Venda de casas na União Europeia cai em 2023. Portugal está a meio da tabela

A maioria dos países reporta descidas no número de transações. A maior queda regista-se no Luxemburgo e o maior aumento no Chipre. Em Portugal, o volume de transações recuou 19,8% face a 2022.

A venda de casas na União Europeia voltou a cair em 2023 face ao ano anterior, com Portugal a fixar-se a meio da tabela com um recuo de 19,8%, informou esta terça-feira o Eurostat.

Segundo os dados do organismo de estatística europeu, em 2023, o número de transações de imóveis diminuiu em 13 dos 16 países da União Europeia para os quais existem dados disponíveis, face a 2022. A evolução marca o segundo ano consecutivo em que a maioria dos países reporta descidas no número de vendas.

As maiores descidas no número de transações, em 2023 registaram-se no Luxemburgo (-43,3%), Áustria (-26,4%), Hungria e Finlândia (ambos -24,5%). Por outro lado, os maiores aumentos verificaram-se no Chipre (+31%), na Polónia (+3,9%) e na Irlanda (+0,6%).

Fonte: Eurostat

No ano anterior, em 2022, 10 dos 16 países que reportaram dados registaram quedas no número de vendas. As maiores diminuições foram registadas na Dinamarca (-24,8%), enquanto o maior aumento no número de vendas foi no Chipre (+27,4%).

O Eurostat revela ainda que em 2020 o mercado imobiliário foi influenciado pela pandemia Covid-19, que levou a uma queda generalizada no número de transações no âmbito das medidas de confinamento, com apenas quatro dos 16 países a registarem aumentos nas vendas. Este cenário foi invertido em 2021, quando a venda de imóveis aumentou em 14 países.

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Inflação na OCDE acelera para 5,9% em maio com disparo dos preços da energia

Os preços dos bens energéticos disparam 2,5% entre os 34 países da OCDE durante o mês de maio. Foi a maior subida homóloga desde fevereiro de 2023.

A inflação tem sido um tema central nas discussões económicas globais, e os mais recentes dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) revelam que está longe de estar controlada, muito por conta do comportamento dos preços dos bens energéticos.

De acordo com um relatório da OCDE publicado esta terça-feira, a taxa de inflação homóloga média dos 38 países que fazem parte desta comunidade foi de 5,9% em maio de 2024, ficando assim ligeiramente acima dos 5,7% registados em abril.

Segundo dados da OCDE, esta aceleração deve-se, em grande parte, à subida dos preços da energia, que registaram um aumento anual de 2,5%, depois de em abril terem apresentado uma contração anual de 0,1%. “É o valor mais elevado desde fevereiro de 2023, com 24 países da OCDE a registarem um aumento dos preços”, refere a OCDE em comunicado.

Os maiores aumentos de preços da energia foram registados na Turquia, Dinamarca e Japão. “Os preços da energia na Turquia duplicaram em relação ao mesmo mês do ano anterior, devido a um efeito de base relacionado com um subsídio temporário para o gás em maio de 2023”, justificam os técnicos da OCDE.

Em Portugal, os preços dos bens energéticos registaram uma taxa homóloga de 7,8% em maio, que compara com uma subida de 7,9% contabilizados no mês anterior e com a ligeira subida de 0,3% contabilizados pela média dos 20 países da Zona Euro também em maio. Este comportamento atirou a taxa de inflação para 3,1% em maio, mais 0,9 pontos percentuais face aos 2,2% registados em abril — mas os dados mais recentes, referentes a junho, mostram uma desaceleração dos preços, com a taxa de inflação homóloga a situar-se nos 2,8%.

Os dados da OCDE mostram ainda que a inflação subjacente (excluindo energia e os bens alimentares) se manteve estável nos 6,1% entres os Estados-membros da OCDE, enquanto a inflação dos alimentos continuou a abrandar, fixando-se nos 4,8%.

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Comissão de acompanhamento dos fundos europeus no Parlamento vai produzir relatório final

Hugo Soares justificou proposta de criação da comissão com "grande preocupação sobre a execução quer do PRR quer do PT2030" e com o facto de Portugal não se poder "dar ao luxo de desperdiçar" fundos.

A Comissão Eventual de Acompanhamento da Execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Programa Portugal 2030 (PT2030), proposta pelo PSD e CDS, vai funcionar até ao final da legislatura e, no final do seu mandato, terá de apresentar um relatório final da sua atividade.

Esta comissão, cuja criação esteve envolta em críticas, tem por objetivos “garantir a transparência ao nível da informação partilhada” e criar uma análise “rigorosa da execução, da monitorização e da fiscalização dos dois programas, envolvendo todos os partidos com assento parlamentar na Assembleia da República”, lê-se na Resolução da Assembleia da República, publicada esta terça-feira, mas que tem data de 21 de junho.

Como todas as comissões parlamentares, esta também poderá realizar, “sempre que os seus membros entendam por conveniente”, audições a membros do Governo, especialistas e entidades com responsabilidade efetiva na execução do PRR e do PT2030.

O líder da bancada social-democrata, Hugo Soares, justificou a proposta de criação desta comissão com “a grande preocupação sobre a execução quer do PRR quer do PT2030″ e com o facto de Portugal não se poder “dar ao luxo de desperdiçar uma capacidade de financiamento nunca antes existente”.

O PS estava contra a criação desta comissão por considerar que não dará mais relevância ao acompanhamento da execução dos fundos comunitários. “Cabe ao atual Governo continuar o trabalho que recebeu do anterior Governo do Partido Socialista e executar proativamente os fundos atribuídos a Portugal”, disse na altura o deputado do PS, Jorge Botelho. Todos os propósitos citados para justificar a criação desta comissão podem ser assegurados pela comissão do Poder Local e Coesão Territorial, disse.

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Governo espera acordo com forças de segurança. De seguida, quer negociar com Forças Armadas

  • Lusa e ECO
  • 9 Julho 2024

Luís Montenegro disse que ainda espera que seja possível chegar a acordo com as forças de segurança e, de seguida, promete sentar-se à mesa das negociações com as Forças Armadas.

O primeiro-ministro afirmou na segunda-feira que o Governo ainda espera alcançar um acordo com os sindicatos e associações representativas das forças de segurança e que a seguir quer negociar com as Forças Armadas. Luís Montenegro falava num hotel de Lisboa, perante o Conselho Nacional do PSD, numa intervenção aberta à comunicação social.

Sobre as negociações das condições salariais das forças de segurança disse: “Ainda tenho a esperança que [esse acordo] possa ser alcançado, assim os sindicatos e as associações socioprofissionais façam a sua ponderação e reflexão finais“.

“Estamos a pensar — naturalmente, depois desta situação resolvida — promover outras negociações com outros setores da Administração Pública. Não temos capacidade para ir a todos ao mesmo tempo, mas temos que ir estabelecendo prioridades”, acrescentou. A prioridade seguinte será negociar com as Forças Armadas.

