas que trabalham na organização. Mas realmente faz sentido as empresas terem uma área de sustentabilidade, que é onde vai estar toda a especialização do conhecimento e a parte mais prática, nomeadamente o apoio à gestão de topo naquilo que é a estratégia da empresa para a sustentabilidade.

Acha que, hoje, as lideranças estão sensíveis para o tema da sustentabilidade?

Sem dúvida. Já não acho que seja possível não estarem. Nós temos esse parâmetro no início da Jornada, na qual o primeiro nível é a gestão de topo ter compromisso e assumir esta liderança. Mas, tirando isso, depois é preciso alguém que faça o reporting, a gestão de riscos, e que seja o veículo de disseminação do conhecimento por todas as áreas da empresa. Eu diria que há uma responsabilidade individual, mas também no macro, onde a gestão de topo assume uma responsabilidade primordial de desenvolver a estratégia para a implementar.

O BCSD tem esse papel junto das lideranças de topo?

Temos. Nós trabalhamos com vários níveis dentro da organização e vamos querer trabalhar de forma ainda mais aprofundada. Temos eventos dedicados só à gestão de topo, como o jantar dos presidentes, do qual trazemos o conhecimento dado de forma muito rápida. Também vamos ter uma iniciativa, a lançar na conferência, dirigida aos Chief Sustainability Officers, e depois vamos trabalhando toda uma série de iniciativas, ou com os responsáveis de sustentabilidade, ou com as responsáveis de recursos humanos, ou de comunicação, conforme as temáticas.

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“O Estado deve definir a transição para a mobilidade elétrica como uma prioridade”

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 18 Junho 2024

António Pires de Lima, Presidente BCSD Portugal, explicou, em entrevista ao ECO, qual o atual panorama das empresas portuguesas relativamente à sustentabilidade.

A Cordoaria Nacional, em Lisboa, vai receber, no próximo dia 3 de julho, a Conferência BCSD Portugal 2024, um evento organizado pelo BCSD Portugal que tem como tema “Empresas com futuro: Como navegar para uma economia sustentável e justa?”.

O evento, que vai juntar vários líderes empresariais e especialistas de diversos setores, pretende discutir a relação entre os drivers de sustentabilidade internos e externos e a economia regenerativa, perceber como podem as empresas que apostam na diversidade contribuir para uma economia competitiva, quais os desafios iminentes para as empresas e para o planeta e como desbloquear o financiamento e o poder das alianças para alcançar os objetivos.

Em entrevista ao ECO, António Pires de Lima, Presidente BCSD Portugal, partilha a sua visão sobre o panorama da sustentabilidade nas empresas portuguesas, expõe alguns dos desafios desta transição, e ainda indicou possíveis soluções que a mudança seja mais rápida e justa.

As empresas em Portugal estão a ficar conscientes para o tema da sustentabilidade?

Sem dúvida. E a melhor prova disso é o crescimento do BCSD, que há cinco anos tinha menos de 100 associados e agora tem quase 200, nomeadamente através do crescimento da sua plataforma de PME. O BCSD surgiu há 25 anos como uma instituição que juntava, fundamentalmente, grandes empresas, e que apoiava as empresas a fazerem a viagem para a neutralidade carbónica, bem como para um comportamento mais responsável. Nos últimos anos, principalmente depois da pandemia, a sensibilidade a este tema cresceu muitíssimo. É um tema central da agenda política e da agenda de transformação das empresas.

Sobretudo em PME?

O crescimento tem sido uma combinação de grandes e de pequenas e médias empresas, mas é um facto de que em 2018/2019 nós já tínhamos uma plataforma de muitas grandes empresas. Portanto, é natural que o crescimento agora seja mais de PME, até porque essas têm um desafio extraordinário durante a próxima década, que passa por fazerem uma viagem transformacional e adequarem a sua forma de funcionamento, o seu método de contabilidade, para poderem fazer os reportings ambientais e darem conta da evolução que estão a fazer para cumprirem as metas de sustentabilidade, descarbonização e de biodiversidade.

Nesse sentido, o BCSD tem tido um papel central. Temos uma excelente equipa, hoje liderada pela Filipa Pantaleão, mas que conta com profissionais que fazem do BCSD o seu propósito fundamental, de grande qualidade, e que, ao nível do conhecimento, da formação, do treino, da educação, das empresas, são uma ajuda preciosa nesta transformação que está a ser requerida em muito pouco tempo às empresas portuguesas.

O que leva as empresas a se associarem ao BCSD?

Há um propósito claro das empresas que se associam, que é estarem na vanguarda desta transformação para uma economia limpa e neutra do ponto de vista de carbonização. Trata-se de uma economia que respeita a biodiversidade e que é composta por empresas que fazem da diversidade, da inclusão e da paridade das funções de maior responsabilidade uma razão de ser, e acreditam que essa diversidade e inclusão são fatores fundamentais da sua competitividade.

Primeiro, há um sentido de ideal ao pertencerem ao BCSD e, depois, há um sentido pragmático porque, de facto, o BCSD, com a sua equipa, é uma ajuda muito prática à transformação que as empresas têm de fazer, isto porque, tanto do ponto de vista de taxonomia, como do ponto de vista de formação e de educação, o tema é de uma exigência enorme, e as empresas, especialmente as PME, precisam muito deste instrumento, que é a equipa do BCSD, para ajudar nessa transformação.

