Número de novas matrículas sobe 4,6% até novembro

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

O mercado dos veículos ligeiros de mercadorias subiu 13,9% no acumulado do ano, enquanto as novas matrículas de veículos pesados caíram 3,5%.

O mercado automóvel cresceu 4,6% até novembro em relação ao mesmo período do ano passado, com 225.027 novas matrículas em circulação, de acordo com dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

Nos 11 primeiros meses do ano, “as matrículas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 189.533 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 3,6% relativamente a período homólogo de 2023″, indica a ACAP. É de destacar que mais de metade (56,8%) dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos era movido a outros tipos de energia, sendo que quase um quinto (19,3%) eram elétricos.

o mercado dos veículos ligeiros de mercadorias subiu 13,9% no acumulado do ano, enquanto as novas matrículas de veículos pesados caíram 3,5%, face ao mesmo período do ano passado. No que diz respeito aos números mensais, a tendência do mercado automóvel foi inversa à do acumulado do ano, com o número de matrículas em novembro a recuar para 19.378, menos 0,3% do que no período homólogo.

Quanto aos automóveis ligeiros de passageiros, foram matriculados em Portugal 16.400 novos, mais 4,0% do que no mesmo mês do ano de 2023. Por outro lado, nos ligeiros de mercadorias e nos veículos pesados registou-se uma queda, de 1,8% e 60,7%, respetivamente, face a novembro de 2023, segundo a ACAP.

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ASF com novo sistema digital para controlo das empresas de seguros

  • ECO Seguros
  • 2 Dezembro 2024

Segundo a ASF, a nova plataforma digital "representa um evolução tecnológica significativa". As empresas podem submeter ficheiros de forma massiva por "arrastar e largar" e em formato .xml.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) lançou uma nova plataforma digital, mais fácil de usar e mais segura, para que as empresas de seguros que supervisiona façam os seus reportes de informação, indicou o supervisor dos seguros em comunicado.

O novo Portal de Operadores “representa uma evolução tecnológica significativa relativamente àquela que até agora suportava o reporte da informação à ASF”. O supervisor indica que tem uma base tecnológica renovada com uma melhoria de usabilidade e com reforço da segurança da informação.

Entre as funcionalidades, o supervisor destaca a submissão de documentos de forma massiva por “arrastar e largar”, permite a submissão de ficheiros em .xml, está preparada para a submissão por webservices, possibilita integrar formulários ad-hoc, e incremento dos tipos de resultados de validação de ficheiros disponíveis diretamente no Portal (validações de contas e solvência e investimentos, do reporte no âmbito do Solvência II).

A implementação deste novo portal enquadra-se no Programa de Transformação Digital lançado pela ASF em 2020, no âmbito do Plano Estratégico 2020-2024, “com o propósito de garantir a modernização das ferramentas tecnológicas essenciais para apoiar o desempenho da missão da ASF e da qualidade do serviço público prestado”.

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Pode aderir a um fundo de pensões? Supervisor dá a resposta

  • ECO Seguros
  • 2 Dezembro 2024

A resposta está num vídeo desenvolvido por uma campanha do supervisor dos seguros que tem como objetivo promover uma maior consciencialização para a importância de preparar atempadamente a reforma.

A Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) lançou um vídeo que explora um dos produtos que tem como objetivo a poupança para a reforma: os fundos de pensões.

O vídeo “Quero começar a poupar para a reforma. Posso aderir a um fundo de pensões?” surge no âmbito da campanha de literacia para os seguros “Começa hoje a preparar o amanhã”. Projeto que tem como objetivo “promover uma maior consciencialização para a importância de preparar atempadamente o período da reforma”, refere o regulador dos seguros.

O novo vídeo da campanha começa por explicar que a título individual só se pode aderir a um fundo de pensões aberto, visto que a outra opção – fundos de pensões fechado – está restrita a um determinado grupo (como trabalhadores de determinada empresa).

Assim, para aderir a um fundo de pensões aberto é preciso procurar sociedades gestores de fundos de pensões ou empresas de seguros, que pode encontrar as que estão autorizadas a operar em Portugal no site da ASF, através deste link.

Um vez reduzidas as preferências e que se começa a entrar em contacto com as empresas estas vão entregar um documento informativo. Neste constam dados do risco do produto e do tipo de investimento, permitindo saber se os investimentos são garantidos ou existe a possibilidade de se perder parte ou o total do montante investido.

