Viver no centro de Lisboa em edifício histórico? Aqui é possível

  • Rita Ibérico Nogueira
  • 15 Novembro 2024

Bem nas Avenidas Novas, o empreendimento Bombarda 54 encaixa na perfeição no conceito da “cidade de 10 minutos”, com acesso a vida de bairro e comércio de proximidade sem ter de pegar no carro.

Quem não sonha viver no centro da cidade, num apartamento cheio de luz e rodeado de restaurantes, cafés, escolas e farmácias, a cinco minutos de distância, a pé? Melhor ainda, se for num edifício histórico, com elevado valor patrimonial, reabilitado e ampliado a pensar no bem-estar dos seus ocupantes. Não vamos mais longe: esta casa existe, e já é possível reservar a sua.

Bem nas Avenidas Novas, o empreendimento Bombarda 54 encaixa na perfeição no conceito da “cidade de 10 minutos”, com acesso a vida de bairro e comércio de proximidade sem ter de pegar no carro. Não só a zona é incrivelmente central, como o edifício – atualmente em fase de reabilitação e ampliação – consegue combinar os elementos arquitetónicos de uma edificação dos anos 20 com a elegância recheada de detalhes de época – ambientes nobres, com tetos altos adornados com aplicações em gesso – e o conforto da vida contemporânea.

Projetado pelo atelier Tiago R. Correia Arquitetos, o Bombarda 54 oferece 14 luxuosos apartamentos com tipologias T2 (12) e T1 (2), com áreas entre os 79 e os 130 metros quadrados, que estarão concluídos no segundo trimestre de 2026. A consultora Portugal Sotheby’s International Realty é a responsável em exclusivo pela comercialização destes apartamentos – com preços a começar nos 650 mil euros – e já está a aceitar propostas. Sendo que, soube a Fora de Série, logo nas primeiras horas de comercialização, foram reservadas quatro unidades deste projeto. Para viver ou para investimento, se ficou interessado, é melhor correr.

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Ikea Portugal fatura com circularidade e espera crescer

  • Capital Verde
  • 15 Novembro 2024

A marca sueca, em declarações ao ECO/Capital Verde, refere que a área circular contribui para as receitas da empresa.

A cadeia sueca de mobiliário e decoração Ikea, com o aumento das preocupações sustentáveis por parte dos consumidores, tem vindo a implementar medidas de sustentabilidade, como, por exemplo, o serviço Segunda Vida e a Área Circular. Este último segmento da loja “tem crescido a cada ano”, pelo que já contribui para as receitas do negócio em Portugal e a expectativa é que continue em trajetória ascendente, segundo declarações de Ana Barbosa, responsável de sustentabilidade da Ikea Portugal, ao ECO/Capital Verde.

De acordo com a empresa, a Área Circular, que vende produtos em segunda mão, representa 1% da faturação total nacional. Ana Barbosa salienta que esta área “tem crescido a cada ano”. Quanto ao futuro, a responsável de sustentabilidade afirma que “todos os indicadores apontam para uma crescente adesão por parte das pessoas, que estão cada vez mais conscientes para a importância da circularidade, e com rotinas e um estilo de vida que cada vez mais necessita deste tipo de soluções”.

A área circular já representa 1% da faturação total nacional.

Entre os anos fiscais de 2018 e 2024, a Ikea Portugal contabilizou mais de sete milhões de artigos salvos nas suas lojas. Este valor, segundo a responsável de sustentabilidade da empresa, reflete as novas necessidades e interesses dos consumidores – “As preocupações ambientais são muito grandes, e em Portugal talvez até maiores do que em outros países da União Europeia”.

Este crescimento, refere a empresa, traduz-se em benefícios como dar uma segunda vida aos produtos, reduzir o desperdício e contribuir para a minimização da pegada de carbono.

Os “círculos” que reduzem a pegada da Ikea

A Ikea, para reduzir o desperdício e diminuir a pegada carbónica, definiu como linhas culturais da empresa a economia circular, de acordo com a responsável de sustentabilidade. Com este objetivo em mente, a empresa espera reduzir a pegada de carbono de toda a cadeia de valor global em 50% até 2030, sendo que, este ano, a Ikea já conseguiu uma redução de 22%. As iniciativas circulares, como o serviço segunda vida e a área circular, contribuem para esta redução carbónica.

A empresa recebe produtos de várias partes, tanto das próprias lojas como devoluções ou dos clientes que vendem os artigos Ikea de novo à própria empresa. A mobiliária sueca conta com uma área interna onde os produtos usados recebidos são avaliados e, conforme explica a responsável de sustentabilidade, “dependendo do estado em que eles estão voltam, ou não, diretamente para stock. As que não estão em condições para serem vendidas como novas, nesse caso, podem ser vendidas [na área circular] em segunda mão”.

Zona onde são avaliados os produtos para serem colocados nas áreas respetivasIkea

 

A Ikea, desde o lançamento do serviço segunda vida, tem oferecido aos clientes a opção de vender à empresa artigos usados da marca que estejam em boas condições. Nos últimos três anos, a empresa, através deste serviço, recebeu e vendeu mais de 36 mil produtos em segunda mão. “Vendemos pelo valor que compramos, não temos o objetivo de estar a especular”, garante a responsável de sustentabilidade, que aponta que a circularidade não está só apoiada no lado económico. O cliente, com este serviço, pode fazer uma estimativa do valor do seu produto no site da empresa, depois do valor estabelecido e de levar o produto à loja para vender, recebe um cartão de reembolso com o valor acordado, e o artigo é posteriormente revendido na área circular da loja.