Considera que as lideranças e gestão de topo estão consciencializadas para o tema da sustentabilidade?

É um caminho que se está a fazer. Eu diria que a consciência da sustentabilidade ambiental, social e da boa governação das empresas é muito maior hoje do que era há 20 anos. E há até, na sustentabilidade ambiental, um sentido de urgência que não existia no passado. E isso sente-se nas empresas.

Motivado por movimentos de fora, que pressionam as lideranças?

Motivado pela consciência política de que ou damos um contributo empresarial fundamental, ou funcionamos num registo de ameaça para as futuras gerações. E motivado também por mudanças financeiras que estão a existir.

Hoje, uma parte importante dos investidores, nomeadamente na Europa, põem uma exigência enorme nas empresas em que investem e os projetos que não têm uma visão de sustentabilidade têm mais dificuldades em atrair recursos de capital e de dívida. Por isso, isto é todo um ecossistema que se tem vindo a desenvolver e que tem ajudado muito a Europa, que está na vanguarda do caminho para a descarbonização e no respeito da biodiversidade. Acho que Portugal, de forma geral, tem-se integrado bem neste mandato em nome de uma economia verde, mas em determinadas áreas, nomeadamente a dos transportes, há um percurso muito longo a se fazer.

Ainda é muito longo?

Cerca de 30% das emissões de dióxido de carbono geradas em Portugal estão no setor dos transportes. É uma média mais alta do que a média europeia. E, por isso, estas apostas que estão agora a ser enunciadas, como a execução na Ferrovia e a transição do uso do automóvel para a mobilidade elétrica, são fundamentais. Nós temos de fazer esse caminho e usar o transporte aéreo para as viagens em que ele é fundamental, ou seja, viagens acima dos 600/800 quilómetros.

Nesse sentido, também vejo como um sinal de esperança as medidas que recentemente foram anunciadas, que permitem tirar o aeroporto de Lisboa. É preciso termos maior capacidade aeroportuária, que sirva a zona de Lisboa e o sul do país, e penso que, a partir do momento em que o processo político requereu uma metodologia de apoio técnico que resultou na proposta de Alcochete, esta é a decisão natural e que tem algumas vantagens. Isto porque é uma decisão que permite retirar o impacto ambiental do aeroporto na zona de Lisboa e isso é importante para uma instituição como o BCSD. Ainda neste ponto, as apostas que foram anunciadas na alta velocidade, que permitem fazer a ligação a Madrid, também me trazem esperança porque podem evitar uma boa parte do transporte aéreo.

Para além disso, gostaria de deixar aqui um desafio muito forte a este governo, que é agarrar o tema da transição para a mobilidade elétrica no automóvel com outra prioridade. Nós temos poucos carregadores elétricos fora dos centros urbanos para que as pessoas se sintam confortáveis em fazerem um investimento num carro 100% elétrico. Sem uma boa dotação de carregadores elétricos nas nossas vias rodoviárias, nomeadamente aproveitando o parque das áreas de serviço que já existe em todas as estradas portuguesas, é difícil fazer a transição.

E passa pelas empresas e pelo Estado?

Passa pelas empresas e pelo Estado. O Estado deve definir a transição para a mobilidade elétrica como uma prioridade e criar um mix de políticas e de incentivos do ponto de vista fiscal, do ponto de vista das novas concessões de autoestradas (que podem privilegiar a utilização de carros elétricos), e do ponto de vista da instalação de carregadores elétricos fora das zonas urbanas. São três elementos fundamentais para que a transição elétrica em Portugal possa ganhar outra aceleração, se não vamos demorar 15 a 20 anos a ter um parque fundamentalmente elétrico de automóveis.

Uma associação como o BCSD tem uma voz muito importante para estes temas. É ouvida pelas entidades governamentais?

Somos. Gostaríamos de ser mais ouvidos, com certeza. Mas nós também precisamos de fazer um esforço, com a ajuda da comunicação social, para saber dar eco aos nossos recursos do ponto de vista público.

Acho que temos feito um percurso bom e o facto de termos quase 200 associados dá-nos um peso diferente de quando éramos uma instituição que tinha 80 associados. Portanto, esta adesão maciça de empresas pequenas, médias e grandes ao BCSD e esta capacidade de resposta que a equipa tem dado no sentindo de ajudar estas empresas a fazerem esta transformação, é um fator de credibilidade muito grande para o BCSD.

Eu acredito que o universo político está interessado neste caminho para a sustentabilidade, e, nesse sentido, faz disto uma prioridade e precisa de ajuda. Então é óbvio que o BCSD tem aqui uma oportunidade de se constituir como um parceiro fundamental dos poderes públicos.

Que mensagem deixa às pessoas que se podem inscrever na conferência?

Acho que é um dia irrepetível do ponto de vista de construção de networking, de aquisição de conhecimento e de envolvimento. É um momento alto da nossa vida empresarial e daí o meu apelo para que encham as salas onde vai decorrer este evento e para que haja uma participação maciça. Há um leque de excelentes oradores, líderes empresariais e não só – tanto portugueses, como internacionais – que vão estar em Portugal, no próximo dia 3 de julho.