Antes destas declarações de Luís Montenegro, foi tornado público que o Conselho Superior de Defesa Nacional deu parecer favorável às propostas de ajustamentos das forças nacionais destacadas em 2024, “após ponderar a respetiva adequabilidade militar e exequibilidade financeira”. A decisão, tomada por unanimidade, consta de uma nota colocada no portal da Presidência da República na Internet.

Já esta terça-feira, o Público (acesso pago) noticia que as verbas destinadas à Defesa em cada Orçamento do Estado, que têm aumentado de ano para ano, não têm sido empregues na sua totalidade, sendo que Portugal ainda está longe de cumprir a meta da NATO de alocar 2% do PIB ao setor. Numa análise aos orçamentos para a Defesa na última década, verifica-se que, em 2023, ficaram por gastar 521 milhões de euros e, em 2020, 526 milhões. A partir da consulta da Conta Geral do Estado referente ao período entre 2014 e 2023, depreende-se que, em média, ficam por gastar 317 milhões de euros em cada ano.

Ao mesmo tempo, Bruxelas põe em cima da mesa a emissão de mais dívida comum para adicionar 500 mil milhões de euros ao investimento em Defesa da União Europeia (UE) na próxima década, adianta o Jornal de Negócios (acesso pago). A proposta, que começou a ser discutida na reunião do Conselho Europeu do final de junho, será o necessário para reforçar lacunas já identificadas nas capacidades militares críticas, mas também para avançar no eventual financiamento comum de um escudo antimíssil à dimensão do bloco comunitário, sugerida pela Polónia e a Grécia — uma ideia que, contudo, não reúne consenso entre os 27 Estados-membros.

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Desporto, ficção e informação são as apostas do novo canal da TVI

A programação desportiva será uma das apostas do novo canal, que concorre no segmento da CMTV.

A Media Capital confirmou esta terça-feira que canal TVI Ficção vai ser relançado como canal generalista, tal como o +M avançou no final de junho.

“Considerando as tendências e o comportamento dos espectadores — que cada vez mais veem o que querem quando querem — a TVI decidiu fazer evoluir a oferta do TVI Ficção para algo mais completo. Além das novelas e séries que hoje dominam a emissão, o novo canal vai exibir outros produtos de ficção internacionais, bem como programas de entretenimento, desporto e apontamentos de informação“, justifica o grupo que no cabo tem também a CNN Portugal e o TVI Reality.

A Media Capital confirma também que o novo canal, que concorre no segmento da CMTV, líder no cabo, estará presente no Meo, Nos, Vodafone e Nowo, terá como diretor de programas Hugo Andrade, que trabalhará “em estreita articulação” com o diretor-geral da TVI, José Eduardo Moniz. A informação, tal como acontece na TVI e na CNN Portugal, será liderada por Nuno Santos.

O objetivo, adianta o grupo em comunicado, será alargar o público-alvo do TVI Ficção, juntando-lhe mais segmentos. Um dos trunfos será a programação desportiva. “A cobertura de eventos e de modalidade que hoje não têm grande expressão na televisão nacional, deverá atrair mais público para o novo canal, com um perfil adulto e mais masculino“, concretiza a Media Capital.

O jornalista João Ricardo Pateiro, que deixou a TSF em maio, após quase três décadas na rádio ainda da Global Media, será um dos rostos da informação desportiva, apurou o +M.

Enquanto serviço de programas generalista, o novo projeto televisivo não será um corpo estranho no grupo de canais TVI, pelo contrário. Estará em sintonia com o seu ADN, enquanto canal falado em português e que quer estar próximo dos portugueses”, descreve o grupo.

A TVI confirmou também que já requereu as autorizações necessárias para o lançamento do novo projeto e aguarda luz verde para formalizar o anúncio público do novo canal. Será nessa altura que o grupo desvenda o nome e data de arranque do projeto.

Ao que o +M apurou a ideia será o lançamento ocorrer em agosto, eventualmente ainda na primeira quinzena, altura em que é dado o pontapé de saída na próxima época do futebol português.

O grupo, que tem ainda o TVI Reality, fará este movimento dois meses após a Medialivre, dona da CMTV, ter lançado o Now, canal de informação que por sua vez concorre no segmento da CNN e da SIC Notícias.

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Quem quer dias extra de férias pagas? Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Estamos a viver mais, mas também a trabalhar durante mais tempo. Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. Valor que dá título ao podcast do ECO sobre o que está a moldar o mercado de trabalho.

Ter mais dias de férias é só um sonho? A lei do trabalho prevê apenas 22 dias de descanso, mas há empresas que vão além disso. Neste episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro” ficamos a conhecer um desses exemplos: a tecnológica Antúrio.

A diretora de recursos humanos, Joana Santos, explica o que levou a esse reforço dos dias de férias e de que modo é que o descanso pode ser também crucial para a produtividade.

Ouça o episódio no leitor abaixo ou através deste link.

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“Sabemos que é tão importante estar focado no trabalho como é importante descansar, porque, se não houver descanso, no dia a seguir não vai haver a mesma produtividade”, sublinha Joana Santos, notando ainda que na Antúrio os dias extra de férias são usados não só para recompensar quem brilha nas avaliações, mas também quem está há mais tempo na empresa.

A responsável adianta também que esta política tem servido para captar e fidelizar profissionais, que se tem relvado crítico numa altura em que escasseiam mãos qualificadas.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de julho vamos explorar essa questão do descanso.

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Barcelos recebeu duas menções honrosas na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano

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  • 9 Julho 2024

O município de Barcelos foi distinguido com duas menções honrosas na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano, com dois projetos distintos - o programa RISEe e o NPISA.

O município de Barcelos foi recentemente distinguido na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano, com duas menções honrosas – uma para o projeto Rede de Inovação, Sucesso Educativo e Equidade (RISE) e outra para o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA).

O projeto RISEe estava inscrito na categoria Educação e Subcategoria incentivos ao sucesso Escolar, enquanto o Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA) venceu na categoria Apoio Social e Subcategoria Combate à Exclusão Social.

Em entrevista ao ECO, representantes do município explicam como se desenrolou todo o processo de criação e implementação de ambos os projetos, bem como os desafios enfrentados e os resultados práticos alcançados junto da comunidade com cada iniciativa. A entrevista está dividida em duas partes. A primeira dedicada ao projeto RISEe e e a segunda ao NPISA.

Projeto Rede de Inovação, Sucesso Educativo e Equidade (RISE)

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

O projeto RISE nasceu da necessidade de implementação de um modelo de trabalho em rede, considerando todo o ecossistema e envolvendo toda a comunidade educativa (alunos, docentes, não docentes e pais). Nesse sentido, apostou-se na criação de um conjunto de Programas: Hocus Pocus (Programas de Promoção da Literacia para a Educação Pré-Escolar e 1.º Ciclo); Projetos Educativos (Contarolar histórias, Matmatikar, Aprender a Jogar e Jogar a Aprender) e Edutalks.