Além dos móveis provenientes do serviço segunda vida ou de devoluções que apresentem algum desgaste e que não podem ser vendidos como novos, estão também na área circular os artigos de exposições ou de coleções que, entretanto, foram descontinuados. No que toca à disposição dos artigos nesta secção da loja, a responsável de sustentabilidade da empresa explica: “organizamos a área [circular] como organizamos a loja. Tentamos ter áreas de mobiliário para que seja mais fácil a compra”, refere.

A prática de reutilização dos produtos vai além da compra e venda. Nas lojas, existe também uma “biblioteca de peças sobressalentes”, onde são armazenadas peças recuperadas de móveis que já não estavam totalmente funcionais, o que permite à Ikea aproveitar essas peças na manutenção de outros móveis.

Crescimento Económico e Sustentável

O crescimento na sustentabilidade e nas medidas circulares não é impulsionado apenas pelo lucro, garante a empresa. “O principal objetivo não é financeiro, mas sim oferecer uma solução para os nossos clientes“, refere a responsável de sustentabilidade da Ikea Portugal.

Ana Barbosa, responsável de sustentabilidade da Ikea PortugalIkea

 

Entre 2021 e 2024, segundo a empresa, o negócio cresceu cerca de 20% em termos absolutos, o que representa para a responsável de sustentabilidade um cenário onde “é possível desassociar o crescimento do negócio do crescimento da pegada carbónica”. “Se nós pensássemos que por estarmos a vender em segunda mão deixamos de vender novo e de repente vamos deixar de vender novo, esse cenário impactava negativamente. Mas se pensarmos nisto num equilíbrio, estamos a querer ter cada vez mais fontes de receita de segunda mão. Ao mesmo tempo, estamos a alargar o tipo de clientes que têm acesso a nós porque eventualmente uma pessoa que não pode comprar novo, não compra no Ikea e desta forma temos um novo cliente”, explica a responsável.

Segundo indicadores da empresa, a tendência para o futuro é a maior adesão a modelos de consumo sustentável e produtos circulares, alinhado com as necessidades dos consumidores que procuram ser sustentáveis a preços reduzidos.

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Indústria dos mármores vale 100 milhões de euros à exportação nacional

Com 29 pedreiras ativas, município de Vila Viçosa contabiliza 60 empresas e 270 empregos no setor da extração e transformação de mármore, que vale 100 milhões de euros à exportação nacional.

A extração e transformação de mármore é o principal setor económico de Vila Viçosa, onde se encontram grandes empresas como a Solubena ou o Grupo Galrão. A região alentejana tem 29 pedreiras ativas, concentra 60 empresas e emprega 270 pessoas, de acordo com os dados fornecidos ao ECO pela Assimagra. Já a nível nacional, o setor contabiliza 120 empresas, 600 trabalhadores e 800 pedreiras.

O peso da pedra natural no PIB nacional é de cerca de 0,7%, sendo que o mármore representa cerca de 0,14%. Segundo a associação que representa as empresas dos recursos minerais, Portugal exporta cerca de 100 milhões de euros em mármore, o que equivale a 20% do total das vendas de pedra natural portuguesa no estrangeiro.

A autarquia de Vila Viçosa, liderada pelo social-democrata Inácio Esperança, adianta ao ECO que estão a surgir novas empresas e projetos nos mármores de Vila Viçosa. Nomeadamente, concretiza, através da “aquisição de empresas que estavam em insolvência e que começam a laborar (A. Mocho, Multimármore ou Poeiras), o que corresponde a mais 50 empregos para a região”.

Estrangeiro “extrai” 80% da Solubema

Fundada em 1928, a Solubema assume-se “como a maior empresa produtora de mármore de Portugal” com quatro pedreiras principais de grandes dimensões nos concelhos de Vila Viçosa e de Borba, e mais cinco pedreiras periféricas. A empresa emprega 130 pessoas e fatura 20 milhões de euros.

A Solubema extrai cerca de cinco mil metros cúbicos de mármore por ano, o que representa cerca de 18 mil toneladas. Os mercados internacionais absorvem 80% da extração, com destaque para o Médio Oriente e Extremo Oriente.

Francis Dikran Kezirian, administrador da Solubema, contabiliza ao ECO um investimento de 30 milhões de euros nas últimas três décadas, ou seja, uma média de um milhão por ano. Atualmente está a investir um montante semelhante em máquinas para aumentar a capacidade de produção, em equipamentos de segurança para as pedreiras e em veículos elétricos.

Mármore vale três milhões ao Grupo Galrão

Fundado em 1955, o Grupo Galrão é outra referência na extração, transformação e comercialização de pedra natural. O grupo familiar, que emprega 80 pessoas, conta com duas fábricas — uma em Pero Pinheiro, no concelho de Sintra (mármores), e outra em Monção (chapa) –, duas pedreiras de mármore no Alentejo — uma no concelho de Estremoz e a outra em Pardais, no concelho vizinho de Vila Viçosa, no distrito de Évora — e ainda um armazém no Porto.

Fábrica e máquinas são fáceis de conseguir, basta haver dinheiro para investir; matéria-prima é o que a geologia dá e ponto final.

Paulo Diniz

Administrador do Grupo Galrão

O grupo extrai cerca de cinco mil metros cúbicos de mármore por ano, o que representa cerca de 18 mil toneladas. O mercado nacional absorve 70% da extração, mas o mármore português chega aos EUA, França, Médio Oriente e a alguns países africanos. Dos oito milhões de euros de faturação global, o mármore representa três milhões, seguido do granito com a mesma quota.