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Portugal estreia-se no Euro2024 com a República Checa em Leipzig

  • Lusa
  • 18 Junho 2024

No Euro2024, além dos checos, Portugal defronta ainda no Grupo F a Turquia (22 de junho, em Dortmund) e a Geórgia (26, em Gelsenkirchen).

Portugal estreia-se esta terça-feira no Euro2024 de futebol, com um duelo frente à República Checa, em Leipzig, na Alemanha, no dia em que arranca o Grupo F e em que fica fechada a primeira jornada da fase de grupos.

A seleção nacional entra em campo às 21:00 locais (20:00 horas de Lisboa), na Red Bull Arena, naquele que será o quarto duelo com os checos em fases finais de Campeonatos da Europa.

Em 1996, em Inglaterra, nos quartos-de-final, com o mítico chapéu de Karel Poborsky a Vítor Baia, a República Checa venceu a equipa das ‘quinas’ por 1-0 e seguiu em frente, mas Portugal redimiu-se nos dois duelos seguintes.

No Europeu da Áustria e Suíça, em 2008, a seleção nacional venceu por 3-1, ainda na fase de grupos, e repetiu o triunfo em 2012, na Ucrânia e Polónia, nos ‘quartos’, por 1-0.

Cristiano Ronaldo marcou nos dois triunfos e esta terça-feira vai tornar-se, certamente, o primeiro jogador a alinhar em seis fases finais do Campeonato da Europa, que não falha desde 2004.

Caso também seja utilizado, Pepe passa a somar cinco presenças em fases finais da competição e, aos 41 anos, torna-se o jogador mais velho a atuar num Europeu, batendo o recorde de 40 anos e 86 dias do antigo guarda-redes húngaro Gábor Király.

Em Leipzig, Portugal vai tentar somar a sua quarta vitória em jornadas de estreias de Europeus, depois do 3-0 à Hungria, no Euro2020, do 2-0 à Turquia, no Euro2008, e do 3-2 a Inglaterra, no Euro2000.

Esta é a nona participação de Portugal em Campeonatos da Europa, oitava consecutiva.

O encontro que marca a estreia de Portugal terá arbitragem do italiano Marco Guida.

No Euro2024, além dos checos, Portugal defronta ainda no Grupo F a Turquia (22 de junho, em Dortmund) e a Geórgia (26, em Gelsenkirchen).

No outro jogo do dia, Turquia e Geórgia defrontam-se a partir das 18:00 locais (17:00 em Lisboa) no Westfalenstadion, em Dortmund.

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Conhece a nova solução de atas digitais?

  • BRANDS' ADVOCATUS
  • 18 Junho 2024

A gestão de atas pode, agora, ser feita online. A solução chama-se Arkeyvata, uma plataforma digital onde é possível escrever e assinar atas, de fácil acesso a todos.

As atas são um instrumento utilizado para registar factos e decisões tomadas em reuniões, assembleias ou em outros contextos decisivos. São, por isso, um documento fundamental para, nomeadamente, as empresas e associações, que têm de as redigir e assinar com regularidade.

No entanto, com o mundo a tornar-se cada vez mais digital, é imperativo adaptar sistemas antigos a novas possibilidades que, além de mais práticas, podem melhorar a qualidade do próprio documento e tornar o acesso a este mais rápido e fácil por parte de todos aqueles que precisam de o assinar.

Foi a pensar nesta praticidade que surgiu a plataforma digital Arkeyvata, que disponibiliza, em tempo real, o acesso aos livros de atas de diversas entidades que se associem a esta solução. Cada entidade só terá acesso ao seu livro de atas, de forma a manter a segurança de todos os associados. Além disso, as assinaturas podem ser digitais ou manuais.

Além da praticidade, esta opção acaba por ser também mais amiga do ambiente e reduz custos, uma vez que já não haverá custos de impressão nem envio da ata física para a sua assinatura. Ao mesmo tempo, é também uma forma mais segura de guardar a informação, já que toda a informação de caráter pessoal e relativa às atas encontra-se protegida por uma capa de controlo de acesso à informação que garante que não possa ser acedida de forma indevida mediante técnicas de hacking do tipo SQL Injection ou semelhante.

Para garantir que os seus dados cheguem a todos os utilizadores com segurança, a Arkeyvata utiliza, ainda, certificados de segurança e outras medidas para garantir o mesmo nível de proteção e criptografia ao das instituições bancárias. Além da segurança física, os dados estarão sempre disponíveis, garantidos através de backups.

Diversas opções de Assinatura

Dependendo do plano contratado, existem vários tipos de assinatura disponíveis na Arkeyvata, nomeadamente:

  • Assinatura Manual: assinatura à mão.
  • Assinatura Digital:
    Cartão de Cidadão: assinatura digital através do Cartão de Cidadão com a assinatura ativada.
    Chave Móvel Digital (CMD): assinatura digital através da CMD ativa.
    Certificado Digital: certificado emitido por entidade reconhecida pelo GNS na TSL.
    Código de Assinatura (OTP): envio de código único para o dispositivo do signatário.

Pode conhecer os diferentes planos disponíveis na Arkeyvata aqui.

