Trump nomeia antigo general como enviado à Ucrânia e Rússia

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

O antigo general Keith Kellogg, num memorando recente, defendeu que "qualquer futura ajuda militar dos EUA exigirá que a Ucrânia participe em conversações de paz com a Rússia".

O Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, anunciou esta quarta-feira que vai nomear o antigo general Keith Kellogg, figura próxima e leal ao político republicano, como enviado para a Ucrânia e para a Rússia. “Ele está comigo desde o início! Juntos alcançaremos a paz através da força e tornaremos a América e o mundo seguros novamente!”, escreveu Trump numa mensagem na sua rede Truth Social.

Figura muito crítica sobre os milhões de dólares libertados pelos Estados Unidos para a Ucrânia, Donald Trump prometeu resolver a guerra entre Kiev e Moscovo ainda antes de tomar posse em janeiro, sem nunca explicar como. O antigo general nomeado pelos republicanos para liderar esta missão levantou a questão num memorando publicado em abril.

“Qualquer futura ajuda militar dos EUA exigirá que a Ucrânia participe em conversações de paz com a Rússia”, recomendava Kellogg nesse memorando, onde apelava ainda ao “adiamento da adesão da Ucrânia à NATO por um período prolongado”, a fim de “convencer [o Presidente russo, Vladimir] Putin a participar nas conversações de paz”.

Keith Kellogg, pouco conhecido do público em geral, presidiu brevemente ao Conselho de Segurança Nacional, o gabinete de política externa da Casa Branca, durante o primeiro mandato de Donald Trump (2017-2021).

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Generali e Natixis em negociações para parceria no setor de gestão de ativos

  • ECO Seguros
  • 27 Novembro 2024

Apesar das negociações, não há garantia de que será alcançado um acordo.

A seguradora italiana Generali e a Natixis Investment Managers estão em discussões iniciais sobre uma possível parceria estratégica, segundo fontes próximas ao assunto, avança o Financial Times (acesso pago).

De acordo com o jornal inglês, as negociações podem resultar na criação de uma joint-venture de gestão de ativos co-propriedade das duas empresas. De acordo com uma das fontes, nenhum dos grupos pretende vender suas operações.

O Grupo BPCE, proprietário da Natixis, indicou em junho que estava à procura de parcerias para o negócio. Por seu lado, a Generali fez do crescimento da sua divisão de ativos uma prioridade e tem capital para investir.

Apesar das negociações, não há garantia de que será alcançado um acordo, afirmaram as fontes. Natixis, Generali e Groupe BPCE recusaram-se a comentar ao jornal inglês.

A Natixis utiliza um modelo de multi-boutiques, com participações maioritárias em empresas mais pequenas e independentes. O grupo pretende aumentar sua participação de mercado na França, crescer nos EUA e expandir sua plataforma de ativos privados.

A Generali, liderada pelo CEO Philippe Donnet, reorganizou-se em torno da gestão de ativos e seguros. Em 2023, adquiriu a gestora norte-americana Conning, considerada uma transação “transformadora”.

A seguradora tem enfrentado críticas de acionistas minoritários sobre sua dimensão comparada a concorrentes europeias maiores, como Zurich e Axa.

Em agosto, Donnet disse aos investidores que a seguradora que lidera se concentrariam em criar uma plataforma global em gestão de ativos e continuava “convencido do poder da combinação entre seguros de vida e gestão de ativos”.

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Supervisor dos seguros aprofunda normas preventivas do branqueamento de capitais e terrorismo

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

Assim, as entidades obrigadas devem enviar anualmente à ASF um relatório sobre a prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

Uma norma regulamentar da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) determina o reporte anual pelas entidades do setor segurador de um relatório sobre a prevenção do branqueamento de capitais e financiamento de terrorismo.

Publicada esta quarta-feira em Diário da República, a norma regulamentar n.º 10/2024 da ASF complementa a lei n.º 83/2017, que estabelece as medidas de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, pretendendo “densificar as matérias que careciam de regulamentação setorial” e “garantir uma maior consistência ao nível do conteúdo e sistemática da regulamentação”.

O objetivo é assegurar que as entidades sujeitas à supervisão da ASF dispõem de “sistemas robustos de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo”, prevendo-se para o efeito “o envio de reportes periódicos nos quais se consolidam informações sistematizadas sobre as ferramentas e procedimentos implementados pelas referidas entidades”.