“A matéria-prima é um vetor fundamental do nosso negócio. Fábrica e máquinas são fáceis de conseguir, basta haver dinheiro para investir; matéria-prima é o que a geologia dá e ponto final”, afirma ao ECO Paulo Diniz, administrador do Grupo Galrão que pertence à terceira geração da empresa.

O grupo fundado por Eduardo Galrão Jorge acaba de investir cerca de 130 mil euros numa máquina de serrar para as pedreira de Vila Viçosa. Na fábrica em Monção investiram cerca de 700 mil euros numa máquina para serrar chapa; e na de Pero Pinheiro vai comprar duas máquinas no valor de 220 mil euros.

Entre os projetos mais sonantes do Grupo Galrão está a fachada de vidro de dois andares, emoldurada por um pórtico côncavo inteiramente revestido em mármore Sunrise de Estremoz, no shopping center Lenox Square, na cidade de Atlanta, um dos maiores centros comerciais da região sudeste dos Estados Unidos.

Mármore de Vila Viçosa em Nova Iorque

Três mil toneladas de mármore extraídas de uma pedreira em Vila Viçosa foram utilizadas na construção das fachadas de um novo centro de artes cénicas em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A Granoguli é a empresa proprietária da pedreira de onde foi extraída a pedra para as fachadas do prédio.

Fonte: Perelman Performing Arts CenterPerelman Performing Arts Center

O Perelman Performing Arts Center foi inaugurado em setembro do ano passado, junto ao local conhecido como “Ground Zero”, que substituiu as torres gémeas e onde existe um memorial e um museu em homenagem às vítimas dos atentados do 11 de setembro de 2001.

A nível global, Portugal ocupa a sétima posição entre os principais produtores e extratores de pedra natural a nível mundial. No ano passado, o país exportou 488 milhões de euros, essencialmente para França, China e Espanha, equivalendo a 0,6% das vendas de bens portugueses no exterior.

Miguel Goulão, presidente da Associação Portuguesa da Indústria dos Recursos Minerais (Assimagra) estima ao ECO que o setor faturou 1,2 mil milhões de euros no ano passado. Em 2022 contabilizava 2.066 empresas (1.652 de transformação e 414 de extração) e 14.052 colaboradores (10.537 da indústria transformadora e 3.515 da extração).

Município melhora acessibilidades

Tendo em conta a importância deste cluster para a economia local, o município de Vila Viçosa adiantou ao ECO que está a melhorar os pavimentos dos arruamentos das Zona Industrial (urbana) de Vila Viçosa, num investimento de aproximadamente 50 mil euros. Inácio Esperança refere ainda que “até dezembro serão efetuadas mais pavimentações no valor de 100 mil euros com o “objetivo de criar acessibilidades a novas empresas e permitir o crescimento de outras”.

Paralelamente, a autarquia está a fazer uma correção material ao Plano de Intervenção em Espaço Rural (PIER) da Vigária (freguesia de Bencatel) “que se encontrava elaborado mas desatualizado, sendo necessário um investimento aproximado de 3,5 milhões de euros (obra), para a implementação”. A autarquia esclarece ainda que nas freguesias de Lagoa e Pardais têm de ser elaborados os Planos de Intervenção em Espaço Rural, o que representa um investimento de 300 mil euros.

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Conselho das Finanças Públicas apela a que Governo avance mesmo com revisão da despesa pública

Presidente do Conselho das Finanças Públicas alerta para necessidade de um modelo de revisão da despesa pública que seja consequente, numa altura em que regras europeias obrigam a maior controlo.

A revisão da despesa pública é um dos objetivos do Governo e têm sido apontando como fundamental pelas instituições que analisam as contas públicas portuguesas. Agora há mais uma voz a juntar-se a este apelo: a da presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), Nazaré da Costa Cabral, que alerta para a importância do tema numa altura em que o controlo dos encargos do Estado vai apertar devido às novas regras europeias.

Numa audição parlamentar que teve lugar esta quinta-feira no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), Nazaré da Costa Cabral defendeu a necessidade que se avance não apenas com o exercício de identificação das despesas públicas essenciais e supérfluas, mas também como a sua prioridade e respetiva eliminação caso se justifique.

“É um grande desafio que o Governo tem entre-mãos, o de avançarmos claramente para um modelo de revisão da despesa que seja consequente nos seus termos, que cubra toda a despesa pública”, disse, acrescentando que esta avaliação deverá permitir identificar quais são os encargos menos prioritários “para que sejam descontinuados”.

É um grande desafio que o Governo tem entre-mãos, o de avançarmos claramente para um modelo de revisão da despesa que seja consequente nos seus termos, que cubra toda a despesa pública.

Nazaré da Costa Cabral

Presidente do Conselho das Finanças Públicas

Em causa está o exercício orçamental que analisa de forma detalhada e sistemática a despesa base do Estado, com o objetivo de gerir o nível agregado de despesas, identificar medidas de poupança ou de reafetação de verbas, criando margem orçamental, e de melhorar a eficácia dos programas e das políticas.

Nazaré da Costa Cabral defendeu que este exercício se torna mais urgente “num contexto em que a malha em relação à despesa pública se vai apertar” na sequência das regras que regem os planos orçamentais estruturais de médio prazo.