O documento informativo indica ainda os custos com o produto, as comissões cobradas e de que forma podes transferir o valor para outro fundo e ainda como e quando se pode receber o valor acumulado.

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MDS prepara-se para voltar a investir no Brasil

  • ECO Seguros
  • 2 Dezembro 2024

O vice-presidente da subsidiária do grupo Ardonagh no Brasil confessa que a companhia está "atrás de bons negócios". "Não descarto algo grande de novo, mas também olhamos projetos menores”, afirma.

A MDS seguros está à procura de oportunidades para compras no Brasil e, neste momento, está com cinco conversações em curso, avançou o jornal Veja Negócios.

O vice-presidente da subsidiária no Brasil do grupo inglês de corretagem Ardonagh, Paulo Loureiro: “Não descarto algo grande de novo, mas também olhamos projetos menores”.

O vice-presidente da subsidiária no Brasil do grupo inglês de corretagem Ardonagh, Paulo Loureiro, confirmou que a companhia está “atrás de bons negócios”. “Não descarto algo grande de novo, mas também olhamos projetos menores”, confessa Loureiro citado pelo jornal brasileiro. “Somos agressivos”, acrescenta.

Desde 2019, a MDS realizou dez aquisições no Brasil, tendo sido a maior delas a compra da D’Or Consultoria por 800 milhões de reais no início deste ano (143 milhões de euros). Esta aquisição colocou a MDS no topo do mercado brasileiro, com mais de 1,5 mil milhões de euros em prémios de seguro.

Já em Portugal, onde o grupo atingiu em 2023 os 59 milhões de euros com a corretora MDS, regressando à liderança em receitas de sociedades corretoras em Portugal, já adquiriu a madeirense Bónus e integrou a açoriana JAPR. Reforçou ainda a sua presença nacional, com a compra do corretor Ilídio Maia Casais. Em 2024, a MDS em Portugal também adquiriu o trespasse da Planifase, comprou os 20% que ainda não detinha na Accive e os 40% restantes da Win Broker.

Em sentido contrário, a MDS vendeu, em maio último, a sua participação na Filhet Allard, a 6ª maior corretora em França.

O grupo é baseado em Portugal sob a liderança de José Manuel dias da Fonseca. Conta com mais de 2.300 colaboradores de mais de 20 nacionalidades em 54 escritórios localizados em 11 países. Fundado pelo grupo Sonae é atualmente detido pelo grupo britânico Ardonagh.

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Worten lança campanha de Natal a pensar no português que deixa tudo para a última hora

"Não deixes tudo para a última, deixa tudo para a Worten" é o claim da campanha de Natal deste ano. Sofia Anjos, brand area coordinator da Worten Portugal, explica o racional.

A campanha de Natal da Worten este ano é inspirada nos portugueses que deixam tudo para a última hora. “Português que é português deixa tudo para a última. Todos conhecemos alguém assim. Foi a partir desta observação que construímos a campanha de Natal da Worten deste ano, desta vez aliada à música, que é uma ferramenta muito poderosa para criar memorização”, aponta João Madeira, diretor criativo da Fuel.

Depois de uma campanha de grande sucesso no ano passado, onde arriscámos como nunca quer na ideia quer na produção, este ano quisemos voltar a surpreender com um conceito forte e capaz de gerar uma elevada identificação. A campanha deste ano partiu da perceção de que português que é português deixa os presentes de Natal para a última”, explica ao +M Sofia Anjos, brand area coordinator da marca.

O insight, avança a marca, baseia-se em números. Segundo o estudo da SIBS Analytics, no ano passado, o dia 23 de dezembro foi aquele em que se atingiu o máximo histórico de compras feitas por segundo em Portugal, com o pico de 393 compras/segundo às 12h13, registado na rede Multibanco. Entre os dias 21 e 23 foram feitas mais de oito milhões de transações por dia, o que faz destes os dias com mais compras do ano.

É um insight com um grande potencial de humor e identificação. Todos temos um tio, um primo ou uma cunhada que são assim. Foi este o ponto de partida para a nossa campanha deste ano, materializado com recurso ao humor e, desta vez, também à música, com a adaptação de uma melodia familiar aos portugueses, a Noite Branca, interpretada pelo Ricardo Araújo Pereira e pela Inês Aires Pereira, com letra adaptada pela Fuel e música adaptada pelo Fred Ferreira especialmente para a campanha“, prossegue a responsável.