O projeto foi concebido com o intuito de disseminar os avanços da investigação e da ciência nas últimas cinco décadas, especialmente no âmbito da literacia e do processo de aprendizagem, fomentando o desenvolvimento profissional do corpo docente e, consequentemente, elevar a qualidade da educação, principalmente nos primeiros níveis do sistema educativo, abrangendo a Educação Pré-Escolar e o 1º Ciclo do Ensino Básico, promovendo o sucesso escolar. Foca-se no bem-estar, na equidade e na inclusão de crianças e jovens, tal como preconizado nos princípios orientadores do Decreto-lei 54/2018. Procurou-se, ainda, contribuir para a recuperação de aprendizagens, hábitos de trabalho, desenvolvimento das funções executivas e competências sociais, que haviam sido comprometidas no período da pandemia.

O programa RISE entende o sistema educativo como um ecossistema em que todos os intervenientes se influenciam mutuamente. Assim, considera-se que este só será eficaz se influenciar todo o ecossistema educativo, nomeadamente ambientes, intervenientes (famílias, crianças, jovens, professores, lideranças, assistentes operacionais, técnicos e todos os atores deste ecossistema) e sociedade.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Este é um projeto ongoing e pressupõe formação e envolvimento dos docentes para a eficácia na sua implementação. O aprofundamento do trabalho em rede é, efetivamente, um grande desafio neste modelo colaborativo.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A ideia subjacente à escolha das categorias a concurso radicou no facto de a Educação – nomeadamente o sucesso escolar – ser considerada estratégica para o Município, enquanto instrumento de desenvolvimento e valorização das crianças e jovens do nosso território.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

O projeto teve um impacto muito positivo na literacia das crianças, sendo que esses resultados ficaram a dever-se, também, à forte adesão dos professores e ao envolvimento da comunidade, atingindo cerca de 75% de sucesso no primeiro ano de implementação.
Envolveu 63 educadores de infância e 116 professores do 1º Ciclo. Quanto aos beneficiários diretos, o programa atendeu a um total de 1255 crianças na educação Pré-Escolar, incluindo 537 finalistas, além de 1634 alunos do 1º Ciclo.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

O Município de Barcelos tem uma visão holística para a Educação no seu território, envolvendo pais e encarregados de educação, alunos, educadores, professores, técnicos especializados, assistentes operacionais e técnicos, autarquia e a sociedade civil na prossecução dos seus objetivos e projetos. Com a implementação deste ambicioso e inovador projeto, pretendeu-se proporcionar condições e apoio para que o processo de ensino e aprendizagem dos alunos do concelho se apresente numa posição de destaque e charneira, no que concerne ao cumprimento da agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Para isso, utilizaram-se todas as ferramentas de comunicação disponíveis, visando alcançar-se toda a comunidade educativa, promovendo ações (como Edutalks) em horário não coincidente com o laboral e evitando os horários de “engarrafamento” familiar, como a hora de jantar ou de convívio.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais positivamente impactados com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

O projeto em questão teve um impacto significativo em diversas áreas e setores de atuação. Em primeiro lugar, destaca-se a melhoria da Literacia Emergente das crianças da Educação Pré-Escolar. Ao promover conhecimentos sobre as convenções da escrita e ao estimular um processo de aprendizagem de leitura e escrita mais natural, o projeto contribui para o desenvolvimento das competências linguísticas das crianças dos 3 aos 6 anos.

Além disso, o projeto demonstrou ser eficaz no despertar da imaginação e da criatividade com recurso à literatura infantil. Ao expor as crianças a diferentes histórias e narrativas, o projeto não só incentiva a leitura, como também estimula a expressão criativa. Outro ponto forte do projeto foi a sua capacidade de promover a partilha de conhecimento e reflexão sobre temáticas da educação com especialistas das diversas áreas, no caso, nas Edutalks. Esta troca de ideias e experiências enriquece o processo educativo e contribui para a formação de práticas pedagógicas mais eficazes.

O projeto também se destacou no desenvolvimento de estratégias de promoção do gosto pela matemática. Além disso, ao promover uma variedade de Jogos Tradicionais em ambiente natural, o projeto criou um terreno privilegiado de aprendizagem. Esses jogos, para além de reavivarem memórias e preservarem a herança cultural entre gerações, fortaleceram o envolvimento parental na partilha das tradições antigas. O projeto da Rede de Inovação, Sucesso Educativo e Equidade demonstrou ter um impacto multifacetado e positivo, abordando várias áreas da educação e fortalecendo o envolvimento da comunidade escolar como um todo.

Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA)

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

Face ao contexto atual vivenciado pela população, as autarquias locais assumem um papel fulcral a nível de responsabilidade social.
Tendo em conta que as crises económicas são geradoras de pobreza e exclusão social, as autarquias, entidades mais próximas dos cidadãos, tentam implementar projetos, particularmente nas áreas da proteção social, educação, saúde, habitação, que respondam às necessidades mais elementares dos seus munícipes mais vulneráveis. Assim, o Município de Barcelos tem desenvolvido um conjunto de projetos e ações sociais, que visam a melhoria da qualidade de vida dos seus munícipes a viver em situação de vulnerabilidade socioeconómica. É, portanto, neste contexto que, por um lado, se dão respostas sociais, e, por outro, se promovem projetos capazes de contribuir para o quebrar do ciclo de carência, pontual ou sistémica, dos cidadãos mais vulneráveis.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Os principais constrangimentos ao desenvolvimento dos projetos sociais foram a escassez e alto preço do mercado de arrendamento privado, o elevado número de atendimentos, e o aumento do fluxo migratório, com consequentes desafios associados.
Do trabalho desenvolvido, realçam-se as respostas que são dadas através do apoio ao pagamento das rendas de casa; a criação de respostas mais ajustadas às necessidades dos beneficiários; uma maior brevidade na marcação de consultas de medicina familiar; a criação de uma equipa com elementos do SNS com maior proximidade aos beneficiários, inclusivamente com turnos de proximidade na rua para as pessoas em situação de sem-abrigo.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A ideia subjacente à escolha das categorias a concurso radicou no facto de a área da Ação Social – nomeadamente o combate à exclusão social – ser considerada estratégica para o Município, enquanto instrumento de resposta e defesa dos direitos e dignidade da pessoa humana.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Com a criação do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA), que promoveu o atual diagnóstico deste fenómeno, bem como a mobilização dos recursos necessários à resolução do problema, a estratégia adotada, desenvolvida através das parcerias com diversas instituições, conseguiu resultados muito positivos, consubstanciados na diminuição bastante significativa do número de pessoas em situação de sem-teto.