O tema já tinha sido abordado pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) na análise à proposta orçamental. A unidade coordenada por Rui Nuno Baleiras recordou que o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, sinalizou aquando da apresentação do Orçamento que o Governo quer avançar com uma revisão da Lei de Enquadramento Orçamental (LEO), na qual se inclui a introdução de um mecanismo de revisão de despesa.

“Com assistência técnica da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico], o Ministério das Finanças tem levado a cabo nos últimos anos uma série de trabalhos tendente a tornar mais profissionais os exercícios de revisão da despesa e é desejável que os princípios gerais de governança deste mecanismo ganhem dimensão jurídica“, refere a apreciação da UTAO.

O Ministério das Finanças tem levado a cabo nos últimos anos uma série de trabalhos tendente a tornar mais profissionais os exercícios de revisão da despesa e é desejável que os princípios gerais de governança deste mecanismo ganhem dimensão jurídica.

Unidade Técnica de Apoio Orçamental

Apreciação do OE2025

Desde 2013 foram executados três exercícios de revisão de despesa: um durante a troika (2013-2014), um entre 2016 e 2023, e um com início em 2023 e que ainda decorre. No Orçamento do Estado para o próximo ano, o Governo prevê poupar 336,9 milhões de euros até 2027 com a identificação de despesa ineficiente e ineficaz e a ponderação de opções de poupança na saúde, no funcionamento das Administrações Públicas e de subvenções públicas.

Nas contas do Ministério das Finanças, a revisão de despesa dos exercícios em curso vai permitir uma poupança anual de 84,7 milhões de euros em 2025, a que se segue 236,9 milhões de euros em 2026 (fortemente influenciado pelas subvenções públicas) e de 15,3 milhões de euros em 2027.

Ora, a UTAO sugere, no entanto, que a inscrição na Lei de Enquadramento Orçamental (LEO), sinalizada pelo ministro da tutela, “não seja demasiado detalhada a ponto de dificultar a melhoria gradual do mecanismo ao longo dos anos”.

Não haverá ainda solidez suficiente para cristalizar detalhes operacionais, tanto mais que a revisão de despesa está dependente da estabilização da contabilidade de gestão nas entidades públicas e da definição de indicadores de acompanhamento e avaliação do cumprimento de metas extra-financeiras ao nível de medidas de política individuais”, aponta.

Na avaliação à Conta Geral do Estado (CGE) de 2023, divulgada em outubro, o Tribunal de Contas considera que os exercícios de revisão de despesa levado a cabo nos últimos anos têm ficado aquém dos objetivos. O Tribunal concluiu que, após mais de dez anos após a primeira experiência com revisão da despesa, este tipo de exercício não registou um nível de desenvolvimento que permita utilizá-lo como um instrumento significativo de apoio à gestão financeira pública”, pode ler-se no relatório.

Para o Tribunal, a base desta fragilidade reside na “falta de institucionalização do exercício”, na “reduzida transparência na sua condução” e no “insuficiente envolvimento político”. Ainda assim assinala que em 2023 começaram-se “a criar relações efetivas, enquadradas em referenciais técnicos sólidos, com as entidades que se pretende que venham a desempenhar papéis relevantes nos processos de revisão da despesa”.

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Preços das casas em Portugal estão sobrevalorizados há seis anos

Estudo conclui que existem sinais de sobreaquecimento nos preços da habitação em Portugal desde o início de 2017 em contraste com o comportamento dos preços no mercado espanhol.

Os preços da habitação em Portugal cresceram 83% em termos reais entre o início de 2013 e o final de 2023, um valor muito acima do crescimento de 28% em Espanha durante o mesmo período. A conclusão é de um estudo publicado na Revista de Estudos Económicos do Banco de Portugal (BdP) que indica que os sinais de sobrevalorização do mercado imobiliário residencial em Portugal já duram desde o início de 2017.

“Em Portugal, os preços apresentavam sinais de sobrevalorização no final de 2023, enquanto no mercado espanhol não se verifica esse comportamento“, destacam os economistas Rita Fradique Lourenço, Afonso Moura e Paulo Rodrigues, no artigo “Mercado de habitação em Portugal e Espanha: Fundamentos, sobrevalorização e choques”, que integra a revista do supervisor bancário de outubro.

No entanto, este comportamento já vem de trás. “Os sinais de sobrevalorização nos preços da habitação em Portugal já duram desde o início de 2017 em contraste com o comportamento dos preços no mercado espanhol“, acrescentam.

Fonte: Revista de Estudos Económicos do Banco de Portugal, outubro de 2024

Os autores recordam que, nos últimos anos, Portugal e Espanha enfrentaram crises financeiras e processos de ajustamento semelhantes e que os preços da habitação em ambos os países registaram uma contração, ainda que com uma magnitude diferente. Assim, entre a crise financeira de 2008 até 2013, os preços caíram, em média (em termos reais), 4% ao ano em Portugal e mais de 8% em Espanha.

A partir de 2014 e até 2023, os preços das casas registaram uma recuperação que atingiu um crescimento anual médio de 6% em Portugal e de menos de 3% em Espanha.

O crescimento dos preços da habitação em Portugal seja, na maior parte do período considerado, impulsionado pelas forças da procura, com a oferta a ser incapaz de contrabalançar este efeito. No caso espanhol, esta pressão da procura é mitigada pela contribuição da oferta, em particular no período pré-pandemia“, pode ler-se.