Assim, e a cantar, Ricardo Araújo Pereira e Inês Aires Pereira protagonizam a campanha que diz como claim “Não deixes tudo para a última, deixa tudo para a Worten“.

Através de vários filmes de TV e digital, o Ricardo e a Inês vão recriar diferentes situações, altamente identificáveis, certificando-se de que os portugueses se prepararam para o Natal a tempo e horas, comprando os presentes atempadamente, podendo encontrar na Worten todo o tipo de presentes, que agradam a todos. É exatamente esta a mensagem que queremos passar na nossa campanha de Natal, recorrendo sempre ao humor. Queremos mostrar que somos a loja de destino para as compras de Natal, aliando uma grande variedade de oferta, com milhões de produtos de diferentes categorias aos melhores preços, à comodidade das mais de 200 lojas físicas por todo o país, e do site e da app, para quem não quiser sair de casa”, prossegue a responsável.

Lançada às 20h desta segunda-feira, e antecipada ao +M, a campanha é assinada pela Fuel, com produção da Looks:Good, realização de António Amaral, consultoria da Pro(u)d, e adaptação da música de Fred Ferreira, e vai estar no ar até dia 28 de dezembro.

Sendo o Natal uma época de grande pressão publicitária, uma campanha com bons índices de recordação e eficácia tem desafios acrescidos. “Queremos, sobretudo, fazer rir os portugueses este Natal, através de uma campanha memorável e altamente identificável. Sendo a música um asset tão poderoso nesta campanha, quisemos capitalizá-lo, colocando a música em todo o lado, nas lojas, na rádio, redes sociais, na playlist de natal do Spotify e, claro que criámos um videoclipe pois acreditamos que todos os portugueses vão gostar de ver a nossa dupla”, comenta Sofia Anjos.

Estar no top quatro de recordação, e em primeiro no segmento, surpreender ao “contar uma história que nunca foi vista e “ser a marca em que todos pensam para fazer as compras de natal” são os objetivos da campanha multimeios, que vai ter também ativações de marca na Wonderland Lisboa e nos cinemas do Centro Colombo e do NorteShopping.

 

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Vendas online durante a Black Friday crescem 5% e atingem os 74,4 mil milhões de dólares

  • + M
  • 2 Dezembro 2024

A taxa de descontos médios a nível global durante a Black Friday caiu um ponto percentual face ao ano anterior, fixando-se em 27%. O setor de roupa e moda foi o que registou o maior desconto, de 26%.

A Black Friday tem continuado a crescer enquanto momento de vendas, pelo menos no que diz respeito àquelas que são feitas online. Depois de já ter sido registado um crescimento de 8% no ano passado, as vendas online a nível global cresceram 5% este ano com a Black Friday, que decorreu na passada sexta-feira, atingindo os 74,4 mil milhões de dólares (quase 71 mil milhões de euros).

Os dados são avançados pela Salesforce, que analisou o comportamento de compra de mais de 1,5 mil milhões de consumidores a nível global. Segundo esta análise, o crescimento das vendas online na Europa foi mais comedido, fixando-se numa variação positiva de 1,4%.

No entanto, os descontos médios a nível global na Black Friday cairam um ponto percentual face ao ano anterior, para 27%. Fazendo a análise a nível europeu, as maiores taxas de desconto foram aplicadas pelos setores da roupa e moda (26%), saúde e beleza (24%) e eletrónica & brinquedos (21%).

Também dentro do mercado europeu, os setores que apresentaram um maior crescimento de vendas online à boleia dos descontos da Black Friday foram os de saúde e beleza (13%), calçado e malas de senhora (6%) e comida e bebida (3%).

A análise da Salesforce destaca ainda que, durante a Black Friday, 80% do tráfego global veio de dispositivos móveis — mais um ponto percentual que no ano passado –, tendo 69% das encomendas sido também feitas através deste tipo de dispositivos.

Em 2017 o tráfego registado foi de 61%, tendo o mesmo depois subido em 2018 (67%) e 2019 (76%). Este crescimento caiu um ponto percentual em 2020 para 75%, mantendo-se o mesmo valor em 2021, para depois voltar a crescer novamente em 2022 para 76%.

Estes dados parecem ir ao encontro da tendência crescente do uso de dispositivos móveis no que diz respeito ao comércio online. Segundo o estudo deste ano “The Future Shopper Report”, da VML, mais de metade (53%) dos consumidores encontra no smartphone o seu dispositivo preferido para fazer compras online, numa percentagem muito superior à do segundo dispositivo mencionado, o computador portátil, que representa apenas 16%.

