Portugal lidera criação de empresas na UE, mas insolvências retomam tendência de subida
Os pedidos de insolvências retomaram a tendência de subida no segundo trimestre do ano, após um abrandamento de 2,8% nos primeiros três meses de 2024.
Portugal liderou a criação de empresas na União Europeia, no segundo trimestre do ano, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pelo Eurostat. Apesar desta evolução positiva, o número de insolvências no país voltou a aumentar entre abril e junho e superou a média europeia, confirmando que ainda há muitos negócios que continuam a enfrentar problemas.
O número de pedidos de falência na União Europeia aumentou 3,1% no segundo trimestre do ano, face aos primeiros três meses de 2024, revela o gabinete de estatísticas europeu. Ao mesmo tempo que as insolvências aumentaram, o registo de novos negócios baixou 2,1%.
“Enquanto o número de declarações de falência aumentaram, os setores da economia comportaram-se de forma diferente”, explica o Eurostat, detalhando que as insolvências aumentaram na construção (3,8%), atividades financeiras (2,6%), comércio (2,4%) e na indústria (1,6%). Já os setores da informação e comunicação (-4,8%), transportes (-1,6%) e serviços de acomodação e comida (-1,1%) registaram uma descida das insolvências.
Segundo o Eurostat, olhando para os países da União Europeia, Portugal liderou o registo de novos negócios, com um aumento de 7,6% face ao primeiro trimestre, seguido da Letónia, com uma subida de 5,6% e pela Roménia, com um aumento de 2,2%.
No que diz respeito às insolvências, o número de pedidos de falência no país cresceu 3,9% face aos primeiros três meses do ano, um aumento que supera a média europeia e que contraria a descida de 2,8% nas insolvências registadas em Portugal no primeiro trimestre de 2024.
No contexto europeu, a Grécia liderou as insolvências, com um disparo de 133,4%, seguida pela Lituânia e pela Eslováquia, com aumentos de 16.7% e 7,6%, respetivamente. Já as maiores descidas nas declarações de insolvências pertenceram à Letónia (-21,4%), Suécia (-14,7%) e Luxemburgo (-8,2%).
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