Desde o início de 2020 até ao final de 2023, no caso português, por exemplo, registou-se uma desaceleração do investimento residencial durante a pandemia, seguida de uma “forte recuperação (mais uma vez, guiada maioritariamente pela procura) no ano de 2021”. Posteriormente, desde meados de 2022, o início do ciclo restritivo de política monetária iniciado pelo Banco Central Europeu (BCE) levou a uma desaceleração tanto do investimento como dos preços, “embora no final de 2023 os últimos já estejam a retomar uma trajetória de aceleração — guiados novamente pela pressão vinda da procura”.

Por outro lado, “em Espanha, desde o período da pandemia, os preços têm crescido abaixo ou dentro da média histórica”, já que “inicialmente, os constrangimentos na oferta pressionaram ligeiramente os preços a acelerar, mas a fraca procura contrabalançou essa tendência”. No período mais recente, “nem a procura nem a oferta têm estado a criar pressões consideráveis nos preços”, consideram.

Em 2023, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.611 euros/m2, tendo as sub-regiões Grande Lisboa (2.740 euros/m2), Algarve (2.613 euros/m2), Península de Setúbal (1.901 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (1.889 euros/m2) e Área Metropolitana do Porto (1.800 euros/m2) registado valores superiores ao nacional, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). A informação mais recente, divulgada em outubro, indica que no segundo trimestre deste ano, o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1.736 euros/m2, refletindo um aumento de 6,6% face ao segundo trimestre de 2023.

Segundo dados do organismo de estatística, em 2023, cerca de 2/3 da despesa média das famílias em Portugal concentrou-se em encargos associados à habitação (39,3%).

Instituições como o Fundo Monetário Internacional (FMI) também têm alertado para a deterioração do acesso à habitação em Portugal. “A acessibilidade à habitação deteriorou-se significativamente durante a última década”, afirmou o organismo em outubro, recordando que “os pagamentos médios das hipotecas representam agora 32,8% do rendimento médio, acima dos 23,8% de há quatro anos”.

O FMI assinala que “um agregado familiar com um rendimento mediano deixou de ser elegível para um empréstimo hipotecário para comprar uma casa de preço médio em 2023, ao contrário do que acontecia no passado recente”, notando ainda que, “refletindo a rápida subida dos preços da habitação, até ao segundo trimestre de 2023, era necessário 1,5 vezes o rendimento mediano para obter uma hipoteca para uma casa de preço médio”.

Do lado da oferta, defende que é “essencial abordar a escassez local de oferta habitacional para corresponder à procura das famílias”. Para isso, recomenda “ações necessárias para reduzir barreiras regulatórias e administrativas e resolver a escassez de mão-de-obra no setor da construção”. E elogia algumas medidas recentes do Governo, como o programa “Construir Portugal”, que “pode ajudar a abordar algumas das causas fundamentais da escassez habitacional se for bem-sucedido na redução de barreiras regulatórias à construção”.

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Eleição de Trump põe dólar na rota da paridade com euro. O que significa?

Nota verde atingiu o valor mais elevado do último ano contra o euro e bancos antecipam cenário de paridade devido à política económica protecionista de Trump. Quem ganha e quem perde?

Dólar e euro estão a caminho da paridade? O movimento dos últimos dias aponta nesse sentido, sobretudo depois da vitória clara de Donald Trump nas eleições dos EUA, com a promessa de uma política económica protecionista a dar força à nota verde. Com a Europa a “gripar”, há quem admita o euro abaixo do dólar. Mas o que significa um dólar valer um euro? Qual o impacto em Portugal?

Na última semana, pelo menos uma dezena de bancos internacionais cortaram as suas perspetivas para a moeda única, alguns dos quais antecipando um cenário de paridade com o dólar. Esta quinta-feira a nota verde avançou para máximos de um ano contra o euro, transacionando nos 0,95 euros – sendo que ainda há dois anos ambas as moedas se equivaliam.

Por detrás deste movimento no mercado cambial estão as perspetivas de que a próxima Administração Trump venha a impor uma política económica de fortes restrições comerciais a partir do próximo ano com um aumento das tarifas, que irão atingir as exportações das Zona Euro, num momento em que as grandes economias como Alemanha e França enfrentam tempos de incerteza.

Vítor Madeira, analista da XTB, explica isso mesmo ao ECO. “Este movimento reflete expectativas de crescimento económico nos EUA, com investidores a apostar no dólar”, diz o responsável. “Uma política de protecionismo enunciada por Donald Trump está também na origem do movimento aliada à expectativa do mercado monetário em que a Reserva Federal (Fed) vai permanecer com as taxas de juro altas por mais tempo do que inicialmente se pensava”, acrescenta.

Como explica Fernando Castro e Solla, partner da Baluarte Investimentos: “Esta medida tem impacto inflacionista por um lado e por outro lado gera incerteza relativa ao crescimento da economia a nível global. A inflação porque gera expectativas de taxas mais altas e a incerteza porque ativa o papel de refúgio têm ambas potencial impacto positivo no valor do dólar.

Steven Santos, diretor de plataformas do Big, concorda: “Num quadro geopolítico e económico instável, os investidores internacionais privilegiarão a acumulação de dólares americanos, que é a moeda central do sistema financeiro atual”.

Euro pressionado pelo dólar

Fonte: Refinitiv

Euro abaixo da paridade? É possível, admite Deutsche Bank

A “onda vermelha” em que os republicanos conquistam o Senado (já conquistada) e também a Câmara dos Representantes (perto disso) aumenta a probabilidade de que a política protecionista de Trump seja implementada. E com isso a chance de dólar e euro caminharem lado a lado.