Assim, as entidades obrigadas devem enviar anualmente à ASF um relatório sobre a prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo.

Este relatório deve ser enviado até ao dia 15 de abril, com referência ao ano anterior.

Às entidades obrigadas cabe definir “políticas, procedimentos e controlos adequados à gestão eficaz dos riscos de branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo a que estejam ou venham a estar expostas e ao cumprimento das normas legais e regulamentares em matéria de prevenção do branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo, assegurando a sua aplicação efetiva”.

Estas políticas, procedimentos e controlos devem ser “proporcionais à natureza, dimensão e complexidade das entidades obrigadas e das atividades por estas prosseguidas”, “aprovados e atualizadas pelo órgão de administração” e “reduzidos a escrito, assim como as respetivas atualizações”.

Nos termos da norma regulamentar, devem ainda ser divulgados internamente e revistos e, eventualmente, atualizados com uma periodicidade não superior a três anos.

Em caso de desadequação face às atividades desenvolvidas e dos riscos verificados, a ASF pode determinar uma revisão extraordinária das políticas, procedimentos e controlos.

O projeto da norma regulamentar agora publicada foi previamente alvo de consulta pública.

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Guterres saúda cessar-fogo no Líbano como um “raio de luz de esperança”

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

"Recebi em Portugal um sinal auspicioso, diria o primeiro raio de luz de esperança em relação à paz no meio da escuridão dos últimos meses", disse Guterres sobre o cessar-fogo no Líbano.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou esta quarta-feira em Lisboa o acordo de cessar-fogo entre Israel e o grupo xiita Hezbollah no Líbano como “um raio de luz de esperança”, que espera ver replicado na Faixa de Gaza.

“Ontem [terça-feira], recebi em Portugal um sinal auspicioso, diria o primeiro raio de luz de esperança em relação à paz no meio da escuridão dos últimos meses”, afirmou Guterres, em declarações à imprensa após um encontro com o primeiro-ministro, Luís Montenegro.

O secretário-geral da ONU considerou que se trata de um “momento de grande importância”, sobretudo para os civis, que “pagavam um preço enorme pelo facto de este conflito se estar não só a arrastar, como a ganhar dimensões cada vez mais preocupantes”. Guterres advertiu que agora “é essencial que aqueles que assinaram um compromisso de cessar-fogo o respeitem integralmente” e que este acordo “abra caminho a uma solução política” para a crise libanesa, que perdura há quase 14 meses.

Nesse sentido, disse que podia garantir que a força internacional de paz da ONU (FINUL), estacionada no sul do Líbano desde 1978, “está neste momento preparada para dar o seu contributo para a verificação deste cessar-fogo com total empenhamento”.

Ao mesmo tempo, o antigo primeiro-ministro português apelou para a extensão do acordo a outras regiões do Médio Oriente e pediu um cessar-fogo imediato entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, bem com a libertação incondicional dos reféns em posse do grupo islamita palestiniano e abertura da ajuda humanitária sem restrições aos habitantes do território.

“A população de Gaza tem sofrido de uma forma que eu não me recordo em nenhum outro momento do meu mandato”, observou Guterres, sugerindo também que um acordo de cessar-fogo seja “a base para a construção de uma solução baseada em dois estados”.

Do mesmo modo, fez um apelo para o silêncio das armas noutros conflitos, referindo-se em concreto à Ucrânia, mas com a ressalva de que terá de ser “uma paz justa, com respeito pela Carta das Nações Unidas, do Direito Internacional e da integridade territorial” do país invadido pela Rússia em fevereiro de 2022.

A trégua de 60 dias no Líbano entrou em vigor às 04:00 de hoje locais (02:00 em Lisboa), após mais de um ano de combates entre o grupo pró-iraniano Hezbollah e Israel, que se intensificaram em setembro passado. O acordo prevê uma retirada gradual do grupo xiita libanês Hezbollah e das tropas israelitas do sul e o envio do exército libanês para a fronteira.

Ao abrigo do acordo, os membros do Hezbollah devem retirar-se para norte do rio Litani e os Estados Unidos e a França trabalharão para que até 10.000 soldados libaneses sejam destacados para o sul do país “o mais rapidamente possível”, segundo o primeiro-ministro do Líbano, Najib Mikati.

