Montenegro reitera que privatização da TAP não avança sem garantir hub de Lisboa e rotas estratégicas
Embora a visão do Governo para a TAP "seja a de privatização, de gestão privada e e capital privada", o primeiro-ministro não abre mão de um hub em Lisboa e rotas estratégicas.
O primeiro-ministro reiterou esta quinta-feira que, sem estar garantida manutenção do hub da TAP em Portugal e a operação de rotas estratégicas para o país, o Governo “tomará em mão a operação” da companhia aérea.
Em resposta à pergunta do deputado do PCP, Paulo Raimundo, no âmbito do debate com o primeiro-ministro na Assembleia da República, Luís Montenegro assegurou, como já tinha feito na passada sexta-feira, que, embora a visão do Governo para a TAP “seja a de privatização, de gestão privada e e capital privada”, o executivo não o fará sem ver garantidas estas duas condições.
“Não vamos fazer uma privatização só porque temos uma conceção de que o mercado funcionava melhor e a empresa também, se ela fosse privatizada”, afirmou o líder do Governo. Montenegro disse ainda que o Governo pretende replicar o que aconteceu em 2015, quando a TAP foi privatizada, disse, “tomando as garantias que são necessárias”. Para o primeiro-ministro essa operação acautelou o interesse público e estratégico de Portugal na TAP.
O primeiro-ministro criticou ainda os anteriores executivos socialistas, referindo que o PS fez um “acordo com as bancadas do Bloco de Esquerda e do PCP e, no decurso disso nacionalizou a TAP, injetou lá 3.200 milhões de euros e quando se viu livre e voltou a ter maioria absoluta, ficou com caminho aberto para recuperar o que (o Governo) tinha feito em 2015″.
A esta afirmação, Raimundo respondeu que “nunca pensou que o primeiro-ministro viesse valorizar o facto da TAP ter sido comparada com o dinheiro da TAP”.
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