Por outro lado, através do Programa de Apoio ao Arrendamento Habitacional, cerca de 400 agregados familiares são apoiados monetariamente no pagamento da renda de casa, facto que evita que centenas de pessoas sejam impelidas a viver em situações indignas de habitabilidade.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

A relação é total uma vez que os apoios e projetos se mantêm face às necessidades e desafios cada vez mais acentuados ao nível social para os públicos mais vulneráveis.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

Os setores relacionados com a habitação e apoios envolventes e população em situação de sem-abrigo.

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Transição energética castiga salários de portugueses que trabalham em setores poluentes

Entre 14 países da OCDE, Portugal é aquele onde trabalhadores de setores poluentes que percam emprego mais veem rendimentos cair. Demora a encontrar novo emprego e salários menos atrativos explicam.

À medida que a transição energética avança, os empregos nos setores altamente poluentes tenderão a diminuir, castigando, à boleia, os rendimentos de quem lá trabalha. Mas há países onde essa pressão na carteira dos trabalhadores está a ser sentida mais do que noutros: os portugueses estão entre os que estão a sofrer mais, de acordo com um novo relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

“A transição para a neutralidade carbónica terá efeitos significativos nos mercados de trabalho”, avisa a OCDE, na nova análise divulgada esta terça-feira. “Ainda que seja necessária para combater as alterações climáticas, esta transição está a aumentar o risco de despedimentos em setores com elevados níveis de emissões de gases com efeitos de estufa“, acrescenta a organização, que prevê que, entre 2019 e 2030, o emprego nestes setores cairá, em termos anuais, mais de 2%.

E tal poderá levar a “grandes e consistentes perdas de rendimento dos trabalhadores”, sublinha a mesma organização. Contudo, nem todos os trabalhadores enfrentam as mesmas dificuldades, isto é, há “diferenças grandes” entre os vários países da OCDE.

Por exemplo, enquanto na Austrália, no Canadá, na Alemanha, na Holanda, na Noruega e na Suécia perder o posto de trabalho num setor poluente (como os transportes, a produção de energia e a indústria) leva a uma redução de menos de 30% dos rendimentos anuais, em Portugal a perda quase chega aos 70%.

Ou seja, por cá o custo do despedimento é “especialmente elevado“, salienta a referida organização. É mesmo o mais expressivo entre os 14 países analisados pelos especialistas da OCDE, como mostra o gráfico abaixo.

três fatores que explicam aquela quebra. Primeiro, o tempo que o profissional demora até encontrar uma nova oportunidade (ficar um ano inteiro sem conseguir um novo emprego é o fator que mais castiga os rendimentos dos portugueses).

Depois, há um recuo do número de dias no novo emprego face ao posto de trabalho antigo e, por fim, o facto de os salários oferecidos nas novas posições serem menos atrativos do que os anteriormente praticados.

Segundo a OCDE, os setores mais poluentes tendem a oferecer salários mais elevados, embora os trabalhadores tenham qualificações mais baixas. Logo, ficar sem esses empregos significa ter de encontrar oportunidades com vencimentos menos atrativos.

De resto, a OCDE observa que, quer estejam em causa setores altamente poluentes ou setores mais amigos do ambiente, os mercados de trabalho que funcionam bem tendem a reduzir estes custos dos despedimentos. Mas em países como Portugal, a Hungria e Espanha esse impacto é o dobro de outros países, como Austrália, Alemanha e Suécia.

“As diferenças entre países, no que diz respeito às perdas de rendimentos dos trabalhadores despedidos, refletem sobretudo divergências estruturais na dificuldade de encontrar um novo emprego e no funcionamento dos mercados do trabalho. E estas divergências estão provavelmente ligadas à presença de políticas laborais efetivas e coerentes, em particular políticas que facilitem as transições no mercado”, sublinha a OCDE.

Por exemplo, a Alemanha, a Holanda e a Dinamarca gastam o equivalente a 20% ou mais do Produto Interno Bruto (PIB) per capita com cada pessoa desempregada, e são países onde os custos do desemprego por causa da transição energética nem chega aos 30%. Já a Estónia gasta apenas 5% do PIB per capita com estes indivíduos e, nesse país, o corte no rendimento dos despedidos excede os 50%.

Perante este cenário, a OCDE recomenda que sejam implementados apoios “bem desenhados” para quem esteja sem trabalho, sublinhando que essas medidas podem ser fundamentais para mitigar a redução dos rendimentos durante o desemprego. Além disso, esses apoios ajudam a que os profissionais tenham tempo para procurar um posto de trabalho alinhado com as suas competências ou até para atualizarem os seus conhecimentos.

Políticas efetivas e visionárias de upskilling e reskilling são necessárias para apoiar as transições para indústrias emergentes e com procura”, declara, portanto, a OCDE.

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Celorico da Beira distinguido na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano

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  • 9 Julho 2024

O município de Celorico da Beira venceu a 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano com o projeto “Celorico Apoia e Ativa ++”, na categoria de Apoio Social a Famílias Carenciadas.

O município de Celorico da Beira foi recentemente distinguido na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano, na categoria de Apoio Social e subcategoria Apoio Social a Famílias Carenciadas, com o projeto “Celorico Apoia e Ativa ++”.

Este reconhecimento destaca o esforço contínuo da autarquia em promover a qualidade de vida dos seus habitantes, especialmente os mais vulneráveis, através de iniciativas inovadoras que visam a inclusão social e a melhoria do bem-estar.

Em entrevista ao ECO, representantes do município explicam o processo de criação e implementação do projeto, os desafios enfrentados e os resultados práticos alcançados junto da comunidade. Veja a entrevista completa, abaixo.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

O Município de Celorico da Beira desde cedo tem vindo a demonstrar preocupações com a qualidade de vida dos seus habitantes, como definido na sua visão. Assim, tem espoletado várias iniciativas inovadoras e diferenciadoras, que visam a melhoria da qualidade de vida e do bem-estar dos mais vulneráveis, dos idosos, dos cuidadores informais, daqueles que vivem com a problemática das demências, com o combate da exclusão social, diminuindo a precariedade das condições de habitabilidade, evitando a segregação, fomentado práticas que promovam a inclusão. Assim, realizamos várias estratégias e atividades que contribuem para diminuir as necessidades encontradas, satisfazendo as expectativas dos que necessitam e das suas famílias.

