Seguradoras consideram que regulação europeia trava competitividade do setor
Posição reforçada após a divulgação do relatório do ex-presidente do Banco Central Europeu que defende uma europa mais competitiva, com mais investimento e poupança e menos burocrática.
A diretora-geral da Insurance Europeu, Michaela Koller, considera que União Europeia (UE) deve repensar a forma como estabelece as regras comunitárias para que a regulação sirva para apoiar e não travar a indústria de oferecer produtos, criar empregos, apoiar a inovação e investir, segundo comunicado da federação que reúne as associações de seguradoras, em Portugal a APS, de toda a Europa.
Este é um tema de interesse para a federação que já relembrou os novos membros do Parlamento Europeu do objetivo da Comissão Europeia em reduzir em 25% a carga burocrática e aproveitou o relatório elaborado por Mario Draghi, antigo presidente do Banco Central Europeu, para dar destaque as suas reivindicações.
Mario Draghi encoraja priorizar a competitividade da UE e defende ser essencial aumentar o fluxo de investimentos e poupança na UE, garantir os planos de descarbonização da Europa fazem parte de um plano coerente mais vasto e reduzir a carga regulamentar no espaço comunitário.
A diretora-geral da federação concorda com as prioridades listadas no relatório, mas considera que é necessário um plano claro para o setor poder trabalhar no seu potencial máximo.
Segundo Michaela Koller, para a Europa não ficar atrás no cenário mundial “precisa de desbloquear mais investimento privado para fazer avançar a inovação, a sustentabilidade e a digitalização, tem de repensar a forma como a União Europeia (UE) estabelece as regras, de modo a que a regulamentação apoie, e não trave, a capacidade do setor dos seguros de proporcionar proteção, criar emprego, apoiar a inovação e investir na economia. O relatório oferece a ambição certa, mas precisamos de um plano de ação mais claro que permita ao nosso setor desempenhar plenamente o seu papel”.
O relatório do ex-primeiro-ministro italiano reconhece a necessidade de um “investimento maciço e sem precedentes numa perspetiva histórica” de cerca 750 a 800 mil milhões de euros adicionais por ano. Nesse sentido, a federação salienta que pode contribuir mais para atingir esse marco, dado o seu papel como principal investidor institucional a longo prazo europeu. Investimento que podia ser impulsionado por uma menor carga burocrática, referem.
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