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Empresas com futuro: Como navegar para uma economia mais sustentável e justa?

  • BRAND'S CAPITAL VERDE
  • 18 Junho 2024

Vários líderes empresariais e especialistas de diversos setores vão marcar presença na Conferência BCSD Portugal 2024, que se realiza no dia 3 de julho, na Cordoaria Nacional, em Lisboa.

“Empresas com futuro: Como navegar para uma economia sustentável e justa?” é o mote da Conferência BCSD Portugal 2024, que acontecerá na Cordoaria Nacional, em Lisboa, no próximo dia 3 de julho.

O evento, organizado pelo BCSD Portugal, vai reunir vários líderes empresariais e especialistas de diversos setores para discutirem a relação entre os drivers de sustentabilidade internos e externos e a economia regenerativa, perceber como podem as empresas que apostam na diversidade contribuir para uma economia competitiva, quais os desafios iminentes para as empresas e para o planeta e como desbloquear o financiamento e o poder das alianças para alcançar os objetivos.

A conferência, que começa às 10 horas, conta com um programa diversificado. Começará com uma sessão de boas-vindas, feita por Filipa Pantaleão, Secretária Geral BCSD Portugal, e António Pires de Lima, Presidente BCSD Portugal, seguida de uma apresentação de John Elkington, Chairman Executivo na Volans, que irá abordar novos modelos de negócio. Depois haverá, ainda, uma apresentação de John Fullerton, Fundador do Capital Institute, dedicada aos drivers que impulsionam a transição na economia.

Depois das apresentações, haverá espaço para o primeiro painel de debate da conferência, cujos motes serão compreender a relação entre os drivers de sustentabilidade internos e externos e o fosso entre a ação necessária e as abordagens atuais. Desta conversa farão parte John Fullerton, Fundador do Capital Institute, Uta Jungermann – Director for Member Engagement& Global Network at WBCSD, Luis Rochartre, Partner & Head of Sustainability da UNOBVIOUS Solutions e a moderadora Joana Portugal Pereira, Professora Assistente do Instituto Superior Técnico.

Após o debate, a conferência terá outra apresentação, dedicada a perceber como podem as empresas que apostam na diversidade contribuir para uma economia competitiva, que terá como keynote speaker Sara Sanford, Founder of Gender Equity Now (GEN). Esta apresentação será seguida de outro painel, desta vez com o tema “Qual o estado das empresas em relação à diversidade e inclusão nos locais de trabalho?”, que terá como oradores João Günther Amaral, Chief Development Officer Sonae; Rita Nabeiro, CEO Adega Mayor; e Carlos Mota Santos, CEO Grupo Mota-Engil. A seguir ao debate será apresentada a iniciativa CSO Circle.

Na parte da tarde, o evento será dedicado a apresentações sobre os desafios que se antecipam para o planeta e para as empresas. A primeira apresentação, a cargo de Pedro Soares, Senior Ressearcher FCUL, abordará os cenários climáticos; a segunda, que terá como orador Pedro Martins Barata, Partner Get2C, vai falar sobre a descarbonização; a terceira, a cargo de Nuno Gaspar de Oliveira, CEO NBi, abordará a biodiversidade; e a quarta e última apresentação, que será feita por Pedro Faria, Environmental lead EFRAG, vai abordar o reporte.

Para fechar a conferência haverá uma conversa entre João Fonseca Santos, HeadofEIBGroup Office em Portugal, e UrsulaWoodburn, Diretora CISLEurope, CLGEurope, cujo tema será “Desbloquear o financiamento e o poder das alianças para uma economia sustentável” e contará com a moderação de António Baldaque da Silva, Professor Director Executivo do Center for SustainableFinance na CATÓLICA-LISBON.

Todos estes painéis de debate e conversas pretendem ajudar as empresas a encararem todos os desafios atuais como oportunidades, auxiliá-las a abraçarem uma liderança e cultura diversas e coesas, para que consigam prosperar de forma sustentável e justa.

Todos os interessados em assistir ao evento, devem comprar os bilhetes aqui.

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Entra nas maiores competições de Futebol do mundo

  • BRANDS' ECO
  • 18 Junho 2024

A Betano é patrocinadora do UEFA Euro 2024 e da CONMEBOL Copa América 2024, num ano de intensas disputas futebolísticas em vários cantos do globo. Portugal dá hoje o pontapé de saída frente à Chéquia.

São centenas de milhões de pessoas que, em todo o mundo, assistem e participam nas disputas futebolísticas, fazendo deste o desporto mais popular em todo o planeta. E este ano não faltam razões para saltar da cadeira: está no ar o UEFA Euro 2024 e está prestes a arrancar a CONMEBOL Copa América 2024, duas das maiores competições do mundo que contam com o patrocínio da Betano.

A marca da Kaizen Gaming é hoje indissociável do futebol de alto elevado rendimento, não tivesse esta empresa de gametech sido já parceira oficial da FIFA no Campeonato do Mundo de 2022 no Qatar. É caso para dizer que é um verdadeiro hat-trick para a Betano, mas sobretudo para os adeptos.