Segundo o Ministério da Saúde Publica libanês, mais de 3,7 mil pessoas morreram no país desde outubro de 2023, a maioria nos últimos dois meses, e acima de 1,2 milhões de habitantes estão deslocados. Do lado israelita, 82 militares e 47 civis foram mortos em quase 14 meses de hostilidades.

O Hezbollah começou a bombardear Israel a partir do sul do Líbano para apoiar o grupo extremista palestiniano Hamas, que atacou território israelita em 7 outubro de 2023 e enfrenta, desde então, uma ofensiva israelita em Gaza. Em setembro, Israel intensificou o bombardeamento do Líbano, a que se seguiu uma invasão do sul do país vizinho.

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IRC progressivo é “um tiro nos pés”, diz Carlos Moreira da Silva

Carlos Moreira da Silva critica o IRC progressivo e diz que não se devem castigar as empresas que crescem mais, argumentando que a elevada carga fiscal afasta investimento do país.

A Associação Business Roundtable Portugal (BRP) defende a redução da carga fiscal para as empresas, argumentando que o IRC progressivo é “um tiro nos pés para quem quer ter mais empresas e crescer mais” e apontando para uma realidade escondida, que os números não mostram: os investimentos que voam para o estrangeiro devido aos elevados impostos cobrados no país.

“Em 2013, ainda no Governo de Passos Coelho, na troika, a primeira decisão que na BA [Glass] se tomou [devido ao IRC progressivo] foi fazer o forno [que era para ser construído na Marinha Grande] em Espanha. Se vou pagar mais impostos aqui faço noutro sítio. É claro”, partilhou Carlos Moreira da Silva, presidente da Business Roundtable Portugal (BRP), que é acionista de referência da BA Glass e antigo chairman.

A falar numa conferência organizada pela AEMinho e pela BRP, dedicada ao tema da produtividade, que decorreu esta quarta-feira em Braga, Carlos Moreira da Silva adiantou que depois desta primeira decisão, a empresa decidiu, “muito recentemente, que o primeiro forno híbrido elétrico era para ser em Avintes, mas vai para Espanha, ou para a Polónia“.

Isto é o que está escondido. Não se vê nos números. O investimento que deixo de fazer porque as condições não são atrativas é perda do Estado”, atira o responsável, acrescentando que “o que não é razoável e é contraproducente é que se penalize o sucesso”.

Para o líder da associação, “o IRC progressivo é um tiro nos pés para quem quer mais empresas e crescer mais“. Carlos Moreira da Silva considera o tema da escala essencial para as empresas ganharem competitividade e produtividade, argumentando que “o impacto do crescimento das empresas é brutal para o Estado, direta e indiretamente nos impostos.”

“Eu defendia que não devia haver IRC. Tributar dividendos, muito bem. O dinheiro que fica na empresa é melhor usado que no Estado“, atira o presidente da associação que representa 43 empresas e grupos empresariais, responsáveis por um volume de negócios de 124 mil milhões de euros e que empregam 424 mil trabalhadores.

José Carlos Nogueira, CFO da Mota-Engil, concorda que “o Estado terá que criar condições para que grandes grupos económicos possam ajudar a que economia seja acelerada“, destacando desafios como a competitividade, inovação e descarbonização.

Já Ana Fernandes, Chief Operations Officer da Sonae Capital Industrials, refere que o “Estado para além de recolher benefícios fiscais e económicos, que são óbvios”, com a criação de empresas com maior escala, há ainda um benefício social. “Se uma empresa investe em inovação, formação, dos seus trabalhadores, isso para o Estado é um aporte. É criar valor.”

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BEI apoia Santander a financiar eficiência energética nas casas portuguesas

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

O grupo BEI apoia o Santander num financiamento de 183 milhões. "Esta parceria ajudará a aumentar o financiamento para habitação energeticamente eficiente em Portugal", disse o diretor-geral do BEI.

O grupo BEI, composto pelo Banco Europeu de Investimento (BEI) e pelo Fundo Europeu de Investimento (FEI), vai apoiar o Santander, permitindo um investimento de 183 milhões de euros em eficiência energética nas habitações em Portugal.