A inteligência artificial (IA) foi também uma ferramenta que ajudou ao crescimento deste dia especialmente dedicado ao consumo, tendo a IA e agentes de IA impulsionado 14,1 mil milhões de dólares nas vendas da Black Friday, a nível mundial. A utilização de funcionalidades baseadas nesta tecnologia cresceu 6% na Black Friday.

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Costa e von der Leyen assinalam o “princípio de uma parceria forte”

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

Os europeus podem esperar resultados: empregos bons, ambiente saudável e uma defesa mais robusta", acrescentaram os dois presidentes do Conselho e da Comissão.

O presidente do Conselho Europeu e a presidente da Comissão Europeia reuniram-se esta segunda-feira em Bruxelas e assinalaram o “princípio de uma parceria forte”, afirmando que a União Europeia (UE) pode esperar “empregos bons, ambiente saudável e defesa mais robusta”.

“É o princípio de uma parceria forte para a Europa. Os desafios que estão por diante não serão um passeio pelo parque, mas podemos superá-los”, escreveram António Costa e Ursula von der Leyen na rede social X (antigo Twitter). A publicação estava acompanhada de duas fotografias de um passeio de António Costa, com Ursula von der Leyen e com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, no Parque Leopoldo, perto do edifício da assembleia europeia em Bruxelas.

“Os europeus podem esperar resultados: empregos bons, ambiente saudável e uma defesa mais robusta”, acrescentaram os dois representantes ainda na rede social X. O presidente do Conselho Europeu e a Comissão Europeia, novamente liderada por Ursula von der Leyen, iniciaram funções no domingo.

Para assinalar o arranque de funções, o presidente do Conselho Europeu e ex-primeiro-ministro português, António Costa, deslocou-se à capital ucraniana, Kiev, na companhia da Alta-Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas (ex-primeira-ministra da Estónia), e da nova comissária do Alargamento, Marta Kos, para reforçar o apoio europeu ao país invadido há quase três anos pela Rússia.

Com um mandato até 31 de maio de 2027 e no qual pretende tornar a instituição mais eficaz e promover a unidade europeia, António Costa é o primeiro português e o primeiro socialista a assumir a liderança do Conselho Europeu.

António Costa, que fez parte do Conselho Europeu em representação de Portugal durante oito anos (período em que foi primeiro-ministro), conhece já alguns dos líderes da UE, mas pretende, no seu mandato de dois anos e meio, encontrar pontos de convergência para compromissos entre os 27. Sucede no cargo ao belga Charles Michel, que assumiu funções em 2019.

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Pressão chinesa dita fim de Tavares e obriga a reestruturação da Stellantis. Ações caem 6,3% após saída do CEO

Tavares deixa Stellantis após resultados dececionantes. O gestor português transformou empresa no quarto maior construtor automóvel mundial, mas falhou na eletrificação e enfrentou pressão chinesa.

As ações da Stellantis fecharam esta segunda-feira a cair 6,3%, após terem chegado a desvalorizar 10% ao final da manhã para os 11,268 euros, o valor mais baixo desde 6 de julho de 2022.

A queda acentuada das ações nesta sessão surge na sequência da saída abrupta de Carlos Tavares do cargo de CEO da Stellantis, anunciada no domingo. O gestor português, que liderava a empresa desde a sua criação em 2021, apresentou a sua demissão com efeitos imediatos, tendo sido aceite pela administração da fabricante automóvel.

Num comunicado divulgado pela empresa, o presidente do conselho de administração, John Elkann, agradeceu a Carlos Tavares pelos “anos de serviço dedicados e pelo papel que desempenhou na criação da Stellantis, além das recuperações anteriores da PSA e Opel”.

No entanto, no mesmo documento, a administração da empresa refere que a saída de Tavares foi antecipada devido a “visões diferentes” que emergiram nas últimas semanas entre o gestor português, os acionistas e os administradores.

Entre os problemas mais destacados estão os resultados dececionantes alcançados este ano, marcados por uma forte queda das vendas e dos lucros. Só nos primeiros seis meses do ano, a empresa apresentou uma queda homóloga de 48% dos lucros e uma contração de 15% das receitas líquidas.