Em Portugal, os fãs do desporto-rei vão ter de manter a atenção focada no percurso da seleção nacional, cuja estreia acontece esta terça-feira frente à Chéquia, e torcer pela chegada à final enquanto assistem, do outro lado do oceano, às grandes exibições que são esperadas na Copa América. Para a Betano, que se tem afirmado no mercado de apostas desportivas e jogos digitais com experiências inovadoras, tecnologia de ponta e compromisso com o jogo responsável, este é o momento de dividir com adeptos de todo o mundo a alegria de ver a bola rolar.

São mesmo os adeptos quem mais ganha com o apoio da marca às duas competições internacionais de futebol, uma vitória que começou logo com o início de uma tour global para mostrar, em primeira mão, os tão desejados troféus do Euro 2024 e da Copa América 2024. A possibilidade de contactar com as taças arrancou na Roménia, onde o antigo capitão da seleção nacional, Ciprian Marica, apresentou o troféu a uma multidão de fãs num evento em Bucareste.

Em território nacional, o grande momento aconteceu na Praça Central do Colombo, em Lisboa, onde se juntaram cerca de duas mil pessoas que tiveram oportunidade não apenas de ver o grande prémio, mas também de contactar, de perto, com aquele que ficou para a história como o herói do Euro 2016, Éder.

Já o troféu CONMEBOL Copa América 2024 viajou em eventos semelhantes organizados pela Betano, que levou aos adeptos chilenos, argentinos, peruanos e mexicanos a possibilidade de ver de perto a taça que será levantada pela equipa vencedora da competição da América do Sul. No Brasil, houve ainda tempo para dois eventos realizados no Rio de Janeiro e em São Paulo, que contaram com a presença de antigos jogadores da seleção como Zinho, Elano e Carlos Germano, mas também o ex-piloto de Fórmula 1 da Ferrari, Felipe Massa.

Golo atrás de golo, sempre junto dos melhores

Mais do que apenas um logotipo nas camisolas oficiais do UEFA Euro 2024 e do CONMEBOL Copa América 2024, a Betano olha para o futebol como espelho dos princípios que regem o universo Kaizen Gaming. O amor pela competição e a vontade de superar desafios fazem parte do ADN desta empresa de gametech que tem apoiado alguns dos clubes de futebol mais proeminentes da Europa, incluindo os portugueses FC Porto, Sporting CP e S.L. Benfica, mas também o FCSB, AC Sparta Praha, FC Viktoria Plzen ou ainda o Aston Villa FC.

A trajetória de crescimento da empresa tem sido marcada pela expansão rápida e bem-sucedida, contando já com presença oficial em 16 mercados e com intenção de chegar a 26 geografias até 2026. Com os jogos do Euro a decorrer até 12 de julho e as exibições da Copa América entre 20 de junho e 14 de julho, só resta aos adeptos apertar o cinto e preparem-se para um verão cheio de futebol pela frente.

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Menos rodovia e licenciamento mais célere, a receita para um legado de energia ‘limpa’

A necessidade urgente de investir na ferrovia e de capacitar as entidades que licenciam projetos de energia renovável centraram o debate sobre a solidariedade intergeracional na Advocatus Summit.

Portugal tem “feito caminho” nas renováveis, mas para ser solidário com as próximas gerações, tem de reduzir a dependência do transporte rodoviário e acelerar o licenciamento de projetos.

Este foram duas prioridades apontadas por Ivone Rocha, sócia coordenadora da área de Energia e Recursos Naturais da TELLES, e Luísa Schmidt, socióloga, investigadora e membro do W-G for sustainable development no EEAC – European Environment and Sustainable Development Advisory Council, na 7.ª edição da Advocatus Summit, num painel sobre a “solidariedade intergeracional energética”.

“A urgência é enorme porque é justamente o setor rodoviário de que nós estamos tão dependentes que é o principal emissor, até porque temos feito caminho noutras áreas da indústria, a produção de renováveis”, afirmou Luísa Schmidt.

Ivone Rocha, sócia da TELLES, Luísa Schmidt, socióloga, investigadora e membro do W-G for sustainable development no EEAC, e Shrikesh Laxmidas, diretor do ECOHugo Amaral/ECO

“Tivemos muitos anos em que não investimos o suficiente, nem os mínimos naquilo que são os transportes públicos eficientes e limpos, ou seja, comboio e metro”, acrescentou, salientando que Portugal é o país que menos utiliza transportes públicos na UE.

Schmidt diz que apesar dos avanços na energia eólica, Portugal investe ainda pouco no solar. Os projetos solares descentralizados, nos telhados, representam uma solução apresentada por comunidades energéticas que estão surgir de forma crescente no país.

Ivone Rocha apontou que apesar de Portugal estar dotado de regulação adequada para projetos de transição energética, a implementação é lenta, devido à falta de competências.

“A norma tem que ser aceleradora e promotora da mudança, nunca bloqueadora. O licenciamento deve ser célere e simples, mais transparente e mais fácil de ser aceite pela generalidade das pessoas”.

“Nas comunidades energéticas, temos uma boa legislação, mas o que temos é uma fraca implementação. Porquê? Porque as entidades carecem de ser dotadas de meios humanos e de eficiência“, explicou. “Mais importante do que Simplex, ou tão importante quanto o Simplex, é a dotação de competências e recursos humanos”.