O Município pretende continuadamente atender às necessidades dos cuidadores e das suas famílias, planificando e concretizando ações interventivas que promovam a autonomia e melhorem a condição de saúde da pessoa cuidada; que promovam o relacionamento interpessoal no contexto familiar e com as redes de apoio externas; que permitam a diminuição da sobrecarga física e mental; e que criem estruturas de apoio social e psicológico, avaliando o impacto das intervenções dinamizadas na qualidade de vida e bem-estar.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

Aquando do acompanhamento realizado pelos Técnicos aos Munícipes, sistematicamente e maioritariamente realizado em contexto domiciliário, realizando inicialmente uma abordagem holística e passando, depois, para uma abordagem mais centrada nas necessidades, expectativas e potencialidades destes residentes, foram diagnosticadas várias necessidades que levaram à construção de protocolos que promovam serviços e que auxiliem as pessoas cuidadas e os seus cuidadores, em prol do bem-estar destes.

Com esta atuação, o Município pretendeu que os cuidadores e as pessoas cuidadas tivessem impacto positivo, adaptando a sua intervenção às necessidades identificadas ao longo do projeto. Nesse sentido, o projeto é e continua a ser alvo de vários momentos de avaliação: inicial/diagnóstica; intercalar e avaliação final. Acreditamos que a melhoria contínua seja a única solução para conseguir o alcance da promoção da qualidade de vida e, por conseguinte, da inclusão.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Os principais desafios prendem-se com a falta de uma rede de transportes que os impossibilitam de realizar, em grupo, atividades promovidas por nós e que visam combater a solidão, promover atividades psicossociais, desenvolvimento de atividades de grupo de ajuda mútua, atividades de desenvolvimento e estimulação cognitiva. A superação destes desafios foi realizada descentralizando estas atividades e realizando outras em contexto domiciliário.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A categoria Apoio Social e a subcategoria Apoio social a Famílias Carenciadas encontravam-se correlacionadas diretamente com os objetivos do projeto. Este projeto assumiu-se como uma iniciativa de caráter social e inovador, regendo-se pela abordagem da Humanitude, que visa a promoção do bem-estar na prestação de cuidados.

Em Portugal, a família continua a ter o papel de principal responsável pelas tarefas de cuidar, mesmo com as modificações a que a família tem sido sujeita ao longo dos anos. Ainda que o papel de Cuidadores Informais preveja assumir voluntariamente essa função, o facto é que raros são os casos em que o cuidador é absolutamente voluntário e estando devidamente preparado para tal. Tornam-se Cuidadores por via das circunstâncias, que assim o exigem, porque alguém precisa de si para continuar a viver com dignidade e com necessidades básicas por assegurar. Cuidar no seio familiar constitui uma experiência que acarreta a necessidade de redefinir relações e papéis, um evento propiciador de grandes alterações e adaptações nas dinâmicas e vida familiar.

Esta realidade tem sido preocupação concelhia e nacional, como podemos comprovar pelos diferentes e atualizados documentos institucionais e orientadores, que de forma normativa se debruçaram sobre esta problemática. Citemos como referência o reconhecimento do Estatuto do Cuidador Informal e da importância destes numa sociedade cada vez mais envelhecida. É um ato exigente e desgastante, devido ao cuidado direto da pessoa dependente e das tarefas diárias de vida exigidas, acrescendo ainda as dificuldades ligadas à forma como o cuidador perceciona essa mesma prestação de cuidados.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Atualmente, o Município acompanha cerca de 70 famílias e tenta satisfazer as necessidades encontradas, reencaminhando estes indivíduos para programas ou respostas sociais, sempre com ajuda da equipa multidisciplinar. Foram encaminhadas para as seguintes respostas/serviços os seguintes munícipes:

  • Serviço de Apoio Domiciliário – 15 munícipes;
  • Programa Abem: Rede Solidária do Medicamento – 16 famílias;
  • Programa de Apoio à habitação – 20 famílias;
  • Programa “Teleassistência” – 18 famílias;
  • Referenciação para Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas – 9 munícipes;
  • Integração em Emprego/Formação Profissional, adaptada a DEF/INC 3.0.1 – 18 munícipes;
  • Prestações Sociais ISS, I.P – 60 famílias;
  • Encaminhamentos para Centros de Recursos- Apoios SAPA – 5 famílias;
  • Auxílio na realização de manifestações de interesse e integração laboral – 50 utentes.
Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

Tendo em conta o feedback obtido junto das famílias, das pessoas cuidadas, e da avaliação realizada, pode-se afirmar que a intervenção desenvolvida pelos técnicos do município tem sido positiva. As famílias, cuidadores e pessoas cuidadas, desempregados, pessoa com deficiência e/ou incapacidade, referem que este acompanhamento tem contribuído positivamente para o seu bem-estar e para o bem-estar da pessoa cuidada e que, relativamente ao apoio burocrático, este tem sido muito importante para o seu conhecimento e compreensão daquilo que são os seus direitos enquanto cidadãos, cuidadores informais ou beneficiários. A intervenção foi bem-sucedida nesta vertente, uma vez que auxiliou no pedido de várias Prestações Sociais do ISS, I.P., conseguindo aumentar o rendimento mensal por agregado familiar.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados positivamente com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

O ciclo de conversas temáticas, mensais, abertas à comunidade, intituladas “Ativar + Mente”, onde as problemáticas de saúde física, psicológica, fisiológica são debatidas, por se constituírem um espaço privilegiado de aconselhamento e de convívio, onde se partilham anseios e expectativas.

As atividades realizadas nos grupos de ajuda mútua com os cuidadores informais foram também consideradas muito positivas, uma vez que reduzem o desgaste físico e mental dos cuidadores e das próprias pessoas cuidadas.

A integração nas várias ações de formação profissional adaptadas para pessoas com deficiência e/ou incapacidade ou a integração destes em medidas de apoios ao emprego, ou a atribuição de produtos SAPA, sempre que prescritos pelos centros de recursos, com o encaminhamento e acompanhamento da equipa, satisfizeram necessidades e promoveram as suas potencialidades, desenvolvimento de competências pessoais, sociais e profissionais necessárias à sua integração, sempre que possível, em regime normal de trabalho.

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Câmara de Cascais vence Grande Prémio no Prémio Autarquia do Ano

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  • 9 Julho 2024

A Câmara Municipal de Cascais venceu o Grande Prémio na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano com o projeto Cascais Mentalmente. A iniciativa foi distinguida na categoria saúde e bem-estar.

A 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano atribuiu o Grande Prémio à Câmara Municipal de Cascais, que se candidatou com o Projeto Cascais Mentalmente.