“A operação centrar-se-á na renovação de edifícios existentes para melhorar a sua eficiência energética, bem como na construção de novos edifícios que cumpram elevados padrões de eficiência energética”, destacou o grupo europeu, num comunicado, lembrando uma transação semelhante entre as duas partes em 2023.

Segundo o novo acordo, o grupo BEI fornecerá ao Santander 91,6 milhões de euros, permitindo que este último conceda 183 milhões de euros, ou seja, o dobro desse valor, em novos financiamentos. “Os beneficiários desse apoio serão indivíduos e associações de proprietários, juntamente com pequenas e médias empresas (PME) e empresas de média capitalização”, destacou o grupo BEI.

Os investimentos em causa podem ser de até 25 milhões de euros, com um máximo de 12,5 milhões de euros em financiamento por projeto e um prazo mínimo de dois anos. “Esta parceria ajudará a aumentar o financiamento para habitação energeticamente eficiente em Portugal”, disse o diretor-geral do BEI, Jean-Christophe Laloux, citado na mesma nota.

Já Amílcar Lourenço, administrador executivo do Santander em Portugal, sublinhou que esta nova parceria com o grupo BEI “representa o papel fundamental que o banco quer desempenhar junto dos seus clientes – particulares e empresas – no financiamento e na oferta das melhores soluções para as suas necessidades”, neste caso específico, a caminho da transição climática, detalhou.

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Israel restringe movimentos de pessoas no sul do Líbano

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

A população está proibida de se deslocar para as aldeias cuja evacuação o exército israelita ordenou no sul e, por outro lado, de atravessar o rio Litani.

O exército israelita anunciou esta quarta-feira a restrição noturna dos movimentos da população no sul do Líbano, poucas horas depois da entrada em vigor de uma trégua na guerra contra o movimento xiita libanês Hezbollah.

A população está proibida de se deslocar para as aldeias cuja evacuação o exército israelita ordenou no sul e, por outro lado, de atravessar o rio Litani, disse numa mensagem na rede social X o porta-voz do exército de língua árabe, Avichay Adraee.

O cessar-fogo, que entrou em vigor esta quarta e tem uma duração prevista de 60 dias, surge após dois meses de guerra aberta e aos mortíferos bombardeamentos aéreos israelitas.

Entre os vários termos do acordo, que se assemelha à Resolução das Nações Unidas 1701 adotada em 2006 após a última guerra entre o Hezbollah e Israel, está a retirada do Hezbollah para norte do rio Litani e o seu desarmamento, enquanto o exército libanês toma controlo do sul do Líbano.

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Casafari obtém financiamento de cinco milhões do BBVA Spark para ir às compras

"Estamos ativamente à procura de empresas com negócios complementares ao nosso", garante Nils Henning, CEO e cofundador da Casafari, ao ECO.

Fundadores da Casafari

A portuguesa Casafari, plataforma de serviços imobiliários dedicada aos profissionais do setor, fechou um acordo de financiamento (venture debt) de cinco milhões de euros com o BBVA Spark. Com esta nova injeção de capital, o objetivo passa por dar continuidade à expansão da startup na Europa, com compra de “empresas complementares” em mercados em que a Casafari já opera e em novos mercados “em 2025”.

“A Casafari continuará a crescer organicamente (através da sua oferta de produtos), expandindo-se para mercados novos e outros nos quais já opera. E também de forma inorgânica, através de aquisições e consolidação de mercado”, diz Nils Henning, CEO e cofundador da Casafari, ao ECO.

A startup já concluiu “duas aquisições de sucesso” — a Moonshapes (Portimão) e a Targomo (Berlim) — e “estamos ativamente à procura de empresas com negócios complementares ao nosso”, garante.

Mercados mira

Nesse sentido, “já a partir de 2025”, nos planos das empresas está “comprar empresas complementares em mercados nos quais já operamos (Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha), para consolidar o nosso estatuto de empresa com a mais completa e mais extensa base de dados de imobiliário na Europa, e em novos mercados, como Grécia, Polónia, Reino Unido, entre outros“, diz o CEO.

Com esta nova injeção de capital, eleva-se para 30 milhões de euros o capital já levantado pela startup fundada em 2018, cuja plataforma conta com mais de 60.000 utilizadores em Portugal, Espanha, Itália, França e Alemanha.