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Vem aí a 9.ª edição da Gala e entrega dos AmCham Tributes

  • BRANDS' ECO
  • 18 Junho 2024

O evento anual celebra a amizade entre Portugal e os Estados Unidos e distingue empresas, instituições e personalidades que contribuem para a aproximação entre os dois países.

A 9ª edição da Gala e entrega dos AmCham Tributes terá lugar no próximo dia 25 de junho, no Pestana Palace Hotel, num jantar de gala presidido pelo Ministro da Presidência, Dr. António Leitão Amaro e pela Embaixadora dos Estados Unidos em Portugal, Mrs Randi Levine. O evento contará ainda com a presença do Presidente da AICEP, Professor Doutor Ricardo Arroja.

9ª edição da Gala e entrega dos AmCham Tributes

Neste, que é um dos momentos altos da atividade da Câmara de Comércio Americana em Portugal e um evento de grande prestígio, celebra-se a amizade entre Portugal e os Estados Unidos. Durante a Gala, serão entregues os AmCham Tributes que premeiam empresas, instituições e personalidades que mais se tenham distinguido pela sua contribuição na aproximação e entendimento entre Portugal e os EUA e, muito particularmente no reforço das relações económicas e comerciais entre os dois países.

“And the winners are….”

Nesta noite serão conhecidas as quatro empresas vencedoras da 9ª edição dos AmCham Tributes. Vão ser ainda entregar os prémios “Personalidade” que este ano destacará a Professora Isabel Capeloa Gil e Garrett Mc Namara, que estarão presentes para receber o prémio. Estarão também presentes os Parceiros da AmCham Portugal, bem como com muitos Sócios e amigos, numa verdadeira festa de comemoração. Este ano o tema do jantar vai ser “Celebrating Friendship and Embracing Freedom” e contará com a colaboração de parceiros, nomeadamente a CAISL – Carlucci American International School of Lisbon e a MTL – Music Theater Lisbon, e várias outras surpresas e momentos.

Sobre os AmCham Tributes

Os AmCham Tributes são um prémio instituído pela AmCham Portugal através do qual se pretende reconhecer e premiar empresas, instituições e personalidades que mais se tenham distinguido pela sua contribuição na aproximação e entendimento entre Portugal e os Estados Unidos e, muito particularmente no reforço das relações económicas e comerciais entre os dois países. São entregues numa cerimónia com jantar da gala anual, sendo este um dos momentos altos da atividade da Câmara de Comércio Americana em Portugal e um evento de grande prestígio, onde se celebra a amizade entre Portugal e os Estados Unidos. Esta iniciativa tem também como objetivo contribuir para a divulgação das boas práticas empresariais, da excelência e do talento numa cultura empreendedora, sustentável e de espírito inovador.
O prémio personalidade distingue uma personalidade que ao longo da sua carreira tenha contribuído significativamente para a aproximação entre os dois países. Este prémio é proposto e decidido pela direção da AmCham Portugal.

Os AmCham Tributes destinam-se a empresas portuguesas ou americanas que:
• Realizaram um investimento em Portugal ou nos EUA.
• Exportaram para os EUA ou para Portugal.
• Realizaram um projeto de promoção de um dos países, criando um maior conhecimento e aproximação entre os dois países, inclusive na vertente cultural, educacional ou outra.
• Atuaram na área de defesa de interesses das comunidades de um dos dois países.
• Desenvolveram um projeto na área da Inovação, do Empreendedorismo ou da Sustentabilidade envolvendo os dois países.

Os Prémios são decididos por um Júri, presidido pelo Presidente da AmCham Portugal, e constituído por representantes de Organizações representativas das relações entre Portugal e os EUA: Embaixada dos EUA, AICEP, FLAD, Associação de Amizade Portugal e EUA e Deloitte.

Vencedores nos anos anteriores:
2023 – Miguel Stilwell e Luis Castro Henriques – “Prémios Personalidade”; CNN Portugal – “Menção Honrosa”; Amyris; Indie Campers; Davidson Kempner & Start Campus; Sword Health
2021 – FLAD – “The most engaged member”; Daniela Braga – “Prémio Personalidade do ano”; Carlos Rodrigues – “Prémio Carreira”; Colquímica Adhesives; EDP; Google e Hotel Marriott
2019 – Amyris; OutSystems;United Airlines; Rodolfo Lavrador (Presidente da Ptg-US Chamber Commerce); Dr. Francisco Pinto Balsemão, Prémio Personalidade
2017 – A-to-B powered by Brisa; Gepack e Talkdesk
2016 – Corticeira Amorim; Feedzai; IBM Portugal; Janssen Portugal e Rui Boavista Marques, delegado da AICEP em NY
2015 – Act by Cotec; Bial; BorgWarner e Fulbright
2014 – Laureate; NutriVentures; Pelcor, TAP e Dr. Charles Buchanan
2013 – Flad; Hovione; Leadership; Principal Power e Dr. Rui Manchete

Link para inscrição aqui.