A situação foi exacerbada no terceiro trimestre pela estratégia de Tavares, frequentemente descrita como focada no curto prazo e com um estilo de gestão “implacável”, que alienou concessionários, fornecedores e políticos, provocando uma queda anual de 27% da faturação da empresa. A queda de 45% nas ações da Stellantis este ano ilustra bem a magnitude dos desafios enfrentados.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Os desafios de uma nova Era

A Stellantis, criada em 2021 pela fusão entre a Fiat Chrysler e o Grupo PSA, é atualmente a quarta maior fabricante automóvel do mundo. Contudo, a empresa enfrenta uma série de problemas estruturais que estarão em cima da mesa do próximo CEO da empresa.

  1. Queda das vendas nos EUA: Marcas como Jeep e Dodge registaram uma queda significativa das vendas este ano, que foi agravada por preços elevados e um inventário crescente. No caso dos modelos Jeep Wagoneer e do Ram 1500, o inventário disponível nos concessionários ultrapassa em 20 dias os níveis médios dos concorrentes.
  2. Conflitos laborais: A pausa na produção em fábricas italianas gerou tensões com sindicatos, culminando na primeira greve nacional de trabalhadores da indústria automóvel em 20 anos.
  3. Custos de produção elevados: Nos mercados europeus, os altos custos e a falta de incentivos para veículos elétricos foram apontados por Tavares como fatores críticos para a redução da competitividade.

Além de todas estas “batalhas”, o principal desafio que enfrenta a Stellantis e o próximo CEO é a transição para veículos elétricos. Tavares tinha defendido em 2021 um investimento de 50 mil milhões de euros na eletrificação da construtora automóvel, com o intuito de atingir 100% de vendas de veículos elétricos a bateria na Europa até 2030.

No entanto, as vendas têm consistentemente ficado aquém das expectativas. Segundo os últimos dados do “EV Tracker” do Bank of America, depois de no primeiro semestre de 2023 a Stellantis ter vendido 173,4 mil veículos elétricos, este número caiu 9% para 157,7 mil no primeiro semestre deste ano.

Além disso, a quota de mercado global da Stellantis no segmento de veículos elétricos caiu para 3,5% no primeiro semestre de 2024, em comparação com 5,3% no primeiro semestre de 2023, à medida que os fabricantes chineses avançavam com preços competitivos e inovação.

Com desafios colossais pela frente, a quarta maior fabricante automóvel do mundo deve agora equilibrar inovação, eficiência operacional e um portefólio diversificado para garantir o seu lugar no competitivo mercado global.

No centro das preocupações do futuro CEO da empresa estará claramente o combate assertivo à crescente concorrência dos fabricantes chineses, que estão a ganhar terreno nos mercados tradicionais da Stellantis. “Os fabricantes de automóveis tradicionais estão a perder terreno para as marcas chinesas de veículos elétricos, mesmo nos seus mercados mais rentáveis. A inovação já não é opcional”, destacou Brian Tycangco, analista da empresa de research financeiro Stansberry Research.

Ainda recentemente, Stellantis admitiu fechar fábricas na Europa devido à concorrência chinesa. “Se os chineses conquistarem 10% da quota de mercado na Europa no final da sua ofensiva, isso significa que produzirão 1,5 milhões de automóveis. Isto representa sete fábricas de montagem”, referiu na altura Carlos Tavares, sublinhando que “os fabricantes europeus terão então de fechá-las ou transferi-las para os chineses”, alertou.

Outro desafio relevante nas prioridades do próximo CEO da Stellantis é o restabelecimento da confiança dos investidores. A queda de 60% das ações desde o máximo histórico alcançado a 26 de março reflete as preocupações do mercado com a estratégia e o desempenho da empresa.

O novo líder terá de apresentar um plano convincente para reverter esta tendência e demonstrar que a Stellantis pode competir eficazmente no novo panorama automóvel global. A empresa responsável pelas marcas Citroën, Peugeot e mais 12 marcas de automóveis já iniciou o processo de procura de um novo líder, para concluir a nomeação até meados de 2025. Até lá, um comité executivo interino, presidido por John Elkann, será responsável pela gestão da empresa.

A saída de Carlos Tavares marca o fim de um capítulo na história da Stellantis e o início de um período de incerteza. Com desafios colossais pela frente, a quarta maior fabricante automóvel do mundo deve agora equilibrar inovação, eficiência operacional e um portefólio diversificado para garantir o seu lugar no competitivo mercado global.