Por outro lado, a Europa também não dá sinais favoráveis à sua moeda. O motor económico alemão por pouco escapou a uma recessão, o governo de Olaf Scholz está em crise e França mantém um elevado risco político após as eleições antecipadas realizadas este ano, dizem os analistas do JPMorgan, com uma previsão euro-dólar nos 1,05 dólares caso a onda vermelha se confirme.

A Mizuho espera que o euro atinja os 1,01 dólares em março e o banco ING prevê que isso aconteça no início de 2026. Mas o cenário mais penalizador para o euro vem do Deutsche Bank. “Se a agenda de Trump é implementada na totalidade e rapidamente, sem uma resposta política da Europa ou China, podemos ver o euro-dólar passar a paridade até 0,95 dólares ou até menos”, referiu George Saravelos, analista do banco alemão, numa nota citada pela agência Bloomberg.

A TD Securities espera que o euro recue para 1,03 dólares na altura em que Trump regressar à Casa Branca em janeiro, mas não descarta um cenário de paridade.

Quem ganha e quem perde?

O valor da moeda tem impacto na atividade económica. O euro mais fraco torna as exportações nacionais mais competitivas pois um dólar forte permite ao comprador internacional adquirir mais bens às empresas portuguesas.

Ou seja, setores ou países exportadores deverão a ganhar com este cenário, mas as contas não são tão lineares. Por exemplo, se tiverem de comprar as matérias-primas aos EUA para produzirem os bens, também vão ter de pagar mais.

Por outro lado, as importações de bens cotados em dólares vão sair mais caras. Isto porque com um euro passamos a comprar menos de um determinado produto que é transacionado em dólares. Esse é o caso do petróleo, gás e a generalidade das matérias-primas que são negociadas no mercado, que custarão mais dinheiro. Viajar para os EUA também ficará menos em conta.

“As implicações para a Europa, e assim para Portugal na medida em que tem na Europa o seu parceiro comercial determinante, oscilarão ao sabor do balanço do efeito positivo de um dólar forte a favorecer as exportações europeias e o impacto negativo do eventual estabelecimento de tarifas sobre as importações com origem europeia”, frisa Fernando Castro e Solla.

Mas o gestor recomenda prudência: “No passado, a proximidade da paridade levou muitas vezes as autoridades norte-americanas a atuar quer por via da política monetária quer por via da retórica política”.

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5ª Conferência: O que pensam do futuro os gestores de topo das seguradoras

  • ECO Seguros
  • 14 Novembro 2024

As seguradoras são chamadas a contribuir para o equilíbrio social e para a reindustrialização e inovação na Europa. Os responsáveis da APS e das maiores seguradoras debateram o futuro.

O painel “Riscos e investimentos: Que estratégias para o médio prazo” contou com José Galamba de Oliveira, Presidente da APS, Luís Menezes, CEO do Grupo Ageas Portugal, João Barata, Chief Insurance Officer Generali Tranquilidade, Maria João Sales Luís, Administradora da Fidelidade e foi moderado por Francisco Botelho, Diretor do ECO Seguros

O último momento de debate da 5ª Conferência Anual ECOseguros focou-se em “Riscos e investimentos: Quais as estratégias de médio prazo para as seguradoras europeias”. Contou com a participação de José Galamba de Oliveira, Presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), Luis Menezes, CEO do Grupo Ageas Portugal, João Barata, Chief Insurance Officer da Generali Tranquilidade e Maria João Sales Luís, Administradora da Fidelidade.

José Galamba de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), argumentou que as exigências atuais de solvência são inadequadas para o perfil conservador do setor e que uma regulamentação ajustada permitiria uma atuação mais alinhada.

Luís Menezes, CEO da Ageas Portugal, lamentou a falta de reconhecimento geral sobre a relevância do setor. e defendeu a verticalização da cadeia de valor dos seguros enquanto Maria João Sales Luís, administradora da Fidelidade, considerou que o atual sistema é o ideal. Destacou o grupo Fidelidade no apoio à inovação, com investimentos em startups e capital de risco, enquanto João Barata, da Generali Tranquilidade, frisou a importância de apoiar a transição energética, essencial para o futuro das seguradoras.

Veja ou reveja o debate:

A 5ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” teve lugar na passada semana em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB).

Empresas que viabilizaram a Conferência

A 5ª Conferência ECOseguros foi possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador, permitindo o acesso gratuito aos profissionais inscritos. As companhias de seguros apoiantes foram a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mgen, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros, apoiaram a 5ª Conferência a Innovarisk Seguros, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estiveram Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estiveram presentes a Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

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Programa Revive “ainda é um grupo de trabalho”, diz governante

Revive foi criado em 2016, mapeou 65 imóveis, 31 foram lançados a concurso e desses 24 assinaram contrato. "Desde então temos três imóveis em operação", revelou o secretário de Estado do Turismo.

O Programa Revive, que visa promover e agilizar os processos de reabilitação e preservação de património público devoluto, está muito aquém do que seria a expectativa quando foi lançado em 2016, tem múltiplos nós por desatar e ainda hoje é um grupo de trabalho, denunciou esta quinta-feira o secretário de Estado do Turismo.

“Este programa, criado em 2016, mapeou 65 imóveis, 31 foram lançados a concurso e desses 24 assinaram contrato”, elencou Pedro Machado, a discussão da proposta de Orçamento do Estado na especialidade. “Desde então temos três imóveis em operação, ou seja, o percentual de sucesso deste programa fica muito aquém do que seria a expectativa quando se lançou o programa”, sublinhou.