Os detalhes da iniciativa, distinguida na categoria Saúde e Bem-estar e na subcategoria Apoio à Saúde Mental, foram explicados, em entrevista ao ECO, pela autarquia.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

O processo de criação e implementação do “Cascais Mentalmente” envolveu uma análise detalhada das necessidades de saúde mental da comunidade de Cascais, seguida pelo desenvolvimento de uma estratégia integrada que combinasse prevenção, tratamento e promoção do bem-estar mental. A iniciativa foi estruturada para ser inclusiva e acessível, integrando serviços como consultas de saúde mental, terapias especializadas e programas de integração social. A colaboração entre diferentes departamentos municipais e parceiros locais foi crucial para o lançamento eficaz das várias componentes do programa.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

A necessidade de abordar a saúde mental como um componente essencial do bem-estar geral da população de Cascais foi o principal motor por detrás do desenvolvimento do projeto. Reconhecendo a alta prevalência de perturbações mentais em Portugal e a importância de um acesso facilitado a cuidados de saúde mental, o município identificou a urgência de implementar uma solução abrangente que pudesse servir a todos os segmentos da população.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Um dos maiores desafios foi a integração de serviços de saúde mental no sistema de saúde pública existente, garantindo a acessibilidade e a qualidade dos serviços. Este desafio foi superado através da descentralização dos serviços, a criação de programas como “Consultas Sem Paredes” e “Laboratórios Vida Cascais” e parcerias estratégicas com entidades de saúde locais e nacionais, que permitiram uma oferta mais diversificada e acessível de serviços de saúde mental.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A escolha da categoria baseou-se no impacto significativo e na inovação do projeto “Cascais Mentalmente”. Considerando que o projeto aborda uma área crítica de intervenção – a saúde mental – e apresenta soluções inovadoras e integrativas, a categoria foi selecionada para destacar como o município de Cascais está a liderar em práticas inovadoras no governo local.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Os resultados práticos incluíram o aumento significativo no acesso a serviços de saúde mental, com mais de 6699 consultas realizadas e a inclusão de 523 pessoas no programa só em 2023. A implementação do programa contribuiu para a redução do estigma associado à saúde mental e melhorou a qualidade de vida dos participantes através de serviços acessíveis e de qualidade.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

O projeto “Cascais Mentalmente” está alinhado com os objetivos estratégicos de Cascais para 2024, que incluem a promoção da inclusão social, a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos e a inovação nos serviços públicos. O programa representa uma parte vital da visão de longo prazo do município para garantir que todos os residentes possam desfrutar de uma vida saudável e plena.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

As áreas mais impactadas incluem saúde, educação e integração social. Os pontos fortes do projeto são a sua abordagem holística e inclusiva, que não só oferece tratamento como também enfatiza a prevenção e a promoção da saúde mental. A integração da saúde mental nas zonas urbanas sensíveis, disponibilização de programas de regulação emocional nas escolas e a colaboração com o setor social, promovendo a equidade no acesso a serviços de saúde mental que no nosso Município assumem um caráter universal e tendencialmente gratuito.

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Vila Verde recebeu menção honrosa na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano

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  • 9 Julho 2024

O município de Vila Verde foi premiado na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano com o projeto SANUS, que promove a saúde e bem-estar dos trabalhadores.

O projeto SANUS, promovido pelo município de Vila Verde, foi destacado com uma menção honrosa na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano, na categoria Desporto e Vida Saudável, subcategoria Promoção de Estilo de Vida Saudável.

Este reconhecimento valoriza as iniciativas inovadoras implementadas pelo município para promover a saúde e o bem-estar dos seus trabalhadores.

Em entrevista ao ECO, representantes da autarquia detalham o processo de criação e implementação do projeto, os desafios enfrentados e os resultados alcançados.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto, que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A Organização Mundial de Saúde reconhece o local de trabalho enquanto área crucial para promover atitudes alimentares saudáveis, visando a prevenção de doenças crónicas não transmissíveis, com a consequente eventualidade de extrapolação das mesmas no ambiente familiar. Nesse sentido, promover atividades que permitam um correto diagnóstico do estado de saúde dos colaboradores, com a identificação dos seus estilos de vida e atitudes sobre alimentação, poderão auxiliar a gestão de topo no reconhecimento dos pontos mais sensíveis para o desenvolvimento e implementação de estratégias, que possibilitem uma melhor qualidade de vida dos colaboradores, assim como a melhoria do seu estado de saúde.

Com base nesta realidade laboral, em 2019, o Município de Vila Verde (MVV), através da Divisão de Recursos Humanos, decidiu dinamizar um projeto com vista à promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores, denominado: Projeto SANUS – saúde e bem-estar no local de trabalho. Este projeto assentou em duas vertentes: o desenvolvimento do projeto “Mind at Work”, através de uma parceria com a ENCONTRAR+SE – Associação para a Promoção da Saúde Mental, que visava a conciliação da vida pessoal, familiar e profissional, sendo co-financiado pela Direção Geral da Saúde (DGS); e a promoção da saúde no local de trabalho, através da realização de atividades estratégicas. O principal objetivo consistiu em possibilitar aos trabalhadores o rápido acesso à informação, formação, cuidados de saúde física e mental. Neste sentido, foram promovidas várias iniciativas, em diversas áreas, desde a saúde mental, saúde física, conciliação da vida pessoal e profissional, entre outras.

Em 2020 demos continuidade ao projeto iniciado no ano anterior, contudo, devido à COVID-19, as atividades foram suspensas. No sentido de prepararmos o relançamento do Projeto, em 2022 foi realizado um levantamento de necessidades na área da Nutrição, Saúde e Bem-estar, através de criação de um questionário, em formato Google Forms e em formato papel (destinado aos colaboradores cujo posto de trabalho não dispõe de computador), com posterior análise dos dados recolhidos. Após a análise estatística, e de forma a atingir os objetivos do projeto, compreendeu-se a necessidade de elaborar e distribuir um 2º questionário (nos mesmos modelos do primeiro), tendo por base a oferta formativa interna e das duas entidades parceiras externas, com o propósito de aferir as preferências específicas no que concerne à formação (temáticas; no de horas; horário laboral/pós-laboral; e formato).

Por último, não menos importante, foram analisados os dados da análise diagnóstica resultante do Relatório de Avaliação Riscos Psicossociais elaborado pela SEPRI (empresa de segurança e saúde no trabalho), dos Relatórios Consulta aos Trabalhadores em Matéria de Segurança e Saúde no Trabalho lançado pela SEPRI; do Programa integrado de promoção da saúde mental” MIND AT WORK”, desenvolvido pela ENCONTRAR+SE e do Plano Municipal para a Igualdade e não Discriminação 2022-2027.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

O SANUS 03 – projeto na sua 3ª edição – em 2023, teve como lema “Trabalho Seguro e Saudável” e como principais objetivos consciencializar os trabalhadores do município relativamente à importância da segurança no local de trabalho e criar condições para uma melhoria contínua do estado de saúde física, mental e do seu bem-estar.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

Durante a execução do Projeto SANUS 03, um dos desafios prendeu-se com o facto de haver alguns constrangimentos demonstrados pelas chefias em encaminhar trabalhadores com vista à participação nas atividades propostas pelo projeto.