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Greenvolt fecha com empresa do fundo KKR a instalação de 5.000 painéis em Portugal e na Alemanha

Em ambos os projetos, em Portugal e na Alemanha, espera-se uma redução de cerca de 20% na fatura energética.

O grupo Greenvolt assinou o primeiro contrato com o grupo Flora Food, líder global no setor da alimentação, para o desenvolvimento de dois projetos de produção descentralizada de energia. A Greenvolt será responsável pela instalação de quase 5.000 painéis solares fotovoltaicos nas instalações do Grupo Flora Food em Portugal e na Alemanha que, em conjunto, gerarão mais de 3 gigawatts por hora (GWh) de energia limpa anualmente.

No acordo, segundo o comunicado enviado às redações, a Flora Food prevê 1.485 painéis solares nas instalações em Portugal, localizadas em Santa Iria da Azóia, no município de Loures. Na Alemanha, na Alta Saxónia, mais especificamente na cidade de Wittenberg, serão instalados 3.483 painéis na unidade de produção do grupo.

Os painéis instalados na unidade portuguesa, num projeto desenvolvido pela Greenvolt Next Portugal, permitirão gerar 1,1 GWh de energia limpa anualmente. Na Alemanha, a filial da Greenvolt Next – Energy Partners (do Grupo MaxSolar) gerará 1,99 GWh por ano. Em ambos os projetos, espera-se uma redução de cerca de 20% na fatura energética.

Estes são projetos de Geração Distribuída bastante significativos“, avalia João Manso Neto, CEO da Greenvolt.

Fazer parte do portfólio da KKR dá-nos o apoio necessário para acelerar o plano de crescimento da Greenvolt, além de proporcionar a oportunidade de colaborar com outras empresas no portfólio global da KKR, como o Grupo Flora Food.

João Manso Neto

CEO da Greenvolt

A Greenvolt foi recentemente adquirida por uma afiliada de fundos de investimento, sob a consultoria da empresa global de investimento KKR, através da sua estratégia de Infraestruturas Globais. “Fazer parte do portfólio da KKR dá-nos o apoio necessário para acelerar o plano de crescimento da Greenvolt, além de proporcionar a oportunidade de colaborar com outras empresas no portfólio global da KKR, como o Grupo Flora Food, principalmente na geração distribuída de energia”, acrescentou João Manso Neto.

A geração distribuída de energia é um dos pilares de crescimento do Grupo Greenvolt, que continua a expandir a sua plataforma pan-europeia de autoconsumo, agora operando em 13 geografias.

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Hezbollah ataca posições israelitas pela primeira vez desde o cessar-fogo

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

O Hezbollah alegou que se tratou de uma "resposta defensiva e de alerta" após o que considerou como "repetidas violações" do acordo de cessar-fogo por parte de Israel.

O grupo xiita Hezbollah assumiu esta segunda-feira um ataque contra uma posição militar israelita, o primeiro desde a entrada em vigor do cessar-fogo entre as partes, em 27 de novembro, justificando com uma resposta a violações do entendimento. Num comunicado, o grupo armado libanês relatou que o ataque com dois rockets teve como alvo uma posição israelita nos “montes ocupados de Kfar Chouba”, que o Líbano afirma fazer parte do seu território.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já descreveu o ataque como “uma violação grave” do cessar-fogo, declarando-se determinado a respeitar o entendimento sem descartar uma resposta. “Os disparos do Hezbollah contra Har Dov [nome hebraico da área conhecida como Fazendas Shebaa] por parte do Hezbollah são uma violação grave do cessar-fogo”, respondeu, em comunicado, antes de prometer que Israel “reagirá com força” se o cessar-fogo for quebrado.

“Estamos determinados a defender o cessar-fogo e a responder a qualquer violação por parte do Hezbollah, da mais leve à mais grave”, afirmou Netanyahu na nota do seu gabinete.

O Hezbollah alegou que se tratou de uma “resposta defensiva e de alerta” após o que considerou como “repetidas violações” do acordo de cessar-fogo por parte de Israel, que devolve as acusações. O movimento xiita apoiado pelo Irão referiu que as queixas aos mediadores encarregados de vigiar o cessar-fogo “foram inúteis para impedir estas violações”.

O Exército israelita confirmou em comunicado que o Hezbollah lançou dois projéteis contra o norte do país. “A organização terrorista Hezbollah disparou dois projéteis em direção à área de Har Dov”, segundo os militares israelitas, referindo-se à zona das Fazendas Shebaa, uma área disputada na confluência de Israel, Líbano e Síria.