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Hoje nas notícias: ADSE, UTAO e Operação Influencer

  • ECO
  • 18 Junho 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O aumento dos preços em todos os atos médicos acelerou mais de 13% a faturação média por beneficiário da ADSE, para 513,6 euros. A Unidade Técnica de Apoio Orçamental diz que é impossível calcular o impacto orçamental da devolução do tempo congelado a todas as carreiras da Administração Pública. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Revisão de tabelas puxa pela despesa da ADSE

Com o aumento de 14.333 pessoas beneficiárias da ADSE a recorrer ao sistema convencionado, a despesa média por beneficiário que recorreu ao regime convencionado subiu 13,3% no ano passado, para 513,6 euros. Estes dados constam do relatório de atividades da ADSE relativo a 2023, que justifica este aumento da faturação média com a revisão em alta da tabela que define os valores a pagar aos prestadores de saúde, como os hospitais privados, recordando que “em março houve um aumento transversal de preços em todos os atos médicos”. Não obstante, a ADSE fechou o ano passado com um resultado líquido de 161 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

UTAO não consegue dizer quanto custa devolver tempo congelado a todas as carreiras

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) calcula que a recuperação do tempo de serviço dos professores terá um custo de 469 milhões de euros brutos e 202 milhões de euros líquidos a partir de 2028. Porém, a unidade liderada por Rui Baleiras não consegue prever quanto custaria estender as medidas dos docentes às outras carreiras da Administração Pública afetadas por congelamentos e “em condições equitativas”, o que justifica com a complexidade em identificar as alterações no regime remuneratório de várias carreiras adotadas desde 2019; a dificuldade de definir o conceito de “condições de equidade”; e a inexistência de microdados para todas estas carreiras.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

António Costa foi escutado a escolher CEO da TAP

António Costa foi escutado a escolher o novo CEO da TAP no âmbito da “Operação Influencer”. O então primeiro-ministro é que avançou o nome de Luís Rodrigues, ex-presidente executivo da SATA, para a liderança da companhia aérea portuguesa, tendo-o elogiado ao ministro das Infraestruturas da altura, João Galamba. “E ele aceita?”, perguntou Galamba. António Costa respondeu que sim, contando que já tinha falado “com o Fernando” [Medina, então ministro das Finanças]. Na mesma conversa, o ex-chefe de Governo também se mostrou preocupado com a polémica indemnização a Alexandra Reis. “Os 500 mil já nos custaram muito”, desabafou Costa.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Tabaqueira promete investir mais em Portugal se Governo apoiar tabaco sem fumo

Depois de atingir os 820 milhões de euros em exportações, o presidente do conselho de administração da Tabaqueira revela que o plano da empresa passa por reforçar o investimento em Portugal, mas apela a uma visão alinhada com o Governo português no que toca aos produtos de tabaco alternativos, sendo que o iQOS já tem uma “quota de mercado de cerca de 20%” no país. Em entrevista ao Jornal Económico, Massimo Andolina realça que o acionista Philip Morris International investe “entre 15 a 20 milhões de dólares na Tabaqueira todos os anos”, acreditando que “Portugal pode ser destino de investimentos ainda maiores” face à possibilidade de uma mudança no perfil da empresa “para os produtos inovadores”.

Leia a entrevista completa no Jornal Económico (acesso pago)

Agricultores sem apoios do ano passado

Quando faltam quatro dias para o fim do prazo para os agricultores submeterem candidaturas ao Pedido Único de 2024, ainda há quem não tenha recebido as ajudas relativas ao ano passado. As organizações do setor pedem ao Governo celeridade na resolução do problema, apelando à desburocratização do processo. O Ministério da Agricultura, tutelado por José Manuel Fernandes, reconhece a demora e garante que as ajudas serão pagas até ao próximo dia 25, apontando que “está empenha em simplificar os procedimentos”.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Balseiro Lopes desafia partidos a aprovarem IRS Jovem

  • Lusa e ECO
  • 18 Junho 2024

Proposta do Governo prevê um corte de dois terços do IRS para ao jovens. Custa cerca de 1000 milhões de euros e "tem em conta uma urgência que o país tem fixar a geração mais jovem em Portugal".

A ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, desafiou os partidos da oposição a aprovarem a proposta do IRS jovem do Governo, porque fixar os jovens em Portugal deve ser uma prioridade de todos.

“A medida do IRS jovem é uma medida de grande impacto social, mas também grande impacto financeiro. São cerca de 1000 milhões de euros e tem em conta uma urgência que o país tem fixar a geração mais jovem em Portugal”, afirmou Balseiro Lopes, em entrevista à Lusa.

A proposta do Governo prevê um corte de dois terços do IRS para ao jovens, de modo a tentar “mitigar a sangria de quadros” do país.

“Este Governo não convive bem com o facto 30% jovens portugueses, neste momento, não viverem cá”, afirmou Balseiro Lopes. O “país está a perder a geração mais qualificada de sempre e nós precisamos desse talento cá”.

A proposta de alteração do IRS é progressiva, “significa isto que quem ganha mais, paga mais”.

O “Governo não mexeu na progressividade do imposto, fez um corte igual em todos os escalões, um corte de dois terços”, para que “pais e avós possam ver o crescimento dos seus filhos e dos seus netos cá”, afirmou.