Este desafio foi sendo superado durante a vigência do projeto, através da implementação de estratégias flexíveis, como a oferta de atividades na modalidade online e iniciativas em horários mais convenientes, como intervalos para o almoço ou na última meia hora de trabalho. Além disso, a comunicação eficaz foi fundamental para sensibilizar os trabalhadores sobre a importância das atividades para sua saúde e bem-estar.

Outro dos desafios teve que ver com a falta de conhecimento mais aprofundado sobre o projeto SANUS. Essas dificuldades foram sendo ultrapassadas por meio de campanhas de divulgação mais abrangentes nos canais usados pela equipa (e-mail, redes sociais e panfletos/flyers), da realização de sessões informativas e do envolvimento de chefias na promoção à participação. Apesar dos avanços alcançados, continua a ser premente o envolvimento dos dirigentes para que o Projeto SANUS possa alcançar os seus objetivos de promoção de uma cultura de saúde e bem-estar no local de trabalho.

Para facilitar a comunicação, foi criado um endereço eletrónico privilegiado para disseminação de todas atividades, bem como uma página Facebook do projeto, na qual são publicados eventos dirigidos à comunidade geral e a um grupo fechado, apenas para colaboradores, no qual se difundem ações específicas, receitas saudáveis e aconselhamento relacionado com a saúde e bem-estar para os trabalhadores. Conscientes que, por vezes, não é fácil a leitura atempada de todos e-mails, foi concebido um calendário físico, que posteriormente foi distribuído por cada gabinete dos vários edifícios pertencentes ao MVV, onde estavam indicadas as datas das iniciativas, horário, local, formato e parcerias.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

O processo de escolha da categoria para inscrição na 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano envolveu uma análise cuidada das áreas de atuação e impacto do Projeto SANUS. Dado o foco do projeto na promoção da saúde e bem-estar dos trabalhadores do município, a categoria escolhida foi “Desporto e Vida Saudável – Promoção de Vida Saudável”. Esta categoria geralmente reconhece iniciativas que demonstram inovação, eficácia e impacto positivo na qualidade de vida da comunidade. Ora o Projeto SANUS inovou ao focar a sua atenção nos seus ativos, os trabalhadores e as suas famílias. Na verdade, o Município de Vila Verde é uma família de famílias! Em suma, a escolha da categoria refletiu a natureza e os objetivos específicos do Projeto SANUS, destacando os seus esforços em melhorar as condições de trabalho e a saúde física e mental.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Partindo do princípio de que estamos perante um “projeto” em constante construção, o SANUS conseguiu (nos poucos anos de vida) aumentar a literacia em saúde, dotar os trabalhadores de estratégias que permitam uma mudança autónoma de comportamentos saudáveis. Para além disso, contribuiu para melhorar o equilíbrio entre a vida profissional, pessoal e familiar dos colaboradores, aumentando o sucesso da entidade.

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

A saúde física e emocional e o bem-estar são desígnios do Município de Vila Verde, por isso, constituem um dos Objetivos Estratégicos definidos pelo Órgão Executivo.

A própria estrutura orgânica espelha esta realidade, dado que existe um Gabinete de Saúde e Bem-Estar sob a dependência da Divisão Recursos Humanos. Acresce referir que saúde física e emocional e o bem-estar constam da missão da Divisão Recursos Humanos e fazem parte das suas competências.

Quais as áreas e setores de atuação que foram mais impactados, positivamente, com o projeto em causa? Quais os seus pontos fortes?

O SANUS 03 dinamizou um leque de ações muito diversificado, contudo, podemos destacar as seguintes áreas: nutrição; ginástica laboral e on the job; presença constante de um profissional de saúde nas instalações; literacia em saúde; psicologia; realização de uma feira da saúde; criação de um núcleo PROVE, na câmara.

É um projeto inovador porque é dinamizado pela Divisão Recursos Humanos em parceria com outras unidades orgânicas do MVV, agrupamentos de escolas e entidades públicas e privadas. Tradicionalmente, a Gestão de Recursos Humanos é vista como uma atividade burocrática e operacional, e não como uma área estratégica para a prosperidade organizacional. Queremos fazer e contribuir para essa mudança!

É um projeto responsável e integrador, já que desenvolveu ações em áreas muito diversificadas, cruciais para o bem-estar, tendo em vista ir ao encontro das necessidades e expectativas de todos os colaboradores. É, também, um projeto ousado, pois, com foco nos trabalhadores, ousou lançar iniciativas para a comunidade educativa e população em geral porque todos partilhamos o mesmo território, que queremos saudável.

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Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho premiada na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano

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  • 9 Julho 2024

A Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho foi premiada na 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano, com o projeto "Jogos da Freguesia", distinguido na categoria Cultura e Património.

A Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho foi uma das participantes da 5ª edição do Prémio Autarquia do Ano e acabou mesmo por ser distinguida, na categoria de Cultura e Património e Subcategoria Cultura Popular, com o projeto Jogos da Freguesia, um projeto que envolve toda a comunidade, desde os mais novos aos mais velhos, e pretende resgatar antigos costumes.

Helena Correia, Presidente da Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho, explica, em entrevista ao ECO, em que consiste o projeto e por que decidiram candidatá-lo ao Prémio Autarquia do Ano.

Qual o processo inerente à criação e implementação do projeto que acabou por se tornar vencedor nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

A realização da atividade Jogos da Freguesia resulta, desde a sua primeira edição, na vontade de manter vivas na comunidade as realizações da cultura imaterial ligadas aos jogos tradicionais. Contamos, desde o início, com o apoio do Professor Mário Maia na elaboração dos materiais e contexto científico dos diferentes jogos escolhidos em cada uma das edições. A XIX edição dos Jogos da Freguesia da Lousã e Vilarinho (XIX JFLV) realizou-se no dia 10 de abril e a II Edição dos MiniJogos no dia 11 de abril de 2024. Nesta atividade são parceiros da organização, desde a sua primeira edição (2006), a Junta de Freguesia da Lousã e Vilarinho (JFLV) e o Agrupamento de Escolas da Lousã (AEL), através da sua Direção e do Grupo de Educação Física.

Quais foram as razões e necessidades que levaram ao desenvolvimento do projeto em questão?

Esta atividade insere-se num projeto de preservação da cultura imaterial, nomeadamente os jogos tradicionais e tem sido dirigida para os jovens com idades entre os 6 e os 15 anos, distribuídos pelos três ciclos de ensino (1º, 2º e 3º) que frequentam o AEL. Recentemente, por solicitação do AEL, dos professores e pais do pré-escolar, a que a JFLV logo deu parecer favorável, os alunos dos 3, 4 e 5 (pré-escolar) anos tornaram a integrar o projeto, compreendendo, assim, a participação em dias diferenciados dos quatro ciclos de ensino dos alunos que frequentam o AEL.

Quais foram os principais desafios enfrentados durante a execução do projeto e como foram superados?