“O programa ainda hoje é um grupo de trabalho que conta com a Estamo, com a Cultura, com a Defesa e o Turismo, mas não tem nenhum suporte legislativo que faça a sua afirmação e consistência tal como foi desenhado“, lamentou o secretário de Estado.

Entre os “nós” que este Governo pretende desatar, nas palavras de Pedro Machado, estão os imóveis classificados, mapeados que “não viram nenhum decurso de operação”. O responsável elencou vários exemplos: o caso da Azamabuja, o Palácio das Boas Obras e o Palácio Pina Manique, que “desde 2016 nunca tiverem nenhuma interação que os colocassem no programa”; Vila Nova de Cerveira onde o contrato foi assinado no mandato do anterior presidente de câmara, em 2019, mas o atual, liderado pelo socialista, Rui Teixeira, não reconhece o projeto aprovado que previa a instalação e exploração de um estabelecimento hoteleiro com, no mínimo, quatro estrelas, com 41 quartos, restaurante e ginásio no castelo.

Pedro Machado sublinhou que o Revive é um bom exemplo de continuidade nas políticas públicas, “mas tem problemas”. “É uma boa ideia, mas tem muito trabalho de casa por fazer. Este Governo propõe-se desatar os nós e procurar que o programa possa ser dado à capacidade do setor privado para fazer a operação”, concluiu.

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Verspieren compra mais uma mediadora para reforçar o norte

A estratégia da corretora francesa liderada por Rogério Dias é diversificar o portfolio de um corretor que tem "grandes clientes em carteira".

A corretora de seguros VCS-Verspieren acaba de adquirir a mediadora Postura Distinta, empresa que tem dois escritórios em Vila Nova de Famalicão, conta com 3.500 clientes entre particulares e pequenas e médias empresas e tem uma carteira de seguros vida e não vida superior a 3 milhões de euros.

Negócio fechado: José Manuel Sá Carneiro, Maria José Arrulo Carneiro, Rogério Dias, a CFO da Verspieren Anabela Azevedo, Miguel Correia e Paulo Almeida, Diretor Comercial Norte Verspieren.

Toda a equipa da Postura Distinta, que em 2023 obteve um volume de negócios de 262 mil euros com 28 mil de resultados líquidos, passará a fazer parte da VCS – Corretores de Seguros.

A aquisição foi feita aos sócios Miguel Correia que detinha 50% do capital e a Maria José Carneiro e a José Manuel Sá Carneiro, detentores de 25% cada um.

Em 2020, a junção da Sá Carneiro Mediação de Seguros com a Miguel Correia Mediação de Seguros, deu origem à Postura Distinta, marca que se torna propriedade da adquirente.

Fonte da VCS-Verspieren adiantou que esta operação reforça a estratégia de expansão territorial da empresa da VCS que atualmente já conta com mais de 30 escritórios a nível nacional, entre agentes, associados e parceiros.

Em 2024 a VCS – Verspieren já adquiriu a Giraldo, em Évora, 100% do capital da mediadora Topclasse, com escritório em Algueirão-Mem Martins e realizou também a operação de integração da Alvo Seguro, uma mediadora exclusiva Generali Tranquilidade com base na Maia, e da Zita Silva, localizada em Paredes.

Anteriormente a VCS já tinha juntado ao grupo a Macedo’s, a Link, a João Maria Silva, a Serseguro, a Rubisar e a Opinatus.

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Alemã Dachser abre hub tecnológico no Porto e cria 100 empregos

O futuro hub tecnológico no Porto será o segundo maior centro de IT da Dachser a nível global. Empresa já está a recrutar e espera criar 100 empregos.

A empresa de logística Dachser vai abrir um novo hub tecnológico na cidade do Porto – o segundo maior centro de IT da Dachser a nível global –, no segundo trimestre de 2025, prevendo a criação de, pelo menos, uma centena de postos de trabalho até ao final de 2026. A empresa iniciou a sua atividade este mês de novembro, em instalações provisórias, na Invicta, no âmbito da sua estratégia de inovação digital e reforço da presença em Portugal.

A passagem para o futuro espaço, com uma área de mais de 750 metros quadrados, está prevista para o segundo trimestre de 2025. O processo de recrutamento, já em curso, prevê a criação de mais de 100 empregos até ao final de 2026.

O Dachser Corporate IT Hub Portugal será o segundo maior centro de IT da Dachser a nível global, a par dos atuais centros IT da empresa em Espanha, França, Alemanha, Hong Kong e EUA, onde 750 especialistas desenvolvem e otimizam os sistemas centrais integrados da empresa para gestão de transporte e de armazéns.

A cidade destaca-se pela inovação e pela segurança cibernética, além de oferecer acesso a talentos de excelência devido à proximidade de várias universidades, entre outros fatores.

Ralf Morawietz

Corporate Director IT (CIO) da Dachser

Na hora de decidir pela cidade do Porto para a instalação deste novo hub pesaram as “várias vantagens competitivas, a começar pelo seu ambiente internacional, com uma forte orientação tecnológica”, elenca Ralf Morawietz, corporate director IT (CIO) da Dachser, citado num comunicado.

“A cidade destaca-se pela inovação e pela segurança cibernética, além de oferecer acesso a talentos de excelência devido à proximidade de várias universidades, entre outros fatores. O Porto está decididamente a caminho de se tornar um dos centros tecnológicos mais importantes da Europa”, assinala Ralf Morawietz.

Stefan Hohm, chief development officer (CDO) da Dachser explica, por sua vez, que “o IT Hub em Portugal permitirá fortalecer e expandir as capacidades digitais [do grupo], apoiando o crescimento futuro da empresa”.