O ministro da Defesa, Israel Katz, ameaçou que o seu país daria “uma resposta forte” aos lançamentos de dois rockets. “Prometemos agir contra qualquer violação do cessar-fogo por parte do Hezbollah e é exatamente isso que faremos”, disse o ministro numa mensagem nas redes sociais, acrescentando: “Eles receberão uma resposta forte”.

O político da oposição israelita Yair Golan, líder do partido Democratas, também se mostrou a favor de uma resposta contundente ao ataque. “Se formos negligentes agora, os resultados serão desastrosos a longo prazo”, escreveu Golan, que foi vice-chefe do Estado-Maior israelita durante a guerra anterior entre Israel e o Hezbollah, em 2006, nas redes sociais.

De acordo com o Exército, os rockets caíram em campo aberto e não causaram ferimentos. O cessar-fogo, mediado pelos Estados Unidos e pela França, entrou em vigor na quarta-feira e implica uma suspensão de 60 dias nos combates, com o objetivo de pôr fim a mais de um ano de hostilidades entre o Hezbollah e Israel.

Desde então, Israel realizou uma série de ataques no Líbano, um dos quais hoje, quando um ataque de drone (aparelho aéreo não tripulado) matou um homem numa moto no sul do país e outro atingiu um bulldozer do Exército libanês na cidade de Hermel, no nordeste, ferindo um militar.

No sábado, duas pessoas foram mortas num ataque aéreo na província de Marjayoun, no sul do Líbano, informou a imprensa estatal libanesa. Israel afirma que os ataques são uma resposta às violações do cessar-fogo por parte do Hezbollah, sem adiantar pormenores. O ministro da Defesa israelita já reagiu ao ataque de hoje do Hezbollah e ameaçou ripostar.

“Prometemos agir contra qualquer violação do cessar-fogo, que é exatamente o que faremos”, declarou Israel Katz, acrescentando que será necessária uma “resposta forte”. Durante o período de 60 dias, tanto Israel como o Hezbollah estão comprometidos a retirar-se do sul do Líbano.

O presidente do parlamento libanês, Nabih Berri, acusou esta segunda Israel de cometer 54 violações do cessar-fogo, incluindo a alegada demolição de casas em aldeias fronteiriças, o sobrevoo persistente de drones de reconhecimento israelitas e ataques aéreos que causaram vítimas.

Em declarações ao jornal libanês Al-Joumhouria, Berri apelou para uma intervenção urgente para pôr fim ao que chamou de “violações flagrantes”. A guerra entre Israel e o Hezbollah prolonga-se há mais de um ano, na sequência do conflito na Faixa de Gaza, iniciado em 07 de outubro de 2023.

Desde 23 de setembro passado, as forças israelitas começaram a bombardear intensamente o Líbano e, uma semana mais tarde, iniciaram uma invasão terrestre no sul do país. As hostilidades já provocaram quase quatro mil mortos no Líbano, a maioria nos últimos dois meses, acima de 1,2 milhões de deslocados, enquanto cerca de 60 mil pessoas abandonaram as suas casas no norte de Israel.

(Notícia atualizada às 18h55 com a resposta de Israel)

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Governo assegura avanços no regime de incentivos à comunicação social

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

A APImprensa tinha alertado o Governo para o atraso na análise e aprovação das candidaturas ao Regime de Incentivos do Estado à Comunicação Social e que podia estar em causa a execução de projetos.

O Governo adiantou à Associação Portuguesa de Imprensa (APImprensa) que o despacho conjunto para a libertação das verbas devidas às candidaturas aprovadas submetidas ao Regime de Incentivos do Estado à Comunicação Social já está em circulação para assinatura.

Após “a insistência no contacto com o Gabinete do Secretário de Estado, em que a APImprensa expôs a sua preocupação relativamente ao atraso no processo de análise e aprovação das candidaturas submetidas ao Regime de Incentivos do Estado à Comunicação Social, o Governo constatou que todas as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) concluíram a sua análise e remeteram a sua aprovação para pagamento“, avança a associação em comunicado.

Além disso, o Governo “confirmou que o Ministério da Coesão Territorial diligenciou atempadamente todas as responsabilidades que lhe estavam acometidas, estando já em circulação para assinatura o despacho conjunto para a libertação das verbas devidas às candidaturas aprovadas submetidas ao Regime de Incentivos“.