A preparação deste evento continua a ser um desafio e um teste à capacidade de organização da Junta de Freguesia de Lousã e Vilarinho (JFLV), ao AEL e ao GAD de Educação Física do AEL, que, desde o primeiro evento (2006), foi integrando outros alunos de diferentes ciclos de ensino que frequentam o AEL. Com a inclusão dos alunos do 3º ciclo (7º, 8º e 9º anos), o trabalho de organização desta atividade requer a observação de outros requisitos, uma vez que este ano se movimentaram mais de 1600 alunos, o que obrigou à implementação de um grupo de trabalho (GT Jogos da Freguesia) formada por professores, pais e encarregados de educação, antigos alunos e Executivo. A participação dos alunos requer uma autorização expressa dos seus Encarregados de Educação, para participação na atividade, recolha de imagem e preenchimentos dos inquéritos de avaliação. Aos alunos juntaram-se mais 30 utentes da Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados da Lousã (ARCIL) e 17 utentes da Santa Casa da Misericórdia da Lousã. Assim, o primeiro desafio é a questão logística referida acima. O segundo grande desafio tem a ver com a formação que é dada pelo Professor Mário Maia a um total de 230 voluntários (2024), respeitando as disponibilidades dos diferentes grupos em dias da semana e fins de semana.

A sustentabilidade deste projeto é baseada no envolvimento de um conjunto de voluntários pertencentes a agentes envolvidos com a JFLV e AEL, nomeadamente, alunos do Ensino Secundário (10º, 11º e 12º anos), pais e encarregados de educação (EE) em representação das diferentes Associações de Pais e E. de Educação do AEL, alunos e professores da Escola Profissional da Lousã (Status), da Associação ACTIVAR e os professores do AEL, professores do 1º ciclo, 2º ciclo e 3º ciclo, professores das AEC (Câmara Municipal da Lousã) para além da Direção do AEL e da Equipa da JF.

A diversificação dos espaços foi outra das preocupações que se tiveram em conta, uma vez que na procura da proteção e sustentabilidade ambiental se fomenta, o máximo possível, a deslocação a pé em detrimento do uso de autocarros. Assim, este ano, os alunos foram dirigidos para quatro espaços de lazer, que devidamente organizados e preparados, proporcionaram a vivência dos 33 jogos distribuídos pelas 60 caixas, nos espaços: Estádio Municipal de Rugby da Lousã (RCL), Campo de Futebol Dr. José Pinto de Aguiar (CDL), Escola Básica no 2 da Lousã e Parque Urbano da Lousã. Esta enorme quantidade de alunos obrigou-nos a recorrer à reutilização de material alternativo, reutilizando garrafas de água, cartões, madeiras, rolhas, tampinhas de lata ou plástico. Todo o material utilizado foi confecionado pelo grupo de trabalho, de forma a manter um dos objetivos principais em que todos os alunos participantes estão ocupados, ao mesmo tempo, no seu espaço, jogando e interagindo com os seus colegas. No dia e dependendo das condições meteorológicas, podemos ter que fazer ajustes na hora da realização da atividade, sobretudo nos Jogos do Pré-Escolar. Depois de tudo preparado e organizado, podemos então ter o gosto de ver a nossa comunidade escolar a jogar alegremente. A superação de todas as dificuldades que envolvem organizar uma atividade com tão grande número de participantes, e de escalões etários tão diferentes, é uma boa preparação antecipada e a capacidade que temos de trabalhar em equipa.

Como foi o processo de escolha da categoria a inscrever nesta 5ª Edição do Prémio Autarquia do Ano?

O reconhecimento desta atividade tem merecido um destaque muito significativo por algumas instituições Europeias e Internacionais, nomeadamente, pela Associação Europeia de Jogos e Desportos Tradicionais (AEJeST) (com a qual assinamos um protocolo de colaboração) e pelo Instituto Nacional de Educação Física de Barcelona, Campus de Lérida (INEFC), permitindo, ao longo dos anos a participação dos alunos do AEL em projetos de investigação (como o projeto BRIDGE) e a partir do ano de 2019 a sua a inclusão no Projeto Erasmus+ “Opportunity”. Este último projeto tem como grande objetivo formar docentes, desenvolver documentos de apoio e avaliar a inclusão social e a equidade de género através da vivência de jogos que fazem parte do universo cultural tradicional local e onde se incluem outros jogos tradicionais nacionais e europeus. Temos também o reconhecimento do nosso concelho, já que todas as escolas são envolvidas, e não só as da freguesia. Esta é uma atividade integralmente dinamizada e jogada pela comunidade escolar já que são os alunos mais velhos, do secundário, que já participaram em edições anteriores, que dinamizam as caixas de jogo. Temos ainda associado ao projeto Jogos da Freguesia um conjunto de conferências que marcaram os 10 anos da atividade com a presença de palestrantes de renome na área. Foi por este percurso que o executivo entendeu concorrer ao Prémio Autarquia do Ano na categoria Cultura e Património, subcategoria Cultura Popular. Esta candidatura e a distinção recebida reforçam a importância da dinâmica conseguida na atividade Jogos da Freguesia e, posteriormente, Jogos da Freguesia na Rua.

Quais foram os resultados práticos da implementação do projeto em questão junto da sua comunidade?

Os Jogos da Freguesia têm por objetivo principal a revitalização e a preservação destas manifestações desportivas não institucionalizadas, sendo promovida a igualdade de género, de oportunidades, inscritas num princípio da inclusão social. Promove uma convivência salutar, orientada para a paz, sob os auspícios das orientações da UNESCO (Plano Kazan, 2017) e da ONU (agenda cultural 2030), que estabelecem como objetivos para o desenvolvimento sustentável prioritário, a salvaguarda e a promoção dos jogos tradicionais (JDT) e os valores que os acompanham, considerados como património cultural imaterial. A memória dos nossos antepassados (dos nossos avós e pais) tem, neste dia, um merecido destaque, uma vez que, ao manter vivas estas tradições se preserva a cultura imaterial local e internacional, fomentando o gosto e o conhecimento destas práticas junto da população mais jovem. Pretende-se proporcionar uma educação mais inclusiva, mais equitativa e, num claro contributo para uma educação de uma sociedade mais justa, a promoção de uma cidadania mais pró-ativa e orientada para uma educação para a paz. Neste momento, estamos já a conseguir devolver os jogos aos locais onde se jogavam: associações recreativas, espaços públicos, etc, com a organização de torneios (Torneio do Jogos do Burro e Torneio da Malha).

Como descreveria a relação entre o projeto em questão e os objetivos traçados pelo seu município para 2024?

Por todas as razões expostas, toda a atividade “Jogos da Freguesia” cumpre os objetivos deste e de anteriores executivos da Junta de Freguesia. Está ainda claramente alinhada com os objetivos que cumprimos para sermos Eco Freguesia XXI, galardão que mantemos desde 2019.

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