Sendo uma questão fiscal, é “competência do Parlamento dizer se concorda ou não concorda com a proposta do Governo e aquilo que espera que haja alguma sensibilidade da parte dos partidos, no sentido de perceber se o êxodo e a hemorragia de jovens para fora do país é ou não uma prioridade”, explicou a ministra da Juventude, comentando as críticas feitas ao caráter progressivo da medida.

O problema do país não é termos jovens a ganharem demasiado dinheiro, é termos demasiados jovens a ganharem mal e é nisso que os partidos devem estar concentrados”, acrescentou a governante, que não quis falar do equilíbrio de forças no parlamento, mas reafirmou o empenho do executivo em “resolver problemas concretos das pessoas”.

“Relativamente aos jovens, há muita coisa a ser feita e a preocupação tem de ser, em primeiro lugar, anunciar medidas, mas, em segundo lugar, garantir que estas medidas chegam à vida dos jovens portugueses, porque durante demasiados anos foram feitos anúncios de medidas inconsequentes, de medidas anunciadas no power point”.

Os sucessivos anúncios sem serem concretizados, considerou, conduziram “à descredibilização da atividade política” e “o crescimento dos populismos é o terreno fértil que resulta da circunstância de os governos não serem capazes de resolver os problemas das pessoas”.

Por isso, como “governante, a preocupação que tenho é de resolver os problemas e de aplicar aquilo que anuncio”, disse recordando a aprovação recente, pela sua tutela, da isenção do Imposto Municipal sobre Transmissões (IMT) na compra de casas por jovens até aos 35 anos e o alargamento das condições do Porta 65 Jovem ou a distribuição gratuita produtos de higiene pessoal nos centros de saúde e nas escolas.

Este esforço legislativo não irá colocar em causa o equilíbrio das finanças do Estado, prometeu a dirigente do PSD.

“As contas públicas são um património dos governos liderados pelo PSD e, portanto, agora isso não é o destino, é condição para o exercício do nosso mandato e isso não será colocado em causa”, disse, salientando que estas medidas constam do programa de Governo.

“Não será surpreendente se o Governo quiser executar o seu programa e, portanto, é nisso que estamos concentrados naturalmente, tendo sempre preocupação da sustentabilidade das finanças públicas, porque esse é um ativo dos governos liderados pelo PSD”, acrescentou ainda.

Governo quer avaliar legislação para travar discurso de ódio

A ministra da Juventude e Modernização, sublinhou ainda que o discurso de ódio preocupa o Governo e quer avaliar a legislação, para assegurar mais proteção jurídica às vítimas e sensibilizar a sociedade.

“Os dados oficiais mostram que houve, no ano passado, um aumento de cerca de 38% deste tipo de crimes” e é “muito importante atuar na prevenção e no combate. Em segundo lugar, apostar na sensibilização da sociedade e, em terceiro lugar, apoiar as vítimas destes crimes”, afirmou a governante à Lusa, por ocasião do Dia Internacional de Combate ao Discurso de Ódio, que se assinala esta terça-feira.

O Conselho de Europa fez recentemente “um conjunto de recomendações aos seus 46 Estados-membros e há várias recomendações que devem ser ponderadas naturalmente pelo Estado português”, em particular “garantir um apoio às vítimas deste crime, apostando também na formação dos órgãos de polícia criminal”, explicou Balseiro Lopes.

No entanto, para debater este tema “é necessário o envolvimento da Assembleia da República”, disse, recordando que “houve alterações recentes já este ano ao Código Penal no seu artigo 240, número 2 e é também importante avaliar se a legislação vai ao encontro das necessidades”.

Sobre a situação política em Portugal, com o crescimento eleitoral de movimentos populistas à semelhança do que acontece um pouco no resto da Europa, Balseiro Lopes estabelece fronteiras.

“Qualquer Governo deve estar comprometido com a defesa intransigente dos direitos humanos, independentemente de ser centro-esquerda ou centro-direita” e “devemos ser implacáveis no combate a esse discurso que afeta especialmente minorias, mas nem só de minorias, como a comunidade LGBTI, mas também podemos falar das mulheres que são especialmente vulneráveis”, afirmou.

Por outro lado, “é fundamental sensibilizar a sociedade e sermos implacáveis em relação a este tipo de discurso”, disse, considerando que se trata de uma discussão de “natureza política, com grande impacto social, mas é também uma discussão eminentemente técnica” e “além do Código Penal, há outros regimes que atualmente estão em vigor e que, eventualmente, também devem ser revisitados”.

Em particular, a ministra mostra-se preocupada com as crianças e jovens, “especialmente vulneráveis relativamente a este tipo de crimes no ciberespaço”.

Nesse sentido, o Governo está a avaliar “se faz ou não sentido criar uma linha [telefónica] específica, como, por exemplo, a Polónia tem e que no ano passado registou mais de 50 mil participações, com uma equipa multidisciplinar direcionada a crianças e jovens que sejam vítimas, por exemplo, de bullying e de cyberbullying“.

Balseiro Lopes insistiu que a criminalização excessiva do discurso de ódio pode criar outros problemas. Na Internet, “é importante compatibilizar vários direitos, porque conseguirmos garantir a proteção dos direitos das pessoas na era digital, tendo também em conta que nenhum Estado será capaz de isoladamente a aplicar o que quer que seja, que não seja articulação com outros Estados”.

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