O investimento é o primeiro do BBVA Spark — divisão do banco espanhol BBVA para ajudar empreendedores e investidores de venture capital a escalar operações — em Portugal.

Atualmente com 150 colaboradores a nível global, dos quais 50 só em Portugal, a empresa está a reforçar a equipa. “Estamos sempre a recrutar, sim, porque queremos cativar o melhor talento. O perfil que procuramos são pessoas com ambição, uma mentalidade virada para o crescimento no setor da tecnologia e orientados para o cliente”, diz o CEO.

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EDP inicia construção de primeira central solar na Alemanha

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

A EDP não precisou o valor do projeto, mas adiantou que faz parte dos 300 milhões de euros que vai investir na Alemanha até 2026.

A EDP iniciou a construção da central solar de Ketzin, na Alemanha, que deverá entrar em operação em 2025, com capacidade para gerar energia suficiente para abastecer mais de 28.000 casas.

“A EDP, através da EDP Renováveis [EDPR], iniciou a construção do seu primeiro projeto de energia renovável em grande escala na Alemanha, materializando a ambição que estabeleceu para o desenvolvimento de energia limpa no país”, indicou, em comunicado, a elétrica.

Em resposta à Lusa, a EDP não precisou o valor do projeto, mas adiantou que faz parte dos 300 milhões de euros que vai investir na Alemanha até 2026, sendo o primeiro projeto, dentro deste investimento, a arrancar.

A central solar de Ketzin, que está localizada em Brandenburg, na Alemanha, tem uma capacidade instalada de 87 MWp (megawatts-pico) e deverá produzir anualmente energia suficiente para abastecer mais de 28.000 casas, evitando a emissão de, aproximadamente, 75.000 toneladas de dióxido de carbono.

O projeto, que deverá entrar em operação no próximo ano, foi desenvolvido através da Kronos Solar EDPR, que foi adquirida pela EDP em 2022, quando a empresa iniciou a operação na Alemanha. A Alemanha vai representar cerca de 20% do investimento europeu da EDP até ao final do seu atual plano de negócios e cerca de 25% até 2030.

“Com mais de cinco GWp [gigawatts-pico] de projetos solares em grande escala em diferentes fases de desenvolvimento e com uma equipa dedicada a impulsionar a energia eólica e outras tecnologias renováveis, a Alemanha tornar-se-á um dos mercados mais importantes para as ambições globais da EDP”, afirmou, citado na mesma nota, o presidente executivo da EDP para a Europa, Duarte Bello.

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Aeroporto Humberto Delgado vai para obras. O que muda?

  • ECO
  • 27 Novembro 2024

Contrato com consórcio de construtoras foi assinado esta quarta-feira. Obras de melhoria da infraestrutura vão custar 233 milhões.

A ANA assinou esta quarta-feira o contrato para as obras de melhoria do Aeroporto Humberto Delgado. Com um valor de 233 milhões de euros, a empreitada prevê a construção de uma nova zona de embarque e mais posições de estacionamento de aeronaves.

A obra, que deverá estar concluída em 2027, será realizada por um consórcio que junta a Mota-Engil, uma empresa do grupo Vinci, a Alves Ribeiro e a HCI Construções.

O auto de consignação foi assinado pelo diretor da Vinci para Portugal e Brasil, Thierry Ligonnière, pelo presidente da ANA Aeroportos, José Luís Arnaut, e pelo presidente da Mota-Engil, Carlos Mota dos Santos, numa cerimónia no Aeroporto Humberto Delgado.

A ANA detalha, em comunicado, que as obras incluem:

  • A ampliação do terminal 1 com a construção de uma nova zona de embarque, o Pier Sul, com 33 mil metros quadrados.
  • 10 novas pontes telescópicas de embarque, conhecidas vulgarmente como mangas.
  • 12 novas posições de estacionamento para aviões;
  • Ligação do Pier Central ao Pier Sul e reformulação do atual Pier Central;
  • Reformulação de todo o Busgate Sul.
  • Já este ano foi concluída a repavimentação do Taxiway e remodeladas várias áreas do aeroporto.

O investimento destina-se a “melhorar o conforto, a operacionalidade e o desempenho ambiental do Aeroporto de Lisboa”, afirma o CEO da ANA, Thierry Ligonnière.