Em novembro, a associação tinha alertado o Governo para o atraso na análise e aprovação das candidaturas ao Regime de Incentivos do Estado à Comunicação Social, lembrando que podia estar em causa a execução de projetos.

Na altura, a APImprensa referiu que os resultados finais deste processo não tinham sido divulgados por todas as CCDR, o que disse gerar apreensão entre editores de imprensa regional e local, para além de comprometer a capacidade de planeamento e execução de projetos.

Na resposta do Governo à APImprensa, o executivo sublinhou que “a garantia das condições necessárias à sustentabilidade dos meios de comunicação social é uma preocupação transversal às diferentes tutelas envolvidas e que é imperativo não subsistir quaisquer obstáculos que possam prejudicar a atividade do setor”.

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Câmara do Porto exige que Metro reveja critérios de indemnizações a comerciantes

  • Lusa
  • 2 Dezembro 2024

Vereação do PSD pede ao munícipio do Porto para reduzir ou isentar temporariamente de taxas municipais os comerciantes afetados pelas obras da Metro de modo a mitigar os prejuízos.

O executivo da câmara do Porto aprovou esta segunda-feira, por unanimidade, uma proposta do PSD que exige à Metro uma “revisão urgente e justa” dos critérios de indemnização dos comerciantes, que exclua a contabilização dos anos de pandemia.

“A utilização dos anos de pandemia como referência ignora a realidade económica excecional vivida pelos comerciantes e não reflete a verdadeira capacidade de geração de receitas antes das obras”, lê-se na proposta apresentada na reunião privada do executivo.

Para o PSD, a contabilização dos anos da pandemia para o cálculo das indemnizações “é uma afronta à justiça e amplifica as desigualdades sofridas pelos empresários mais vulneráveis”.

À margem da reunião, a vereadora Mariana Macedo, do PSD, considerou que a Metro do Porto “tem tido uma atitude pouco justa e transparente” com os comerciantes afetados pelas obras.

“Quando se dirigem à Metro do Porto a pedir uma compensação o diálogo é difícil e quando fazem propostas para fim de indemnização [a Metro] faz comparação com os três anos anteriores ao início das obras. Isso não nos parece justo, viável, nem tão pouco sério”, considerou.

Defendendo que a cidade não pode “construir o progresso em cima dos escombros do comércio local”, Mariana Macedo instou a empresa a “não ter uma atitude de arrogância perante os comerciantes” e a não promover “acordos irrisórios e pouco justos” com os comerciantes.

“[A cidade não pode] construir o progresso em cima dos escombros do comércio local.

Mariana Macedo

Vereadora do PSD na Câmara Municipal do Porto

A proposta solicita ainda a realização de um estudo sobre o impacto das obras nos comerciantes e a implementação de medidas para mitigar o impacto das empreitadas, tais como a retirada do entaipamento assim que concluídas.

O PSD insta também a Câmara do Porto a estudar a possibilidade de reduzir ou isentar temporariamente de taxas municipais os comerciantes afetados pelas obras, “como forma de mitigar os prejuízos sofridos”.

Pelo PS, Tiago Barbosa Ribeiro disse ver “com apreço” a preocupação dos social-democratas com o comércio local, defendendo, no entanto, que a proteção do comércio deve ter em conta “várias dimensões”, sobretudo alterações legislativas.

“O PSD votou contra a lei de proteção do comércio tradicional, as lojas históricas, em 2016, mas em 2022 também não acompanhou uma proposta do PS para alargar essa proteção aos estabelecimentos que passaram por um novo regime de arrendamento urbano”, destacou.

Lembrando que “não há obras sem constrangimentos” e que alguns comerciantes da cidade também são afetados por programas municipais, como o “Rua Direita”, o socialista destacou “o esforço” feito pela Metro do Porto no pagamento das indemnizações.

Já o vereador Sérgio Aires, do BE, considerou que os problemas poderiam ter sido mais bem tratados pela Metro do Porto.

A forma como estão a lidar com os comerciantes quase denota alguma má-fé, porque estão a tentar negociar aquilo que não devia ser negociado e devia ser um direito dos comerciantes”, referiu, dando como exemplo o impacto na Rua de Cedofeita, que, em consequência das obras, “está a morrer outra vez”.

Também a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, considerou “justo que, mais uma vez, o tema seja objeto de consideração por parte da câmara e Metro do Porto”.

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