“Para atingirmos o nosso objetivo de nos tornarmos o fornecedor de logística mais integrado a nível mundial, temos também de nos tornar o fornecedor de logística mais digitalizado”, completa Stefan Hohm.

Alemã Dachser abre hub tecnológico no Porto e cria 100 empregos14 novembro, 2024

Já o vereador da Economia na câmara portuense, Ricardo Valente, considera de grande relevância este investimento na Invicta. “A presença da Dachser, processo que acompanhamos desde o início com a InvestPorto, demonstra a capacidade da cidade para atrair investimentos de alto valor agregado e forte exigência em termos de recursos humanos e tecnologia de empresas que são referências mundiais.”

A Dachser opera em Portugal desde 1999 com serviços de transporte e soluções logísticas para armazenamento e distribuição de mercadorias, tanto no transporte terrestre como no transporte aéreo e marítimo, e emprega cerca de 200 pessoas no país. “Em 2023, a Dachser Portugal registou uma faturação de 94,2 milhões de euros e processou 1,2 milhões de envios”, contabiliza o grupo.

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Viana terá nova unidade turística num investimento de 4 milhões de euros

Executivo de Viana do Castelo vai celebrar um contrato de investimento com uma empresa local para a construção, em Darque, de um aparthotel num investimento de 4 milhões de euros.

Viana do Castelo vai ter um novo empreendimento turístico com 16 unidades de alojamento, num total de 30 camas, e mais quatro espaços para comércio e serviços de apoio, num investimento de quatro milhões de euros. Nesse sentido e no âmbito do regime de incentivos municipais, a câmara vai celebrar um contrato de investimento com a empresa CLYES – Investimentos Imobiliários SA, responsável pelo licenciamento do futuro espaço.

A celebração do contrato foi aprovada esta quinta-feira em reunião do Executivo municipal. Com sede na freguesia de Darque, a empresa pretende levar a cabo o licenciamento deste empreendimento turístico, “dinamizando a oferta de alojamentos numa área vocacionada para o turismo, junto à praia do Cabedelo e Rio Lima”, refere a autarquia num comunicado.

Para beneficiar da isenção de pagamento de taxas devidas pelo licenciamento da operação urbanística, bem como demais taxas que sejam devidas por alterações/aditamentos ao projeto”, a empresa terá de cumprir determinados requisitos, detalha o município liderado por Luís Nobre. Deverá empregar na unidade um número de trabalhadores igual ou superior a quatro e realizar um investimento superior a quatro milhões de euros.

Esta unidade turística, com características de aparthotel, será construída num prédio urbano com rés-de-chão, 1º e 2º andar e terreno de logradouro, na freguesia de Darque.

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Pedro Reis quer acelerar a vertente comercial do Banco de Fomento

Ministro da Economia defende modelos de aprovação simultâneos entre o PRR e o PT2030 e garantias de suporte à parte de capital privado dos projetos, assim como modelos de garantias pré-aprovadas.

O ministro da Economia fez uma lista das mudanças que pretende introduzir no Banco de Fomento. Pedro Reis admite que as empresas ainda não perceberam quais as vantagens da existência de um banco de fomento, mas defende que é fundamental simplificar os modelos de candidaturas e aprovação e acelerar a vertente comercial do banco para fazer chegar mais produto e mais linhas às empresas.

“Tendo em conta as fragilidades que ainda existem na economia, é importante que exista um Banco de Fomento. O fundamental é ir mais além, ser competitivo nas respostas, preencher falhas de mercado”, defendeu Pedro Reis no Parlamento no âmbito das discussões da proposta de Orçamento do Estado para 2025 na especialidade.

Para isso, o responsável defende que “é fundamental reforçar as parcerias com o Fundo Europeu de Investimento, com o Banco Europeu de Investimento e com InvestEU”, mas também “reforçar o vetor de apoio à internacionalização através das agências de crédito (ECA), ter modelos de aprovação simultâneos entre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o Portugal 2030 e garantias de suporte à parte de capital privado dos projetos“, assim como “modelos de garantias pré-aprovada para operacionalizar o Banco de Fomento”, elencou Pedro Reis.

O ECO já noticiou que os bancos têm dezenas de milhões de euros não passíveis de financiar com a linha InvestEU do Banco de Fomento, com particular destaque para as sub-linhas de investimento e inovação, por estarem em causa empresas com projetos aprovados com fundos do PRR ou do PT2030. Bruxelas está a avaliar as circunstâncias nas quais as empresas com projetos aprovados com fundos europeus estão a ser barradas no acesso às linhas InvestEU.

Para além de mudar a administração do banco, que passará a ter Gonçalo Regalado como CEO e Carlos Leiria Pinto como chairman, tal como o ECO avançou, Pedro Reis considera que “é importante reforçar e se acelerar a vertente comercial do Banco de Fomento, no sentido de fazer chegar mais produto e mais linhas às empresas”, precisou.

Mas a lista de tarefas que caberá à nova administração — já que esta cessa funções no final do ano — passar também por “simplificar os modelos de candidaturas e aprovação” do banco. “É fundamental”, frisou Pedro Reis, acrescentando mais um item à lista: “renovar o site” da instituição.

O ministro reconheceu que “existe uma expectativa generalizada no país e nas empresas” relativamente ao Banco de Fomento e que “a perceção das empresas é que ainda não compreenderam completamente o alcance e a vantagem da existência de um BPF na sua plenitude”.

(Notícia atualizada com mais informação às 21h00)

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