Para já, não haverá qualquer aumento da capacidade da infraestrutura, que só acontecerá em futuras obras. Para essas, ao contrário das que agora vão avançar, será necessária a autorização da Agência Portuguesa do Ambiente.

A resolução do Conselho de Ministros prevê que o número de movimentos de aeronaves na Portela aumente de 38 para 45 por hora, elevando o número de passageiros para entre 40 e 50 milhões.

Esta quarta-feira foi também assinado um protocolo com a com a Força Aérea Portuguesa “para disponibilizar a utilização conjunta da placa militar do AT1 [Figo Maduro]”.

“Se dúvidas houvesse da vontade de a Força Aérea estar ao nosso lado, ficaram completamente dirimidas, e por isso hoje estamos aqui, mas também já estamos a dar os passos subsequentes, nomeadamente estamos, em conjunto, a pensar no novo Campo de Tiro da Força Aérea, absolutamente essencial para cumprir os nossos compromissos com a NATO, os nossos compromissos de defesa nacional”, referiu na cerimónia Miguel Pinto Luz, citado pela Lusa.

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Sindicatos e bancos acordam aumentos de 2,5% para 2025

Sindicatos afetos à UGT e os bancos subscritores do Acordo Coletivo de Trabalho chegaram a um princípio de acordo para aumentos de 2,5% dos salários para o próximo ano.

Os sindicados da banca afetos à UGT e os bancos subscritores do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) sobre o setor bancário chegaram a um princípio de acordo sobre o aumento de 2,5% das tabelas salariais e cláusulas de expressão pecuniária para 2025.

“Assim, os salários e pensões de 2025, bem como as cláusulas de expressão pecuniária, terão um aumento de 2,5%, percentagem acima da inflação prevista, o que proporciona um ganho real”, apontam o Mais Sindicato, Sindicato dos Bancários do Norte e o Sindicato dos Bancários do Centro num comunicado conjunto.

O acordo inclui ainda o aumento do subsídio de refeição para 11,6 euros e do plafond do crédito à habitação para 250 mil euros.

A reunião desta quarta-feira permitiu ainda concluir as negociações em relação a 2024. As duas partes chegaram a um acordo de 3% de aumento nas tabelas e cláusulas de expressão pecuniária.

A Caixa já tinha fechado o acordo com os sindicatos para aumentos de 3,2% este ano e 2,5% no próximo.

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Montenegro transmite a Guterres empenho para travar escalada de violência em Moçambique

  • Lusa
  • 27 Novembro 2024

O primeiro-ministro prometeu a António Guterres empenho do país para "garantir contenção", "capacidade de diálogo" de forma a travar uma escalada de violência em Moçambique.

O primeiro-ministro prometeu esta quarta-feira ao secretário-geral das Nações Unidas o empenho do Governo português em garantir “contenção, capacidade de diálogo” e trabalho para que não haja uma escalada de violência em Moçambique. Luís Montenegro falava no final de um encontro de cerca de uma hora com o secretário-geral da ONU, António Guterres, na residência oficial do primeiro-ministro, em São Bento (Lisboa).

O chefe do Governo disse ter transmitido a Guterres uma preocupação particular com “uma situação concreta que diz muito a Portugal e aos portugueses que é a situação que se vive em Moçambique”.

“Tive a ocasião de dizer ao senhor secretário-geral que nos empenharemos em poder garantir contenção, em poder garantir capacidade de diálogo, em poder garantir que não haja uma escalada de violência em Moçambique para que se ultrapasse, no respeito pelas instituições e pelos valores democráticos, o impasse que está criado e a conflitualidade nas ruas que infelizmente tem marcado os últimos dias naquele país amigo e irmão”, afirmou.

Pelo menos 67 pessoas morreram e outras 210 foram baleadas num mês de manifestações, desde 21 de outubro, de contestação dos resultados das eleições gerais em Moçambique, indica a atualização feita sábado pela Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana Plataforma Eleitoral Decide.

O candidato presidencial Venâncio Mondlane tem convocado estas manifestações, que degeneram em confrontos com a polícia – que tem recorrido a disparos de gás lacrimogéneo e tiros para dispersar –, como forma de contestar a atribuição da vitória a Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), com 70,67% dos votos, segundo os resultados anunciados em 24 de outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que ainda têm de ser validados e proclamados pelo Conselho Constitucional.

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